O Pará tem, agora, quatro universidades federais. Ontem a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei que cria a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), sediada em Marabá. O reitor da UFPA, Carlos Maneschy, e representantes do campus de Marabá, participaram da cerimônia em Brasília.
sábado, 6 de julho de 2013
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Vai dar tudo certo. Voce tem certeza?
O Mocorongo
TJPA cria Grupo de Trabalho para monitorar e julgar as ações de improbidade administrativa e de crimes contra a Administração Pública no Pará
A presidente do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), desembargadora Luzia
Nadja Guimarães Nascimento, publicou no Diário de Justiça Eletrônico
de ontem, 4, portaria que institui o Grupo de Trabalho para
monitorar e julgar as ações de improbidade administrativa e ações penais
de crimes contra a Administração Pública, distribuídas até 31 de
dezembro de 2013 em todas as comarcas do Pará. O objetivo é cumprir a
meta 18 instituída pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que pretende
combater a corrupção no serviço público.
Para o cumprimento da meta, o grupo de trabalho auxiliará os magistrados das unidades judiciárias indicadas pelas Corregedorias do TJPA, por meio de atos necessários ao julgamento das ações, como audiências, despachos e sentenças. Durante a força-tarefa, o grupo também apresentará à Presidência e às Corregedorias de Justiça relatórios quinzenais sobre os julgamentos.
Coordenado pela juíza auxiliar da presidência do TJPA, Kátia Parente, o grupo de trabalho é formado por cinco magistrados, incluindo a coordenadora; três analistas judiciários e um servidor da Secretaria de Informática do órgão, que estão instalados em um gabinete do prédio-sede do Tribunal de Justiça
Para o cumprimento da meta, o grupo de trabalho auxiliará os magistrados das unidades judiciárias indicadas pelas Corregedorias do TJPA, por meio de atos necessários ao julgamento das ações, como audiências, despachos e sentenças. Durante a força-tarefa, o grupo também apresentará à Presidência e às Corregedorias de Justiça relatórios quinzenais sobre os julgamentos.
Coordenado pela juíza auxiliar da presidência do TJPA, Kátia Parente, o grupo de trabalho é formado por cinco magistrados, incluindo a coordenadora; três analistas judiciários e um servidor da Secretaria de Informática do órgão, que estão instalados em um gabinete do prédio-sede do Tribunal de Justiça
“Afinal, quem vale mais: a Vale ou o Pará?”
A Perereca da Vizinha:
O presidente do Sindicato dos Servidores do Fisco Estadual do Pará (Sindifisco-PA), Charles Alcantara, lançou pelo Facebook o Movimento “Pará vale mais”, contrário aos privilégios governamentais concedidos à Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, líder na produção de minério de ferro, presente em 37 países e maior empresa privada do Brasil.
Charles cria movimento “Pará Vale Mais” para retirar privilégios de mineradora
O presidente do Sindicato dos Servidores do Fisco Estadual do Pará (Sindifisco-PA), Charles Alcantara, lançou pelo Facebook o Movimento “Pará vale mais”, contrário aos privilégios governamentais concedidos à Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, líder na produção de minério de ferro, presente em 37 países e maior empresa privada do Brasil.
Segundo o
manifesto do movimento, ao qual o sindicalista almeja conquistar apoio em massa
da sociedade paraense, a mineradora “lucra bilhões com as riquezas do Pará e
paga alguns míseros tostões pela exploração”.
Maior dos privilégios graciosamente concedidos pelo
governo brasileiro a uma empresa privada, desestatizada em 1997, a desoneração
do ICMS para a exportação dos minérios prevista na famigerada Lei Kandir é
contemporânea da privatização.
A lei, de autoria do então deputado federal
Antônio Kandir (PSDB-SP), entrou em vigor em 1996 e, desde então, tem sido
mortal ao Pará.
Nesses 17 anos, a serem completados no próximo dia 13 de
setembro, “mais de R$ 20 bilhões deixaram de ser arrecadados pelo Pará em
ICMS”, calcula o Movimento “Pará vale mais”.
A privatização da mineradora, em valores
questionados pela oposição política brasileira como lesa-pátria, por seu preço
assustadoramente inferior ao do mercado mineral, foi comandada pelo
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e, no Pará, teve o apoio do então
governador Almir Gabriel, ambos do PSDB.
O governo tucano não só endossou a
desestatização da mais forte empresa pública nacional como não se arrependeu da
operação casada, lutando para derrubar a Lei Kandir que subjuga o Estado à
renúncia fiscal.
“Esta página surge como um espaço de reflexão,
denúncia e articulação popular para acabar de vez com os privilégios odiosos
concedidos à Vale”, explica o manifesto.
De acordo com o recém-criado movimento, a
Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), que em países como
Austrália e Índia é respectivamente de 7,5% e 10% do faturamento bruto das
mineradoras, fica entre 0,2% a 3% do faturamento líquido no Brasil.
Some-se a isso o fato de que a água - um bem público
- utilizada no processo industrial do minério também não custa nada à Vale,
dispensada de quaisquer cobranças por parte do Estado do Pará, o que poderia
render aos cofres públicos, se a mineradora estivesse sendo obrigada a pagar,
cerca de R$ 5 bilhões por ano.
“Adivinhem quem foi - e está sendo - a maior
beneficiada com a Lei Kandir, a mísera CFEM e a não cobrança do uso da água?”,
provoca o manifesto do Movimento “Pará vale mais”.
De acordo com a página na
internet, diante de tantas e tão graves urgências que estão levando multidões
às ruas de todo o Brasil e do Pará, os privilégios à Vale são verdadeiros
crimes de lesa-Estado.
O movimento mobiliza os paraenses com duas perguntas
simples: “Afinal, quem vale mais: a Vale ou o Pará?” e “Então, vale ou não vale
ir às ruas lutar contra os privilégios da Vale?”. O endereço da página é: https://www.facebook.com/groups/519428968123602/
(Fonte:
Ascom/Sindifisco)
Hidrelétrica de Marabá vai causar 141 impactos negativos na região
Com investimento de cerca de R$ 12 bilhões, a futura
Hidrelétrica de Marabá será mais do que uma geradora de energia. O
empreendimento causará 36 impactos no meio físico, 41 no meio biótico e
65 socioeconômicos. Esses dados fazem parte do Estudo de Impactos
Ambientais realizados por uma empresa contratada pela Eletronorte e
Camargo Correa, que têm interesse na construção da hidrelétrica.
Os dados foram apresentados durante a segunda reunião da Comissão
Municipal de Estudo da Hidrelétrica de Marabá, ocorrida nesta
quinta-feira, 27, na Câmara Municipal de Marabá. Além dos representantes
locais, participaram Antônio Coimbra, superintendente de Meio Ambiente
das Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A (Eletronorte); Bruno
Payolla- Eletrobras/Eletronorte; Letícia Santos Masini, engenheira, e
Ana Cristina Ablas, economista, da CNEC Worleys Parson, empresa que
realizou o EIA-RIMA. Essas duas últimas fizeram as explanações do dia e
revelaram alguns detalhes do estudo.
Antônio Coimbra explicou que, conforme a legislação nacional, a
responsável pela qualidade e veracidade dos estudos éa própria empresa,
que por isso não pode deturpar os resultados, sob pena de incorrer em
artigos de crimes ambientais e serem responsabilizados. “Eles tiveram
total autonomia nos resultados propostos e apresentados”, garantiu o
superintendente da Eletronorte.
Ana Cristina apresentou parte dos resultados do EIA/RIMA, e disse que
a sua especialidade é o socioeconômico,mostrando o que as pessoas da
região fazem e do que vivem. Informou que em setembro de 2007 foi feita a
primeira visita à área que será atingida pela inundação juntamente com
técnicos do Ibama e, em 2009, houve uma reunião com os prefeitos dos 12
municípios que serão atingidos, inclusive o de Marabá.DEnovembro de 2009
a abril de 2011 foram realizados estudosde campo, e em março de 2013
foi feita a entrega do EIA/RIMA consolidadoao Ibama, exceto o componente
indígena.
Como exemplo de que o estudo foi feito de forma criteriosa, ela revelou que eles renderam 24 volumes apenas de textos, além de outras 168 de mapas e oRIMA (relatório).
Como exemplo de que o estudo foi feito de forma criteriosa, ela revelou que eles renderam 24 volumes apenas de textos, além de outras 168 de mapas e oRIMA (relatório).
Ela mostrou, também,slides do empreendimento e a metodologia dos
estudos do projeto socioeconômico na Bacia Araguaia/Tocantins e nas
áreas de influência direta e indireta do empreendimento. Disse ainda,
que o estudo foi feito nos 24 municípios que serão afetados
indiretamente, com dados secundários de influência indireta, enquanto na
direta foiestudo com trabalho de campo.
Segundo ela, na área diretamente afetada (ADA), foi realizado um
cadastro das áreas rurais e um levantamento dos terrenos, além de
elaborado um pré-cadastro fundiário, pesquisa socioeconômica censitária e
pesquisa amostral. Foi levantada, durante um ano, a quantidade de
pessoas nas áreas, renda. O estudo mostrou que há 2.239 imóveis rurais
na área de influência da hidrelétrica em Marabá, onde vivem 4.459
pessoas.
Dos imóveis na área urbana que serão afetados são 1.319 e, onde
residem 3.429 indivíduos. Essas pessoas, mostra a pesquisa, vivem em
condições precárias de saneamento básico, a coleta de lixo só ocorre em
metade das residências; o acesso a rede de água e energia elétrica
existe na maioria das casas; mas há o drama da baixa escolaridade da
população.
Foram identificadas 542 pessoas que trabalham como barqueiros e 268 que atuam como barraqueiros.
Segundo a engenheira da empresa responsável pelo EIA-RIMA, para compensar ou mitigar os impactos que ocorrerão foram propostos 14 planos, 37 programas e 72 projetos nos meios físicos (solo), biótico (fauna, flora…) e socioeconômico, onde ocorrerá o maior número de impactos.
Ao final da reunião, Coimbra advertiu que, Se não for construído um plano de desenvolvimento regional, a obra da Hidrelétrica de Marabá será uma outra decepção para a região. Na avaliação dele, os governos estadual e federal precisão aportar cerca de R$ 2 a 3 bilhões de investimento para compensar os impactos.
Foram identificadas 542 pessoas que trabalham como barqueiros e 268 que atuam como barraqueiros.
Segundo a engenheira da empresa responsável pelo EIA-RIMA, para compensar ou mitigar os impactos que ocorrerão foram propostos 14 planos, 37 programas e 72 projetos nos meios físicos (solo), biótico (fauna, flora…) e socioeconômico, onde ocorrerá o maior número de impactos.
Ao final da reunião, Coimbra advertiu que, Se não for construído um plano de desenvolvimento regional, a obra da Hidrelétrica de Marabá será uma outra decepção para a região. Na avaliação dele, os governos estadual e federal precisão aportar cerca de R$ 2 a 3 bilhões de investimento para compensar os impactos.
Ele sugeriu que a AMAT (Associação dos Municípios do Araguaia e
Tocantins) seja chamada para a discussão para que seu presidente,
prefeito de Tucuruí, Sancler Ferreira, explique como é a experiência de
diálogo com a Hidrelétrica de Tucuruí. Além disso, poderão participar
todos os membros do Consórcio dos Municípios Alagados da Hidrelétrica de
Tucuruí (Compart), dirigido pelo prefeito de Itupiranga.
Coimbra entende que o debate precisa ser ampliado e está aguardando a
montagem da próxima agenda, ficando com a Eletronorte a marcação de uma
reunião com a direção da Hidrelétrica de Itaipu e da ANA (Agência
Nacional de Águas).
Para o início da obra, ainda falta ser realizado o estudo de impacto ambiental na Terra Indígena Mãe Maria, o que deve durar seis meses. Em seguida, serão mais nove meses para análise do Ibama e audiência pública, depois 3 a 6 meses para leilão do empreendimento por parte da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Ao todo, serão mais 21 meses de burocracia.
Para o início da obra, ainda falta ser realizado o estudo de impacto ambiental na Terra Indígena Mãe Maria, o que deve durar seis meses. Em seguida, serão mais nove meses para análise do Ibama e audiência pública, depois 3 a 6 meses para leilão do empreendimento por parte da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Ao todo, serão mais 21 meses de burocracia.
Reportagem: Ulisses Pompeu, Correio do Tocantins
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É por essas e outras (vejam Belo Monte de merda) que sou contra essa hidrelétrica que vai causar assoreamento nos rios Tocantins e Araguaia, e dar fim a uma das mais belas regiões do Brasil, o Bico do papagaio.
"CLARO QUE NÃO", DIZ RENAN CALHEIROS SOBRE DEVOLUÇÃO DE DINHEIRO POR USAR AVIÃO DA FAB
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quinta-feira que não vai devolver para os cofres públicos os recursos pelo uso de avião oficial para ir ao casamento da filha do líder do PMDB na Casa, Eduardo Braga (AM), no dia 15 de junho.
— Claro que não — respondeu.
Ao longo do dia, nenhum senador questionou-o diretamente sobre o uso da aeronave.
Renan Calheiros justificou que, quando se vale de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar, o faz por ter direito a "transporte de representação". Segundo ele, o presidente do Senado, o presidente da República e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) gozam desse direito por serem chefes de poder. A viagem a Trancoso, na Bahia, para o casamento da filha de Braga, foi revelada pelo jornal Folha de S. Paulo.
— Não é a meu juízo (o uso do avião da FAB). É a legislação. A representação é diferente, é um transporte de representação, de chefe de poder. Fui convidado como presidente do Senado, fui cumprir um compromisso como presidente do Senado — disse ele, na saída da Comissão de Relações Exteriores, após ciceronear o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, que participava de audiência no colegiado.
Questionado sobre o motivo pelo qual o casamento não constava da agenda oficial, Renan respondeu que a legislação não faz essa obrigação.
— Isso não é pré-condição.
Ele disse que voou acompanhado de sua mulher.
Durante o trajeto entre a comissão e seu gabinete, Renan ficou calado em todas as ocasiões quando foi questionado se é "ético", "bom tom" ou atende ao "clamor das ruas" esse tipo de uso.
Em nota oficial divulgada após a entrevista, a assessoria de imprensa de Renan sustenta que, com base no Decreto 4.244 de 2002 e na Constituição, o "Estado determina que seja assegurado aos presidentes dos três Poderes transporte e segurança". O texto do decreto, contudo, circunscreve o atendimento dos pedidos a três hipóteses: motivo de segurança e emergência médica, viagens de serviço e deslocamentos para o local de residência permanente.
No Senado, nenhum parlamentar, da base e da oposição, quis tocar no caso. O único senador a comentar o uso do avião da FAB em plenário foi João Capiberibe (PSB-AP). Sem a presença de Renan, o socialista disse que encaminharia um ofício ao ministro Jorge Hage, da Controladoria Geral da União, a fim de adotar medidas com o Comando da Aeronáutica para dar transparência aos voos. Ele defendeu que o destino, os passageiros e os custos desses voos. "Eu não uso sequer carro oficial", disse o Capiberibe, contra a esse tipo de carona.
Na Câmara, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) apresentou nesta quinta um projeto de lei que torna mais rígidas as regras para o uso, por autoridades, de aviões oficiais. A proposta proíbe a companhia, nos voos, de pessoas "estranhas ao motivo da viagem" e determina a divulgação, inclusive no Portal de Transparência do governo federal, da relação de solicitantes das viagens, bem como a data, o motivo e a lista de passageiros.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), se viu obrigado a devolver aos cofres públicos aproximadamente R$ 7 mil para cobrir os os gastos da viagem de familiares em avião da FAB para viajar de Natal para o Rio de Janeiro a fim de ver a final da Copa das Confederações no domingo passado, dia 30, no Rio de Janeiro. (fonte/Estadão)
quinta-feira, 4 de julho de 2013
“E o Vento levou” R$ 100 milhões em madeira de lei...
Sema cria comissão para
investigar irregularidades
A Secretaria
Estadual de Meio Ambiente (Sema) criou ontem uma comissão administrativa
disciplinar, supervisionada pela Corregedoria Ambiental do órgão, para
reanalisar cada um dos 14 processos de planos de manejo aprovados, mas
apontados como irregulares, segundo denúncia encaminhada ao Ministério Público
de Marabá. O caso foi divulgado na edição de domingo, 30, em reportagem do
DIÁRIO. A matéria diz que 303 mil metros cúbicos de madeira foram liberados
pela Sema de Marabá depois de os projetos terem sido indeferidos em Belém.
O volume de
madeira a ser transportado exigiria a disponibilidade de 15.177 caminhões, que
colocados em fila na estrada, um atrás do outro, alcançariam 455 km de extensão
– a mesma distância em linha reta entre os municípios de Belém e Marabá. O
valor da madeira liberada, numa estimativa modesta, alcança R$ 100 milhões.
“O interesse
da Sema é em garantir a maior transparência possível no que diz respeito aos
processos realizados nesta secretaria, e o resultado dessa avaliação, assim que
concluído, será entregue pessoalmente pela corregedora Rosângela Wanzeller à
procuradoria do Ministério Público Federal. Os esclarecimentos também serão
oferecidos à imprensa após a comunicação ao MPF”, diz nota do órgão enviada ao
jornal.
As
autorizações apontadas como fraudulentas, de acordo com a denúncia encaminhada
ao MP, determinam a retirada de madeira de reservas indígenas, áreas protegidas
e florestas estaduais. As análises técnicas seriam incompletas e as vistorias
classificadas de irresponsáveis. Como se não bastasse, ainda haveria
afrouxamento das exigências técnicas e documentais. Pior é o tempo de aprovação
dos planos de manejo, que habitualmente leva cerca de um ano. Um dos projetos
foi liberado em apenas 38 dias.
A
corregedora Rosângela Wanzeller, ouvida pelo Diário, esclareceu que ela não vai
coordenar a comissão, que foi criada por portaria encaminhada para publicação
na edição desta terça-feira do Diário Oficial. Dela fazem parte consultor
jurídico, engenheiro florestal e outros servidores concursados que vão atuar
com autonomia e sem subordinação a ninguém. O trabalho que ela vai exercer
resume-se ao encaminhamento do que será apurado com base na matéria publicada
pelo Diário.
Rigor
De acordo com
Rosângela Wanzeller, nada nunca deixou de ser apurado durante o tempo em que
ela atua na função, inclusive denúncias que chegam em bloco, até contra
servidores. “Quem acusa tem o dever de apresentar as provas para que a apuração
seja feita”, acrescentou a corregedora. Ela descarta também qualquer possibilidade
de o trabalho da comissão sofrer direcionamento sobre quem quer que seja,
afirmando que isso “não é legal”. E mais: “a apuração será feita com
responsabilidade e seriedade, como tem sido em todos os casos”. (Diário do Pará
...indignação brasileira mira políticos mas esquece do capital...
buscado no Sem Juízo Marcelo Semer
Por que grandes empresários se aliaram a manifestantes e imprensa cobriu protestos de forma ufanista?
por Marcelo Semer
Em setembro de 2011, centenas de norte-americanos ocuparam uma praça de Wall Street, centro financeiro da maior economia mundial, para apontar para o 1% mais privilegiado da população, que eles eram os 99% que os sustentavam. E que não estavam mais dispostos a fazê-lo.
Na maior das manifestações ocorridas em São Paulo, o prédio da poderosa Federação das Indústrias na avenida Paulista foi colorido com uma estilizada bandeira brasileira e se tornou parceiro e paisagem dos protestos.
Quando os indignados saíram às ruas na Espanha, foram as redes sociais que serviram de aglutinação e ao mesmo tempo relatavam as manifestações do 15-M em busca da Democracia Real, esvaziadas e distorcidas na imprensa.
No Brasil, apesar de uma tentativa inicial de criminalização, poucos eventos acabaram por merecer uma cobertura tão extensa e em certos momentos até panfletária da grande mídia.
O que fez com que grandes empresários pudessem se aliar aos manifestantes e a imprensa cobrisse os protestos de forma assim ufanista?
Foi o mesmo que motivou a classe média mais tradicional a abandonar sua atávica repulsa a movimentos sociais e atropelar os protestos que nasceram pela revogação do aumento da tarifa.
A crítica se pulverizou toda ela no processo político –poupando agentes e estruturas econômicas responsáveis, em grande parte, pela sua deterioração.
Indignados espanhóis e ocupantes norte-americanos também fizeram mordazes críticas à falta de legitimidade da democracia representativa.
Mas o que expunham era justamente o fato de que os políticos, que deviam representar a vontade da população que os elegera, haviam capitulado frente aos grandes interesses financeiros.
Não à toa, os norte-americanos ignoraram a Casa Branca, o Capitólio ou outras sedes de governo no simbolismo de seu protesto. Foram a Wall Street, onde entendiam se resolver os verdadeiros problemas da política.
Os indignados espanhóis se sentaram nas praças para criticar o bipartidarismo e não para pedir a substituição de um partido por outro. Tinham como um de seus principais slogans: “Não somos marionetes nas mãos de políticos e banqueiros”.
Por aqui, tivemos duas marcas distintas e ao mesmo tempo reveladoras da onda de manifestações.
A primeira é que a repulsa aos partidos não se limitou à autonomia da manifestação, mas beirou o ódio em algumas delas, sugerindo-se que, numa espécie de pátria unida, a bandeira do Brasil pudesse substituir a das legendas, álibi para a agressão de vários militantes.
A outra é que depuramos completamente o substrato econômico da crítica.
Nas limitações cada vez mais explícitas da democracia no capitalismo, questionou-se apenas o processo político. Excluímos da pauta a crítica à forte concentração econômica, possivelmente um dos fatores mais importantes de seu vício.
Isso teve consequências nos primeiros resultados pragmáticos.
A tarifa baixou para os usuários, mas não a remuneração dos empresários do transporte.
De uma manifestação que se iniciou com a libertária bandeira de uma vida sem catraca, os sinais que emergem no Congresso apontam paradoxalmente para o fortalecimento do tônus da repressão.
Afinal, a maioria dos manifestantes não estava mesmo indignada com a desigualdade social –em relação à qual, aliás, alguns fazem mais parte do problema que da solução- e sim com os absurdos do “país da impunidade”.
Não à toa, a disparidade entre as balas de borracha que feriram nas avenidas e as de chumbo que mataram na favela provocaram tão pouca indignação.
Afinal, quando se trata de repressão e impunidade, sempre há um condimento seletivo.
É sintomático que os senadores tenham decidido tornar a corrupção crime hediondo, mas não pensaram no mesmo modelo para a sonegação fiscal, que desvia ainda mais recursos da educação e saúde, trending topics dos cartazes de protesto.
Segundo a proposta aprovada no Senado, até o excesso de exação, a cobrança dolosa e excessiva de tributo, pode virar crime hediondo. Mas a supressão premeditada do imposto, a sonegação, vai continuar sendo resolvida apenas com o pagamento atrasado dos encargos.
Excluindo o capital da crítica, o movimento corre o risco se limitar a criminalizar a política e os políticos, centrando os olhos da repressão nos agentes públicos. Como, aliás, é a tônica dos movimentos anticorrupção apoiados pela mídia. Corruptores são sempre tratados como vítimas.
A insatisfação coletiva mostra que é mesmo necessário encontrar mecanismos de permeabilidade da vontade social.
Mas, sobretudo, que é preciso defender o que é público da ganância dos interesses privados, atualmente, em todo o mundo, com maior força do que o próprio poder estatal. O mercado não disputa eleições, é verdade, mas influencia a todos que se elegem.
É gratificante que as pessoas queiram tomar as rédeas do poder de seu país.
por Marcelo Semer
Em setembro de 2011, centenas de norte-americanos ocuparam uma praça de Wall Street, centro financeiro da maior economia mundial, para apontar para o 1% mais privilegiado da população, que eles eram os 99% que os sustentavam. E que não estavam mais dispostos a fazê-lo.
Na maior das manifestações ocorridas em São Paulo, o prédio da poderosa Federação das Indústrias na avenida Paulista foi colorido com uma estilizada bandeira brasileira e se tornou parceiro e paisagem dos protestos.
Quando os indignados saíram às ruas na Espanha, foram as redes sociais que serviram de aglutinação e ao mesmo tempo relatavam as manifestações do 15-M em busca da Democracia Real, esvaziadas e distorcidas na imprensa.
No Brasil, apesar de uma tentativa inicial de criminalização, poucos eventos acabaram por merecer uma cobertura tão extensa e em certos momentos até panfletária da grande mídia.
O que fez com que grandes empresários pudessem se aliar aos manifestantes e a imprensa cobrisse os protestos de forma assim ufanista?
Foi o mesmo que motivou a classe média mais tradicional a abandonar sua atávica repulsa a movimentos sociais e atropelar os protestos que nasceram pela revogação do aumento da tarifa.
A crítica se pulverizou toda ela no processo político –poupando agentes e estruturas econômicas responsáveis, em grande parte, pela sua deterioração.
Indignados espanhóis e ocupantes norte-americanos também fizeram mordazes críticas à falta de legitimidade da democracia representativa.
Mas o que expunham era justamente o fato de que os políticos, que deviam representar a vontade da população que os elegera, haviam capitulado frente aos grandes interesses financeiros.
Não à toa, os norte-americanos ignoraram a Casa Branca, o Capitólio ou outras sedes de governo no simbolismo de seu protesto. Foram a Wall Street, onde entendiam se resolver os verdadeiros problemas da política.
Os indignados espanhóis se sentaram nas praças para criticar o bipartidarismo e não para pedir a substituição de um partido por outro. Tinham como um de seus principais slogans: “Não somos marionetes nas mãos de políticos e banqueiros”.
Por aqui, tivemos duas marcas distintas e ao mesmo tempo reveladoras da onda de manifestações.
A primeira é que a repulsa aos partidos não se limitou à autonomia da manifestação, mas beirou o ódio em algumas delas, sugerindo-se que, numa espécie de pátria unida, a bandeira do Brasil pudesse substituir a das legendas, álibi para a agressão de vários militantes.
A outra é que depuramos completamente o substrato econômico da crítica.
Nas limitações cada vez mais explícitas da democracia no capitalismo, questionou-se apenas o processo político. Excluímos da pauta a crítica à forte concentração econômica, possivelmente um dos fatores mais importantes de seu vício.
Isso teve consequências nos primeiros resultados pragmáticos.
A tarifa baixou para os usuários, mas não a remuneração dos empresários do transporte.
De uma manifestação que se iniciou com a libertária bandeira de uma vida sem catraca, os sinais que emergem no Congresso apontam paradoxalmente para o fortalecimento do tônus da repressão.
Afinal, a maioria dos manifestantes não estava mesmo indignada com a desigualdade social –em relação à qual, aliás, alguns fazem mais parte do problema que da solução- e sim com os absurdos do “país da impunidade”.
Não à toa, a disparidade entre as balas de borracha que feriram nas avenidas e as de chumbo que mataram na favela provocaram tão pouca indignação.
Afinal, quando se trata de repressão e impunidade, sempre há um condimento seletivo.
É sintomático que os senadores tenham decidido tornar a corrupção crime hediondo, mas não pensaram no mesmo modelo para a sonegação fiscal, que desvia ainda mais recursos da educação e saúde, trending topics dos cartazes de protesto.
Segundo a proposta aprovada no Senado, até o excesso de exação, a cobrança dolosa e excessiva de tributo, pode virar crime hediondo. Mas a supressão premeditada do imposto, a sonegação, vai continuar sendo resolvida apenas com o pagamento atrasado dos encargos.
Excluindo o capital da crítica, o movimento corre o risco se limitar a criminalizar a política e os políticos, centrando os olhos da repressão nos agentes públicos. Como, aliás, é a tônica dos movimentos anticorrupção apoiados pela mídia. Corruptores são sempre tratados como vítimas.
A insatisfação coletiva mostra que é mesmo necessário encontrar mecanismos de permeabilidade da vontade social.
Mas, sobretudo, que é preciso defender o que é público da ganância dos interesses privados, atualmente, em todo o mundo, com maior força do que o próprio poder estatal. O mercado não disputa eleições, é verdade, mas influencia a todos que se elegem.
É gratificante que as pessoas queiram tomar as rédeas do poder de seu país.
Mas devem compreender, efetivamente, quem as impede
Impunidade S.A.,
Assassino de Dorothy Stang deixa unidade prisional em Belém, no Pará
Rayfran Sales irá cumprir o restante da pena em prisão domiciliar.
Em fevereiro de 2005, em Anapu, ele matou irmã Dorothy com seis tiros.
Do G1 PA
226 comentários
Rayfran
Sales foi beneficiado com o direito de dormir em casa e cumprir o resto
da pena em prisão domiciliar na última terça-feira (2). (Foto: Shirley
Penaforte/Amazônia Jornal)
Rayfran das Neves Sales, condenado a 27 anos de prisão por ser assassino confesso da missionária norte-americana Dorothy Stang, morta em fevereiro de 2005 em uma área do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Esperança em Anapu (PA), no oeste paraense, deixou na última terça-feira (2) a unidade prisional no Centro de Progressão Penitenciária de Belém (CPPB).
Por determinação do juiz Cláudio Henrique Lopes Rendeiro, da 1ª Vara de Execuções Penais, Rayfran, que estava preso há 8 anos, recebeu progressão do regime semi-aberto para prisão domiciliar. Ele foi beneficiado com a medida por apresentar bom comportamento, ter trabalhado e estudado durante o cumprimento da pena.
Com a decisão, Rayfran fica proibido de frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos similares, e deve permanecer recolhido à residência no período noturno, além de apresentar às autoridades judiciais mensalmente.
Envolvidos
O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, condenado a 30 anos de prisão por ser o mandante da morte da missionária de 74 anos, irá a novo julgamento no dia 19 de setembro deste ano.
'O crime compensa', critica advogado da CPT sobre decisão da Justiça
Assassino da irmã Dorothy cumprirá restante da pena em prisão domiciliar.
Rayfran Sales cumpriu 8 anos da sentença de 27 anos de condenação.
Natália Mello
Do G1 PA
31 comentários
José Batista criticou a decisão da Justiça do Pará (Foto: Evandro Corrêa/O Liberal)
O advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT), José Batista, em entrevista exclusiva ao G1,
nesta quarta-feira (3), comentou a decisão da Justiça do Pará que
determinou que Rayfran das Neves Sales, assassino confesso da
missionária norte-americana Dorothy Stang, irá cumprir o restante da
pena de 27 anos em regime domiciliar."O crime compensa, né? Se a pessoa cumprir cinco anos de pena, aqui no Pará ninguém vai deixar de receber encomenda de morte. São altos valores à custa de cinco anos de prisão. Isso é uma vergonha, ele é o acusado de ser o executor do crime, que é bárbaro, ser o autor da morte de uma missionária de mais de 70 anos. Aí cumpre pouco mais de cinco anos em regime fechado e com oito anos fica livre para ficar em casa, tranquilo. Isso é um estímulo à impunidade!", critica Batista.
O advogado da CPT afirma ainda que a impressão é de que a justiça foi feita está distante do que é decidido nos tribunais. "Passa para a sociedade, no momento na condenação, que está se fazendo justiça. Mas na hora da execução, a pena está muito distante do que a pessoa de fato cumpre. A sociedade não tem essa informação. O júri tem a imagem que ele vai cumprir tudo, mas de 30 anos para pouco mais de cinco em regime fechado é uma diferença muito grande", ressalta José.
A irmã Margarida afirma também que o sistema legislativo brasileiro favorece a impunidade no país. "Isso cria e reforça na juventude esse sentimento. Isso é uma escola para a juventude, que pensa: eu posso matar, eu posso cometer crimes, porque daqui a pouco eu vou estar livre de novo. E é isso que o movimento está fazendo nas ruas, pedindo por mudanças políticas, por mudanças nas nossas leis, no nosso poder judiciário. Também é preciso rever o que acontece no presídio. A proposta é o condenado cumprir a pena dele e sair como uma pessoa que vai estar integrada à sociedade, mas será que é assim?", questiona.
Dorothy Stang (Foto: Reprodução Globo News)
CrimeDorothy Stang foi morta a tiros em fevereiro de 2005 em Anapu, no Pará. Segundo a Promotoria, a missionária foi assassinada porque defendia a implantação de assentamentos para trabalhadores rurais em terras públicas que eram reivindicadas por fazendeiros e madeireiros da região.
Dorothy trabalhou durante 30 anos em pequenas comunidades da Amazônia pelo direito à terra e à exploração sustentável da floresta.
Os dois pistoleiros que a mataram, Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Carlos Batista, e o homem que os contratou, Amair Feijoli da Cunha, foram julgados e condenados.
terça-feira, 2 de julho de 2013
Começou a verdadeira guerra da mídia
Por
Luis Nassif, em seu blog:
Estourou
a guerra Google x Globo.
Antes
de entrar nos detalhes, vamos entender melhor o que ocorreu no universo
midiático nos últimos anos.
Desde
meados dos anos 2000 estava claro, para os grandes grupos de mídia, que o
grande adversário seriam as redes sociais.
Rupert
Murdoch, o precursor, deu a fórmula inicial na qual se espelharam grupos de
mídia em países periféricos.
-
Compra de redes sociais.
-
Acesso ao mercado de capitais para alavancar o crescimento.
-
Adquiriu jornais em vários países e fez a aposta maior adquirindo uma rede
social bem colocada na época. Falhou. A rede foi derrotada pelos puros-sangues
Google e Facebook.
Percebendo
a derrota, Murdoch decidiu levar a guerra para o campo da política. Explorou
alguns recursos ancestrais de manipulação da informação para estimular um clima
de intolerância exacerbada, apelando para os piores sentimentos de manada,
especialmente na eleição em que Barack Obama saiu vitorioso.
O
candidato de Murdoch perdeu. Não foi por outro motivo que uma das primeiras
reuniões de Obama, depois de eleito, foi com os capitães das redes sociais -
Apple, Google e Facebook.
O caso brasileiro
No
Brasil, sem condições de terçar armas com as grandes redes sociais, os quatro
grandes grupos de mídia - Globo, Abril, Folha e Estado - montaram o pacto de
2005, seguindo a receita política de Murdoch.
Exploração
da intolerância. Nos EUA, contra imigrantes; aqui, contra tudo o que não
cheirasse classe média. Nos EUA, contra a ascendência de Obama; no Brasil,
contra a falta de pedigree de Lula.
Exploração
da dramaturgia. Um dos recursos mais explorados pela mídia de todos os tempos é
conferir a personagens reais o mesmo tratamento dado à dramaturgia:
transformando adversários em entidades superpoderosas, misteriosas,
conspiratórias. O "reino de Drácula", no caso brasileiro, foi a
exploração do tal bolivarianismo, a conspiração das FARCs.
Manipulação
ilimitada do produto notícia. É só conferir a sucessão de capas da revista em
sua parceria com Carlinhos Cachoeira. Ali, rompeu-se definitivamente os elos
entre notícias e fatos. Instituiu-se um vale-tudo que matou a credibilidade da
velha mídia.
Pressão
contra a mudança do perfil da publicidade. Historicamente, os grandes veículos
sempre se escudaram no conceito de "mídia técnica" para impedir a
pulverização da publicidade. Por tal, entenda-se a mídia que alcance o maior
número possível de público leitor. Em nome desse conceito vago, investiu contra
a Secom (Secretaria de Comunicação do governo) quando esta passou a
diversificar sua verba de publicidade, buscando publicações fora do eixo
Rio-São Paulo e, timidamente, ousando alguma coisa na Internet.
Quadro atual
Agora,
tem-se o seguinte quadro.
A
velha mídia montou uma estratégia de confronto-aliança com o governo. Mas suas
vitórias resumiram-se a dificultar o acesso de blogs e da mídia regional às
verbas públicas.
Na
grande batalha, perdeu. O Google entrou com tudo no país. Este ano deverá
faturar R$ 2,5 bilhões, tornando-se o segundo maior faturamento do país,
através apenas da Globo, e na frente da Abril.
Tem
se valido de duas das ferramentas que a velha mídia utilizava contra
concorrentes menores: o BV (Bônus de Veiculação), para atrair as agências; e o
conceito de "mídia técnica" (a de maior abrangência).
A
Globo reagiu, atuando junto ao governo, e denunciando práticas fiscais do
Google, de recorrer a empresas "offshore" para não pagar impostos.
Agora, constata-se que a própria Globo também se valeu desse subterfúgio
fiscal. E a denúncia é veiculada pelo blog de Miguel do Rosário, um dos mais
brilhantes blogueiros oriundo dos novos tempos. A denúncia enfraquece a
ofensiva da Globo contra o Google: por aí se entende o desespero do grupo,
publicando desmentidos em todos os seus veículos.
E
a velha mídia descobre que, em sua estratégia tresloucada para dominar o
ambiente política, queimou todos os navios que poderiam levar a alianças com
setores nacionais. Apostou no que havia de mais anacrônico, criou um mundo
irreal para combater (cheio de guerrilheiros, bolivarianismo, farquismo etc.)
e, quando os inimigos contemporâneos entraram em cena, não conseguiu
desenvolver um discurso novo. Sua única arma é do tipo Arnaldo Jabor
interpretando o Beato Salú e prevendo o fim do mundo e a invasão do chavismo.
É
o bolor contra o mundo digital.
Dissidências internas
À
medida em que a guerra avança, surgem os conflitos de interesse entre os
próprios grupos da velha mídia.
O
grupo Folha sentiu-se abandonado pelos demais grupos na sua luta para impedir
que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) acabasse com a
obrigatoriedade de se ter um provedor para ter acesso à Internet.
Por
outro lado, a divulgação dos dados de publicidade do governo mostra que a
estratificação das verbas beneficiou as emissoras de TV (especialmente a
Globo), em detrimento das publicações impressas.
Em
breve, a Secom deverá se posicionar nessa disputa.
Há
três tendências se consolidando no âmbito da Secom:
O
fim do conceito da "mídia técnica" que, antes, beneficiava os grupos
nacionais e agora os prejudica.
O
aumento de participação na Internet.
A
suspensão de qualquer publicidade pública nas redes sociais.
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