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sábado, 9 de março de 2013
Incra demite superintendente de Marabá
sexta-feira, 8 de março de 2013
CNJ pede informações sobre atuação de magistrados do TJPA
07/03/2013 - 08h00

Dois deles teriam continuado a julgar processos em que o estado do Pará ou suas entidades são partes, mesmo depois que o conselheiro Silvio Rocha, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), recomendou que os magistrados se abstivessem de julgar causas envolvendo o governo estadual, “com vistas a preservar a imparcialidade e a idoneidade da magistratura, enquanto os respectivos parentes ocuparem cargos comissionados na administração do estado”.
Em sua decisão, o ministro Francisco Falcão pede à Presidência do TJPA informações sobre quais as providências tomadas em relação ao caso. Solicita ainda que seja repassada à Corregedoria a relação de todos os magistrados ativos e inativos, a relação de todos os servidores ativos (efetivo e sem vínculo) ocupantes de cargos em comissão e a relação de todos os servidores que ocupam cargos em comissão e que possuem algum grau de parentesco com magistrados ativos ou inativos e ocupantes de cargos em comissão. As informações deverão ser prestadas pelo TJPA no prazo de 15 dias.
O ministro Francisco Falcão determinou também a instauração de um Pedido de Providências contra o TJPA, para avaliar a conduta do tribunal e dos magistrados no caso.
Tatiane Freire
Agência CNJ de Notícias
Justiça bloqueia bens de grupo acusado de desvios no Pronaf
A Justiça Federal decretou a
indisponibilidade de bens de 39 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha
responsável pelo desvio de R$ 30 milhões em recursos do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Fundo Constitucional de
Financiamento do Norte (FNO).
Segundo o Ministério Público
Federal (MPF), o grupo atuava no sudeste paraense utilizando um megaesquema de
fraudes que envolvia funcionários públicos, empresas de assistência técnica,
sindicatos e revendedores de produtos agrícolas. A juíza federal Nair Cristina
Corado Pimenta de Castro determinou bloqueio de R$ 17 milhões em bens dos
acusados.
De acordo com o MPF,
representado no processo pelos procuradores da República Luana Vargas Macedo e
Tiago Modesto Rabelo, a quadrilha foi desbaratada em maio de 2010. A operação
Saturnos, conduzida pela Polícia Federal (PF) com o apoio do MPF, resultou em
14 prisões.
As investigações do MPF e PF
começaram em 2008 a partir de depoimentos de pessoas enganadas pela quadrilha.
Com a desculpa de obter indenizações para trabalhadores rurais prejudicados
pela repressão da ditadura militar à guerrilha do Araguaia, integrantes do
grupo criminoso conseguiam os documentos desses trabalhadores, a grande maioria
dos municípios de Eldorado dos Carajás e Parauapebas.
Em seguida, dirigentes
sindicais participantes do esquema emitiam falsas declarações de aptidão ao
Pronaf, documento utilizado para identificar agricultores familiares aptos a
receberem os créditos.
Além de sindicatos, a Empresa
de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) também é legalmente autorizada
a emitir essas declarações. A investigação apontou que a Emater de Parauapebas
também expediu declarações irregulares.
Os dados das vítimas eram utilizados
por empresas de assistência técnica e extensão rural na elaboração de projetos
para aplicação dos créditos, principalmente os do Pronaf. Técnicos dessas
empresas assinavam atestados falsos de vistoria nos imóveis rurais.
Os falsos projetos de financiamento
eram então enviados a agentes do Banco da Amazônia, do Pronaf e do FNO
envolvidos nas fraudes. Todos os documentos eram aprovados, sem qualquer
vistoria em campo.
O sistema criminoso também
contava com a participação de funcionário de empresa contratada pelo Instituto
de Terras do Pará (Iterpa) para mapear fazendas e assentamentos da região de
Parauapebas, que vendia para a quadrilha croquis falsos das propriedades rurais
a serem beneficiadas com recursos do Pronaf.
Quando o grupo precisava de documentos
falsos que atestassem a existência de gado, era a vez de funcionários da
Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará) entrarem em cena, emitindo
Guias de Transporte Animal (GTAs) e laudos de vacinação falsos.
Se os criminosos quisessem notas
fiscais frias, empresas fornecedoras de insumos agropecuários ajudavam. Se
precisassem de CPFs falsos, também tinham o apoio de funcionário dos Correios
em Curionópolis. Durante as investigações, auditoria realizada pelo Banco da
Amazônia calculou que os prejuízos aos cofres públicos totalizaram mais de R$
30 milhões.
Veja quem teve os bens
bloqueados pela Justiça Federal:
Adelcides Vasconcelos Junior
Agnaldo Mendes Freitas
Antonio Adalberto Fonseca
Antonio Flavio Chagas Lopes
Antonio Jose Da Silva
Asemar Carlos Da Costa Cunha
Celio Rodrigues Da Silva
Custodio Alves Barroso
Decio Campos De Araujo
Degivania Pereira Dos Santos
Divan Tome Da Silva
Edivalson Ribeiro
Elvas Martins Dos Reis
Ernesto Almeida Coimbra
Fabio Costa Boaventura
Francisco Da Chagas Da Silva
Carneiro
Ildebrando Ribeiro De Carvalho
Jefferson Rogerio De Jesus
Fonseca
Jenilson Santos De Alencar
Joracy Santana Lobo
Jose Armando Bandeira De Souza
Jose Edivan Rodrigues
Jose Oliveira Rodrigues
Jose Luiz Portela Ribeiro
Jose Soares De Melo
Jucelia De Negreiros Borges
Ramalho
Lindolfo Ivo De Almeida Junior
Manoel Carvalho Neto
Maria Doralice Da Silva Barros
Maria Dos Reis Da Silva Campos
Paulo Santiago Araujo
Pedro Tome Da Silva Filho
Raimundo Antonio Pereira De
Melo
Ricardo Correa Lima
Robson Bernardo Neto
Rubens Da Paixao Mesquita
Usiel Rodrigues Lima
Wendall Carneiro Silva
Wescley Carneiro Silva
Processo nº
0001920-92.2011.4.01.3901 - 2ª Vara Federal em Marabá
Diretor de faculdade no Pará é preso acusado de estelionato
Instituto
Educacional Heitor de Lima Cunha (Iehlc) havia se comprometido com o MPF a
suspender cursos sem autorização do MEC, mas, segundo denúncias, não estava
cumprindo a recomendação.
O diretor de um instituto
acusado de promover cursos de graduação sem autorização do Ministério da
Educação (MEC) foi preso em Tucuruí (PA). Segundo a Polícia Civil, o diretor do
Instituto Educacional Heitor de Lima Cunha (Iehlc), Antônio Assunção Moura, foi
preso preventivamente, acusado de estelionato.
A informação sobre a prisão
preventiva foi repassada ao Ministério Público Federal (MPF) nesta sexta-feira,
8 de março, pela responsável pela Superintendência Regional do Lago de Tucuruí
da Polícia Civil do Estado do Pará, Márcia Goreti Machado Thomé. Segundo a
polícia, o diretor do Iehlc está preso desde 1º de fevereiro.
Também foi decretada a prisão
de outra responsável pelo instituto, Edinete Assunção Moura. O mandado de
prisão foi encaminhado a Imperatriz (MA) e a polícia em Tucuruí aguarda
informações sobre o resultado. De acordo com a delegada Márcia Goreti Machado
Thomé, há ainda outras duas pessoas responsáveis pelo Ihelc indiciadas no
inquérito policial por estelionato.
O Ministério Público Federal (MPF)
enviou na semana passada um alerta para o Ministério Público do Estado em
Tucuruí e região informando que, apesar de ter prometido cancelar os cursos
irregulares que promovia, o Iehlc estaria recorrendo na ilegalidade.
As denúncias foram encaminhadas
ao Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Alan Rogério Mansur Silva, por
ex-alunos da instituição. Também foram ex-alunos que procuraram a Polícia Civil
para denunciar a prática de estelionato.
Em 2012, o Iehlc anunciou ter
acatado uma recomendação do MPF e comprometeu-se a regularizar a situação,
deixando claro nas propagandas que faz e nos contratos que assina com os alunos
que os cursos oferecidos não são cursos de nível superior e sim cursos livres,
que não precisam da certificação do MEC. Como o MPF foi informado que o acordo
não está sendo cumprido, decidiu solicitar a parceria do Ministério Público do
Estado para coibir o problema.
No início de março, Mansur
Silva encaminhou relatório do caso às Promotorias de Justiça de Itaituba, Novo
Repartimento, Marabá, Eldorado do Carajás, Goianésia, São Domingos do Capim e
Bom Jesus do Tocantins. A essas unidades do Ministério Público do Estado o MPF
solicitou informações sobre a existência de denúncias ou informações relativas
à oferta, nesses municípios, de cursos de graduação e pós-graduação pelo Iehlc.
À Promotoria de Justiça de
Tucuruí, que em 2012 já havia sido alertada pelo MPF sobre o problema, Mansur
Silva reiterou a impossibilidade de atuação do Iehlc sem a devida regularização
perante o MEC.
Além do Iehlc, nos últimos dois
anos outras dez instituições tiveram que suspender cursos de nível superior que
promoviam no Pará sem autorização do MEC. Algumas suspenderam os cursos a
partir de recomendação do MPF. Em outros casos, o MPF teve que recorrer à Justiça
para conseguir a suspensão. Há ainda outras sete instituições às quais o MPF já
enviou recomendações para que suspendam cursos ou contra as quais foram
ajuizadas ações. Além disso, há oito
instituições sob investigação.
Choque elétrico na OAB
Deputado
incluiu emenda que extingue a obrigatoriedade do Exame da Ordem na MP que
viabiliza a redução da conta de luz
por Leandro Mazzini*
Não é de hoje a pendenga entre
o deputado Eduardo Cunha (RJ) e a Ordem dos Advogados do Brasil sobre o Exame
da Ordem. Mas o líder do PMDB incluiu uma emenda que extingue a obrigatoriedade
da prova na Medida Provisória 605, a que viabiliza a redução da conta de luz
prometida pela presidente Dilma. Sem ligação com o tema, é o chamado
‘contrabando’. Cunha tem esperança de que ela passe em plenário. A MP é
relatada pelo aliado e apadrinhado do líder, Alexandre Santos (PMDB-RJ).
*Escritor e jornalista
quinta-feira, 7 de março de 2013
Adeus a Vicente Salles, amigo de Marabá
No G1 PA
Intelectual paraense estava internado em um hospital do Rio de Janeiro.
Pesquisador, historiador, folclorista e musicólogo, Salles era tido como um dos maiores intelectuais do século XX. (Foto: Laís Teixeira/OLiberal)
Vicente Salles dedicou toda uma vida à pesquisa sobre as manifestações culturais da Amazônia. (Foto: Divulgação/Agência Pará)
Morre o pesquisador paraense Vicente Salles, aos 81 anos
Intelectual paraense estava internado em um hospital do Rio de Janeiro.
O corpo de Vicente Salles será cremado, e as cinzas, despejadas no Pará.
Do G1 PA

Morreu na madrugada desta quinta-feira (07), em um hospital particular da capital carioca, o pesquisador paraense Vicente Salles. Ele faleceu aos 81 anos, de parada cardiorrespiratória. Salles estava internado desde o último dia 27 de fevereiro e, de acordo com a família, estava bastante debilitado por conta de uma anemia profunda e uma pequena hemorragia.
A família informou ao G1 que o velório deve acontecer na sexta-feira (08), quando parentes do estado do Pará devem chegar ao rio. A viúva, Marena Salles, disse que o último pedido do marido foi de que o corpo fosse cremado e as cinzas, lançadas sobre a Baía do Guajará.
Natural de Igarapé- Miri, no nordeste paraense, Vicente Salles deixa a esposa Marena Salles, de 74 anos, e três filhos adultos.
Uma vida dedicada à pesquisa
Em nota à imprensa, a Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, manifestou condolências pela morte do doutor Honoris Causa da instituição desde 2011 e que contribuiu intensamente com a universidade e com a produção de conhecimento durante toda sua vida.
A família informou ao G1 que o velório deve acontecer na sexta-feira (08), quando parentes do estado do Pará devem chegar ao rio. A viúva, Marena Salles, disse que o último pedido do marido foi de que o corpo fosse cremado e as cinzas, lançadas sobre a Baía do Guajará.
Natural de Igarapé- Miri, no nordeste paraense, Vicente Salles deixa a esposa Marena Salles, de 74 anos, e três filhos adultos.
Uma vida dedicada à pesquisa
Em nota à imprensa, a Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, manifestou condolências pela morte do doutor Honoris Causa da instituição desde 2011 e que contribuiu intensamente com a universidade e com a produção de conhecimento durante toda sua vida.
O pesquisador, historiador, folclorista e musicólogo é um dos mais importantes intelectuais do século XX, da Amazônia e do Brasil, e com mais de 80 anos continuava produzindo e colaborando com diversas áreas. Entre os trabalhos mais importantes de Vicente Salles, estão os livros "História do Teatro do Pará", "Vida do maestro Gama Malcher", "Negro do Pará – sob o regime da escravidão" e "Santarém: uma oferenda musical".
Além de receber o título doutor Honoris Causa, que é o mais alto dos graus universitários, normalmente concedido a personalidades que tenham se destacado pelo saber ou pela atuação em prol das Artes, das Ciências, da Filosofia, das Letras ou do melhor entendimento entre os povos, Salles também doou a parte de sua coleção pessoal e material utilizado em pesquisas sobre negros, cultura, artes e folclore da Amazônia ao Museu da UFPA.
O Acervo Vicente Salles reúne mais de quatro mil documentos e 70 mil recortes de jornais sobre temas como música, folclore, negro, artes cênicas e literatura, além de uma coleção de cartuns, fotografias de época, cordéis, peças de teatro do repertório regional e nacional, teses, folhetos e cartazes.
"Perda irreparável"
"Perda irreparável"

Para o historiador da Universidade Federal do Pará, Aldrin Figueiredo, a morte de Vicente Salles representa o fim de uma era marcada por grandes nomes da intelectualidade do século XX. "A perda do homem Vicente Salles é irreparável. O que nos consola é o legado que ele deixa pra história e pra cultura no nosso estado. Nomes como o dele e o de Benedito Nunes, grandes intelectuais da primeira metade do século passado, certamente nunca irão se perder na memória da humanidade", comenta.
Figueiredo revelou à reportagem do G1 que a relação com o pesquisador começou dentro de sala de aula, no curso de História, da UFPA, mas se estendeu além dos muros da academia. "A influência do professor Salles na minha formação como profissional é muito profunda. Começou quando eu ainda dava os primeiros passos na graduação. Depois seguiu com o meu caminhar na pós-graduação. O apoio dele foi tamanho que ele chegou a escrever o prefácio do meu livro 'A cidade dos encantados'", detalha.
"A característica mais marcante da personalidade dele certamente era a generosidade. Ele não se importava em partilhar o conhecimento, em dedicar tempo a todos que dele precisavam, fosse um aluno da interior do estado ou um intelectual celebrado. Prova disso é o próprio arquivo que ele doou à universidade, expandindo as fronteiras e o acesso de sua produção", relembra o historiador.
Figueiredo revelou à reportagem do G1 que a relação com o pesquisador começou dentro de sala de aula, no curso de História, da UFPA, mas se estendeu além dos muros da academia. "A influência do professor Salles na minha formação como profissional é muito profunda. Começou quando eu ainda dava os primeiros passos na graduação. Depois seguiu com o meu caminhar na pós-graduação. O apoio dele foi tamanho que ele chegou a escrever o prefácio do meu livro 'A cidade dos encantados'", detalha.
"A característica mais marcante da personalidade dele certamente era a generosidade. Ele não se importava em partilhar o conhecimento, em dedicar tempo a todos que dele precisavam, fosse um aluno da interior do estado ou um intelectual celebrado. Prova disso é o próprio arquivo que ele doou à universidade, expandindo as fronteiras e o acesso de sua produção", relembra o historiador.
Tudo bem... Mas, para quando?
No Correio do Tocantins:
07/03/2013


Ministro diz que derrocagem sai mesmo sem ajuda da Vale
Para o Governo Federal, a derrocagem do pedral do Lourenço, que ainda impede a navegabilidade comercial no Rio Tocantins, a partir de Marabá, sai mesmo que a mineradora Vale não entregue o projeto executivo que garantiu financiar. Foi o que uma comitiva de políticos paraenses ouviu ontem do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Oliveira Passos. Estavam presentes o prefeito João Salame Neto (PPS) e deputados federais como Asdrubal Bentes (PMDB), Giovanni Queiroz (PDT) e Zé Geraldo (PT), mais a estadual Bernadete ten Caten (PT).
Caso não apareça o projeto que está sendo pago pela Vale, o ministério deve dar andamento ao projeto anterior, feito por profissionais da Universidade Federal do Pará, e com as devidas adequações, para então abrir a licitação.
A mineradora vem fazendo segredo sobre a data em que pretende entregar finalmente o projeto, já tendo protelado a apresentação do mesmo ao Dnit, embora não admita publicamente que havia agendado período para fazê-lo.
ENTENDA
Orçadas na época em R$ 520 milhões, as obras de derrocamento, dragagem e sinalização náutica do rio Tocantins, entre Marabá e Tucuruí, foram anunciadas pelo Dnit no final de novembro de 2010 para se iniciarem em março de 2011. No dia 29 de novembro, quando foi inaugurado o sistema de transposição da barragem, já disputavam a licitação, cujo edital havia sido lançado 13 dias antes, nada menos que cinco grandes consórcios.
Estava na fase de habilitação de documentos e a previsão era de que já no início de janeiro estariam prontos os contratos que deveriam permitir, apenas dois meses depois, o início dos serviços preliminares, a mobilização de máquinas e a implantação dos canteiros de obras. O governo federal, porém, abortou abruptamente o projeto, anulando o processo licitatório e retirando do PAC as obras do rio Tocantins.
O empreendimento, de vital importância para a economia do Pará, permanece no limbo até hoje e sem qualquer perspectiva de execução, pelo menos num horizonte de curto ou mesmo de médio prazo.
ECONOMIA
Até que seja feito o derrocamento do pedral do Lourenço, mais que uma obra de R$ 1,6 bilhão sem qualquer utilidade e perdida no coração do Rio Tocantins, as eclusas do Tucuruí não cumprirão o papel de abrir o trajeto do sul do Pará e do Centro-Oeste do País até Vila do Conde - que poderia se tornar um importante porto de exportação dos produtos brasileiros. Assim, investimentos que poderiam ser feitos na região vêm sendo adiados pelas dificuldades de transporte e os altos custos desestimulam a implantação de novos negócios no Estado.
“Com as eclusas poderíamos ter uma economia de 30% no transporte”, confirma o presidente da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), José Conrado.
Os comboios fluviais precisam hoje ultrapassar a área onde ficam as pedras. Se nos meses de cheias alguns mais corajosos ainda se arriscam a navegar pela área, no período de seca esse trecho da hidrovia fica intrafegável. Sem comboios, as eclusas ficam paradas.
Para se ter uma ideia, o transporte da tonelada de soja poderia ficar US$ 40 mais barato, se feito pelo porto de Vila do Conde, em relação a Paranaguá, no Paraná.
As eclusas foram inauguradas com pompa no final de 2010, como o último compromisso da agenda oficial de Luiz Inácio Lula da Silva no Pará ainda como presidente. Meses antes, em plena campanha eleitoral, em Marabá, o mesmo Lula prometeu priorizar a hidrovia, obra essencial para a implantação de uma indústria metalúrgica na região onde fica a maior mina de ferro do mundo.
Após a inclusão da derrocagem do pedral entre os projetos a serem financiados com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e a licitação em 2010, a obra foi cancelada sob a alegação de que um novo estudo estaria sendo feito. Além disso, até a licença ambiental da obra foi contestada. (Da Redação)
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