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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O deputado pirou...

No Parsifal Pontes
À beira de um ataque de nervos

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Um jornalista da “Rede Globo” avistou o ex-deputado federal Paulo Rocha (PT) em um shopping center de Brasília e o abordou sobre o julgamento do mensalão.
Paulo Rocha acabou perdendo a tramontana e acusando o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, de se “mover pelo ego e não pelas provas do processo.”.
O jornalista retrucou que os demais ministros também estão condenando os réus, ao que Rocha retrucou que também “eles estão influenciados pela mídia.”.
O jornalista opinou que a pressão não era da mídia, mas da opinião pública. Rocha retrucou que “não tem opinião pública. A opinião pública não sabe de nada, sabe o que vocês publicam. O ministro não tem prova de nada, só indícios.”.
> Sem expectativas de absolvição
Argumentou ainda o ex-deputado que o que houve foram “empréstimos fraudulentos, os repasses, mas não teve compra de votos, foi para pagar conta de campanha.”.
Sobre a suas perspectivas do andamento do processo Rocha, acusado de ter recebido R$ 620 mil no esquema (que ele alega ter sido para caixa 2 de campanha), mostrou-se sem esperanças vãs: acha que todos os réus serão condenados e presos.
> Prisão
O jornalista perguntou se Rocha estava preparado para ser preso. Rocha, então, abandonou a parcimônia: “Você nunca me ouviu sobre o processo e agora quer saber se estou preparado para ser preso? Ah! Vai se foder!”.
O jornalista resolveu buscar apoio na “opinião pública” e virando-se para uma moça postada atrás do balcão de um quiosque perguntou o que ela achava do julgamento do mensalão: “Estou amando! Finalmente está havendo justiça nesse país. Mas minha irmã é quem está mais bem informada, porque é cientista política”, respondeu a balconista.
Paulo Rocha voltou a sua ira à senhorita: “Ah! Você não sabe de nada, só o que lê na imprensa, na ‘Veja’, que só está fazendo esse papel sujo porque o presidente Lula abriu o mercado para os árabes. Sua irmã também não sabe de nada! Intelectual que se informa por livros e não sabe o que se passou de verdade nesse processo!”.
> O joio sem crivo
Não há trigo no balaio do mensalão, mas é fato que o STF não está afeito a peneirar o joio: Paulo Rocha, um histórico quadro do PT nacional, recebeu o dinheiro para pagar contas de campanha e não para alimentar o esquema do mensalão.
No chafurdo, todavia, em que se tornou o julgamento, onde o STF abraçou o animus condenandi de forma absoluta, não creio que sobrará político algum para contar a história, pois hoje em dia o fato de ser político já é um agravante.


O país se despede do filósofo Carlos Nelson Coutinho | Jornal Correio do Brasil

O país se despede do filósofo Carlos Nelson Coutinho | Jornal Correio do Brasil

Flagrante de crime eleitoral

No blog da Franssinete Florenzano








Mais uma denúncia gravíssima chegou ao conhecimento do Comitê Estadual de Combate à Corrupção Eleitoral. Ônibus a serviço da prefeitura de Rondon do Pará, destinado exclusivamente ao transporte de pacientes que fazem hemodiálise em Marabá, foi apreendido em flagrante transportando várias outras pessoas que ganharam a viagem, consultas e exames médicos da atual prefeita e recandidata Shirley Cristina de Barros Malcher (PSDB). 

Foi apurado pela Justiça Eleitoral que a situação já era praticada há algum tempo. Os renais crônicos, depois das sofridas e debilitantes sessões a que são submetidos e que duram quatro horas, eram obrigados a aguentar o deslocamento Marabá/Rondon do Pará de pé no ônibus, apinhado de caronas dadas pela prefeita e sem assento para todos.

Leiam os detalhes do caso na certidão lavrada nos autos, que está em mãos do juiz eleitoral Gabriel Costa Ribeiro. A decisão do magistrado está sendo aguardada. Assim que sair, publico. Cliquem em cima da imagem para facilitar a leitura.

Correios: serviço precário compromete consumidor


No corredor estreito e entulhado de armários, o espaço útil fica, no máximo, com 80 cem de largura para acomodar a fila de interessados. Apenas três cadeiras estão disponíveis. A impressão que se tem é que o prédio encolheu no fluir do tempo e os armários se multiplicaram por osmose ou geração espontânea. O serviço à clientela, diz um aviso na parece, é das 14h às 17h, de segunda a sexta. Idoso, claro, não em regalia (era só o que faltava...).
À tarde de terça-feira, 18 de setembro, 25 pessoas apertavam-se em fila que se movia com dificuldade no rumo do balcão para uma só pessoa por vez, que levava até trinta minutos para resolver seu problema. Atrás do balcão, um atendente único se vira como pode. Ele mesmo confirma que há greve marcada para o dia seguinte. Mas, pelo serviço que presta, parece que a greve já começou a bastante tempo...
Na fila, um senhor pondera que desde a última paralisação nacional, ano passado, o serviço dos Correios afundou num oceano de problemas, atrasos na entrega de correspondência, prejuízos incalculáveis para o usuário que recebe faturas atrasadas e vai quitá-las com juros e correção monetária.
Ele não deixa de ter razão. Neste mesmo setembro recebi, dia 17, o boleto da OAB, remetido em agosto para pagamento até o dia 5. Resultado: estou em débito, vou ter de recorrer e pedir uma segunda via por internet.
Agora mesmo, já ao final da tarde quando enfim sou atendido, observo que minha correspondência com A.R. (Aviso de Recebimento, registrado urgente) foi despachada em Belém dia 6 de agosto. Uma anotação informa que o agente - acredite se quiser - teria passado em casa dia 7 de setembro, feriado e data do meu aniversário, onde eu não me encontrava.

A desfaçatez institucionalizada


A informação é do jornal Correio do Tocantins de terça-feira (18). Cidadão foi esfaqueado em plena praça da prefeitura, por volta de quatro e meia da tarde quando aquele espaço está cheio de gente em trânsito ou já ocupando os bares. O autor foi um das centenas de bandidos que infestam cada vez mais a cidade e tudo indica que esse crime vai ficar por isso mesmo.
O surpreendente é que populares, ao socorrerem a vítima, ligaram para o Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência, da Secretaria Municipal de Saúde) e ouviram do socorrista na ponta da linha “que não atenderiam a ocorrência porque estavam em paralisação”.
Na quinta-feira (20), o jornal dá espaço à denúncia do taxista Francisco Davi da Silva sobre incêndio que já dura mais de um mês no canteiro central da VP-6, perto da Transamazônica e que já destruiu três pés de ipê. O próprio denunciante diz que tentou apagar o foco e os bombeiros estiveram por lá, mas a grama plantada sobre serragem seca voltou a queimar.
Preocupado com o patrimônio público (que consumiu milhares de reais com a coleta, transporte e espalhamento da serragem; compra e plantio de grama e mudas das plantas, entre outros serviços), Davi ligou para quem deveria zelar pelo bem coletivo e obteve uma resposta cândida e definitiva:
- “O pessoal da prefeitura me orientou a cavar uma vala, mas não tenho como fazer isso. Eles queriam que eu pegasse uma enxada para fazer o serviço, mas a Secretaria de Obras é que tem pessoal para esse tipo de trabalho”, desabafou.
A atitude dos servidores do Samu e da Obras possuem um denominador comum: tem a cara, a práxis, o perfil (moral e psicológico) da atual gestão municipal no que concerne ao descompromisso com a cidade até à falta de solidariedade com o cidadão comum.

Alliens


Bia Venâncio, risonha, exibe a nova bijuteria
Foto: Jornal Pequeno
A prefeita Glorismar Rosa Venâncio, a “Bia Venâncio” (PSD), 58 anos , de Paço do Lumiar (município da Grande Ilha de São Luís), está desde quinta-feira (20) usando certo balangandã, digamos, exótico: uma tornozeleira eletrônica, presente do Tribunal Regional Federal da 1º Região. O filho dela - vereador Thiago Rosa da Cunha Santos Aroso (também do PSD), 26 -, também foi presenteado juntamente com mais três auxiliares de Bia: Francisco Morevi Rosa Ribeiro (ex-secretário de Orçamento e Gestão), Eduardo Castelo Branco (secretário de Orçamento e Gestão) e Cinéias de Castro (secretário de Obras).

Eles, e outros 14 servidores públicos afastados de suas funções, além de empresários igualmente monitorados, são acusados de integrar uma quadrilha que  teria desviado mais de R$ 15 milhões do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e do Pnate (Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar), recebidos pela prefeitura.
A operação “Allien” também cumpriu 20 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos R$ 255 mil, uma arma de fogo, 35 computadores, documentos e cinco carros de luxo.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Maurino perde vice. Quem se arrisca a a integrar a chapa dele?

No Terra do Nunca


Elza "cai fora" da disputa eleitoral


Em decisão monocrática, a ministra Nancy Andrighi, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou seguimento ao recurso especial eleitoral de Elza Miranda (PR), que concorria como vice-prefeita na chapa de Maurino Magalhães (PR). Mas ela pode ingressar com agravo de instrumento no Pleno do TSE para tentar concorrer ainda neste pleito.
registro de Elza Miranda foi indeferido porque ela não votou no segundo turno da eleição de 2010 e pagou a multa somente depois da formalização do registro de candidatura.
Na decisão, a magistrada cita, entre outras fontes, o artigo 11, parágrafo 8º, I, da Lei 9.504/97, o qual diz que o pagamento ou o parcelamento de multa eleitoral decorrente do não comparecimento às urnas deve ser demonstrado até a formalização do pedido de registro de candidatura.
“Forte nessas razões, nego seguimento ao recurso especial eleitoral”, declarou a ministra, ao final da decisão, que julgou o processo.
Elza Miranda revelou que soube da decisão do TSE ainda na terça-feira. “Esse resultado já era esperado por nós. Quando o TRE indeferiu minha candidatura por não ter votado em 2010. Embora eu ainda possa, não vou mais recorrer através de embargo de declaração”, disse a ex-deputada.
Ouvida pela Imprensa na noite de ontem, Elza explicou que não vai mais recorrer da decisão da Justiça, colocando-se fora da disputa eleitoral.
Mesmo com a saída de Elza Miranda, a candidatura de Maurino ainda não corre risco, porque a coligação terá dez dias de prazo registrar o nome de outro vice para substituir Elza, segundo explicou ontem Antônio Araújo Moura, chefe da 23 Zona Eleitoral de Marabá.
O maior prejuízo de Maurino neste momento é o desgaste, pois existe muito material publicitáriode campanha com a foto e o nome de Elza Miranda como candidata a vice dele. Esse material está praticamente perdido.
Além disso, segundo Antônio Moura, o nome e a foto de Elza Miranda, como vice, também vão aparecer na urna eletrônica na hora da votação, porque a preparação das mídias já foi feita.

Descaso gera protesto

No Terra do Nunca

Moradores interditam avenida na Nova Marabá



Neste momento a pista que liga a rotatória Verdes Mares com as quadras esportivas, na Nova Marabá, está interditada por moradores das Folhas 21, 22, 23 e 27.
O protesto é para que a prefeitura limpe a Grota Criminosa, que está cheia de entulhos, para que não venha a transbordar na primeira forte chuva,como ocorreu na chuva do dia 2 de novembro do ano passado.
Naquela ocasião, a grota transbordou alagando diversas casas e causando prejuízos aos moradores.
Os manifestantes alimentam o fogo comtudo que podem (paus, pneus velhos, móveis antigos).
O protesto causou engarrafamento na VP-8 e motoristas estão desviando pelo canteiro central da pista, que está interditada nos dois sentidos. Os manifestantes afirmam que só vão liberar a pista quando alguém da prefeitura for negociar com eles.
Por enquanto, a prefeitura ainda não se pronunciou.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Dois marabaenses no IV Festival de Música

No Barrancas do Itacaiúnas:


Antonio Metal defende um rock underground ...

Nilva Burjack exalta a natureza com o "Rio de Alegria"




Os cantores Nilva Burjack e Antonio Metal representam Marabá no IV Festival de Música Popular Parense nesta quinta-feira na Assembléia Paraense, em Belém. Eles defendem as músicas: "Rio de Alegria" e "Pesadelo", respectivamente.


Ambos viajaram nesta quarta-feira (19) para Belém, onde se juntam a outros dez concorrentes na grande final do Festival.

Ano passado a cantora Nilva Burjack ficou em terceiro lugar do Festival com a música “Maria do Rosário”.

Este ano a música Rio de Alegria aborda uma temática regional e ao mesmo tempo mundial, uma vez que em todos os lugares há um rio onde proporciona alegria a quem mora no entorno.
“Traz na canoinha o meu pão de cada dia”, reza trecho da canção numa clara alusão do pescador que sai todos os dias em busca do alimento para por à mesa, o peixe.
“Es irmão majestoso meu rio
Tua água é vida e me inspira a cantar”, nestes dois trechos da canção a musicista exalta o rio que é fonte de inspiração de muitas letras mundo afora.
Ademais a música alerta para o trato com que a humanidade está dando aos nossos rios, que invariavelmente sofrem com a poluição, fruto do descaso e o “progresso” desenfreado e que agride a natureza. (Abaixo a letra completa)
“Os rios são alegres, são vida, significam vida, carregam em seus leitos o sustento de milhares de família, movimentam a economia e muitos deles estão sofrendo com a poluição, então é preciso alertar a humanidade de que é preciso preservar, não só os nossos rios, como também todos os outros recursos naturais”, alerta a cantora. 

Bem à vontade no Festival

Já o roqueiro Antonio Metal interpreta a música “Pesadelo”, cuja autoria é dele e do baixista Daniel Jorge e a letra não tem uma temática pré-definida.
“Na verdade estamos bem à vontade nesse festival, a nossa música não tem tema aborda o abstrato da vida cotidiana, a música fala da realidade, o caos urbano, o stress o cotidiano de forma diferente, o amor o ódio, enfim não tem clichê, ou tema é rock”, contextualiza Antonio Metal.
Para ele o Festival é mais que uma vitrine é a oportunidade de mostrar o trabalho dele e da banda “Prima Matéria” em Belém.
“Quem não quer expandir, mostrar o trabalho, então o Festival, mais do que a competição é uma excelente vitrine", acentua.


Rio de Alegria - Nilva Burjack


E quantas vezes meu rio
Que lavou as minhas mágoas
Me traga no seu banzeiro
Um garimpeiro abonado ...

Vou ti fazer um convite
Pra conhecer o meu rio
Rio de alegria que vai bater nesse mar...
Rio de alegria que vai bater nesse mar...

Vamos descer no teu leito
Pra buscar a poesia
Traz na canoinha
O meu pão de cada dia
Traz na canoinha
O meu pão de cada dia ...

Como é lindo te ver refletindo o luar...
Vem matar minha sede
És irmão majestoso meu rio
Tua água é vida e me inspira a cantar ...
E quantas vezes meu rio ...



terça-feira, 18 de setembro de 2012

O milagre bíblico da multiplicação


Notas fiscais agora valem dinheiro em cidades do Pará


Sabe as notas fiscais que vem cada vez que compramos um produto? A partir deste mês, além de ajudarem no momento de trocas, garantias e controle do orçamento doméstico, elas valem dinheiro. Nesta terça-feira (18), o Pará adere ao programa nacional Nota Fiscal Cidadã. A iniciativa apoia ações de incentivo à cidadania fiscal e premia, com sorteios em dinheiro, a emissão de notas e cupons fiscais.
Notas fiscais podem ser trocadas por bilhetes que concorrem a sorteios em dinheiro. (Foto: Divulgação / Agência Pará) 
Notas fiscais podem ser trocadas por bilhetes que concorrem a sorteios em dinheiro.
Desde o início de setembro, notas fiscais de atividades econômicas de alimentação, vestuário e acessórios, lojas de departamentos ou magazines e comércio varejista de móveis podem ser "trocadas" por bilhetes.
O consumidor pede a emissão da nota ou cupom fiscal com a identificação de CPF/ CNPJ, e a empresa deve encaminhar, por meio eletrônico, estas informações à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa).
A cada R$100 em compras, é gerado um bilhete, e o consumidor pode verificá-los no site da Nota Fiscal Cidadã, a partir de novembro. O primeiro sorteio do projeto está agendado para dezembro. Os prêmios vão de R$ 20 a R$ 50 mil.
Em 2012 já concorrem notas emitidas em Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Marabá e Santarém. A partir de janeiro de 2013, serão válidos notas e cupons fiscais emitidos em todos os municípios paraenses. A coordenação operacional do programa será da Sefa, que vai atuar em conjunto com o Procon na fiscalização das infrações contra o direito do consumidor. A Loteria do Estado do Pará (Loterpa) auditará os sorteios. Consumidores e fornecedores só poderão se cadastrar no site da Nota Cidadã a partir de novembro.  (Fonte: G1PA)

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Maurino, o prefeito dos pobres e umirdes, manda lembranças

No Terra do Nunca


Atendimento no Hospital Municipal pode piorar

Se o atendimento no Hospital Municipal de Marabá (HMM) já é considerado deficiente, a situação pode ficar ainda pior. Uma portaria baixada pela própria Secretaria Municipal de Saúde (SMS) prevê o corte nos plantões extras de todos os servidores e em várias categorias de profissionais, entre eles a de Enfermagem. O objetivo da medida é conter os gatos na Saúde.

Mas, para o Conselho Municipal de Saúde (CMS), se a prefeitura  quisesse mesmo conter as despesas, deveria era cortar os cargos comissionados e portarias existentes na SMS, que não são essenciais, como o trabalho dos enfermeiros.

O fujão, o saltimbanco* e a obscenidade política.

No blog do Aurismar:

EI, PSIU, CADÊ O TIÃO?!


Não sei se já reconhecendo a irreversível derrota nas urnas, mas o candidato Tião Fujão, digo, Tião Miranda, não compareceu ao debate realizado sábado (15) na CMM, promovido pelo Sintepp. Não houve nenhuma justificativa para sua ausência no debate. A bem da verdade, ele nem quis receber oficialmente o convite. 
Quem lotou metade da plenária e saiu carregado nos ombros fazendo sinal de vitória foi o inacreditável Maurino Magalhães. Muita gente, paga por ele obviamente, esteve lá fazendo barulho e quase vão aos tapas com candidatos despreparados do Psol, umas quatro pessoas, que estavam lá parece que com um único propósito, fazer baderna. Uma coisa fique bem clara, aquele pessoalzinho, Ricardo e Francilene, essa soltando palavrões para todo mundo com nítidos sinais de embriaguez, aquele fazendo gestos obscenos para a câmera, não representam o Partido Socialismo e Liberdade, que tem pessoas sérias, como o caso do Manoel Rodrigues. Eles representam uma banda podre do partido que articulou com a parentaia e conseguiu o diretório do partido.
Cesar do Comércio não apareceu, a justificativa que se comentava foi a de que o candidato precisou viajar a Belém com urgência. 
A outra metade da plenária foi lotada por apoiadores do candidato João Salame, bastante aplaudido durante as suas falas. 
Que fique o julgamento do público para se avaliar quem foi o vencedor do debate, uma coisa tenho certeza, a democracia saiu vitoriosa e o Sintepp mostrou o quanto pode contribuir para a formação política não só de seus filiados como também de toda a população.
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*Indivíduo que exibe suas habilidades nas feiras ou na via pública, vendendo elixires reputados milagrosos, seduzindo o público com discursos e trejeitos espalhafatosos; farsante, charlatão

Samba-de-cacete na terra do carimbó

No Parsifal Pontes:

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Se a campanha eleitoral está na base do chá de erva cidreira na capital, no interior ela coleciona episódios de desinteligências que chegam ao desforço físico.
Na noite do sábado (15) o senador Mario Couto (PSDB) foi um dos protagonistas de um entrevero, desta feita no município de Marapanim, nas bordas do Atlântico.
O senador, na sua fala a favor do candidato do PSDB, fez-se a desancar o atual prefeito, José Ribamar (PMDB), que da popa do comício ouvia as cobras e lagartos que eram atiradas contra si.
> Surra
Quando o pavio acabou e a pólvora do embornal do prefeito pegou fogo, ele e seus correligionários vararam a audiência rumo ao palanque. Na marcha, Ribamar seguia lesto, gritando que ia subir e dar uma surra no senador.
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A polícia conseguiu interceptar o tinhoso prefeito, enquanto outra leva da briosa tirava o senador Mario Couto, e sua filha, a deputada estadual Cilene Couto, do palanque.
Marapanim é também conhecida como a “Terra do Carimbó”, mas o que houve mesmo nessa noite foi samba-de-cacete.
Foto: "O Liberal".

A quem as pesquisas eleitorais enganam em véspera de eleição?

No Contraponto


Em Marabá, Ibope registra pesquisa mas não divulga resultado.

A guerra de números em que se transformou a disputa pela prefeitura de Marabá terá novos capítulos nos próximos dias. Depois que a Doxa Comunicação divulgou sua apuração mostrando que João Salame (PPS) ultrapassou o até então favorito Tião Miranda (PTB), aguardava-se com ansiedade os números do Ibope Inteligência. A empresa registrou sua pesquisa (PA-00108/2012) no dia 8 deste mês e garantiu que apresentaria os resultados no dia 13. Passados 4 dias, uma eternidade no processo eleitoral, até agora o Ibope mantém silêncio.
Há quem tenha explicação para tanto mistério.
O blog foi informado que, pelos números do Ibope Inteligência, João teria realmente tirado toda a diferença que o separava de Tião Miranda. Depois de mostrar uma pesquisa do Ibrape com 40 pontos percentuais à frente, pegaria muito mal reconhecer o empate.
Por falar no Ibrape, o instituto pediu registro de nova pesquisa - protocolo n° PA-00128/2012 - em Marabá no dia 13 deste mês. Promete divulgar os resultados amanhã, dia 18, depois de entrevistar 488 eleitores. A pesquisa será realizada apenas na zona urbana da cidade.
Enquanto novas pesquisas registradas não são divulgadas algumas sem registro circulam. Em uma delas, amplamente comentada em Marabá, João já teria mais de 8 pontos de frente sobre o "candidato do Jatene".  

Greve das federais termina depois de 4 meses


O Andes, entidade de maior representação dos professores de universidades federais, anunciou ontem o fim da maior greve da história da categoria, iniciada em maio.
Até semana passada, ao menos 39 universidades já haviam encerrado o movimento, das 57 que entraram em greve.
Segundo o sindicato, a decisão da "suspensão unificada" foi tomada "após criteriosa avaliação do quadro das assembleias gerais".
Em nota publicada ontem, o sindicato diz ainda que continuará "a mobilização da categoria no enfrentamento dos ataques à educação pública federal". Eles citam especificamente o projeto de lei enviado pelo governo que detalha o reajuste aos docentes.
Os professores encerram a greve após conseguirem um aumento maior que a média oferecida pelo governo a outras categorias, que seguiram os docentes em paralisações no país inteiro.
Aos professores, o governo ofereceu reajuste entre 25% e 40% divididos nos próximos três anos, enquanto outras categorias encerraram a greve após aumento médio de 15,8%, no mesmo prazo.
Essa foi a maior greve da história das universidades federais, superando os 112 dias de paralisação em 2005.
Com os quatro meses de greve, o calendário acadêmico das universidades deverá ser esticado até o primeiro semestre de 2013.
A proposta oferecida pelo governo foi maior que a inicial, recusada pelos professores. Antes, o reajuste mais baixo dado era de 12%, e não 25%. No total, o impacto orçamentário será de R$ 4,18 bilhões, distribuídos nos próximos três anos.
Na mesa de negociação, os professores conseguiram reduzir o número degraus para se chegar ao topo da carreira: de 17 para 13.
O sindicato pleiteava que todos os professores pudessem chegar ao topo, independente de titulação acadêmica. Esse pedido foi recusado pelo governo no projeto de lei enviado ao Congresso, alvo de críticas da categoria. (Folha de S. Paulo)

Educação, no Pará, é uma vergonha!

N'A Perereca da Vizinha:
O mau desempenho do Pará no Ideb: falta gestão e sobra corrupção.

Afanei as reportagens abaixo do blog da Publica, agência de jornalismo investigativo. É do início de setembro. Mesmo assim, é imperdível. Se você ainda não leu, tire um tempinho para ler:
“O dinheiro sumiu da escola; e a educação também
Por Ana Aranha
Pública foi ao Pará em busca dos investimentos destinados à educação . Encontrou salas em ruínas, alunos sem livro, caderno, merenda e até sem aula. 

Um aluno da 1a série assiste à aula encharcado. Ele caiu do barco de madeira superlotado que faz o transporte escolar. Na mesma cidade, funcionários da prefeitura circulam em lanchas enviadas pelo Ministério da Educação, equipadas com colete salva-vidas. 
Um professor com problemas de saúde recorre ao INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e descobre que não tem direito ao benefício. Suas contribuições, descontadas mensalmente há 15 anos na folha de pagamento, nunca foram recolhidas pela prefeitura.
Pais têm medo de deixar os filhos na escola. As paredes foram pintadas por fora, mas por dentro rachaduras se estendem do teto ao piso. Na prestação de contas da secretaria municipal de Educação, mais de um milhão de reais gastos em reforma.
Escolas fecham as portas uma hora mais cedo. A merenda, que deveria durar todo o mês, acaba em menos de duas semanas – e os professores não conseguem ensinar aos alunos com fome. Nas notas fiscais da prefeitura, os alimentos foram comprados. Por até três vezes o preço do mercado local.
Os casos acima são uma amostra da série de crimes cometidos contra os estudantes do Pará. As evidências de desvio de recursos – e as suas consequências – são encontradas fartamente dentro das escolas. Aqui, a relação de causa e efeito é clara: quanto mais corrupção, pior é o ensino oferecido.
Antes de chegar a essa conclusão, a Pública coletou informações sobre a qualidade da educação no norte do país e fez um detalhado cruzamento dos dados sobre os desvios na verba que deveria ser investida nas escolas do Pará. Depois, visitou as escolas do Pará, estado que divide com o Amapá o último lugar no ranking em educação na região norte, por sua vez a que oferece pior ensino no país, de acordo com os novos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação.
A reportagem visitou as cidades de Portel e Anajás, ambas na Ilha de Marajó. Anajás foi a campeã paraense de irregularidades na educação detectadas nas fiscalizações feitas pela CGU ao longo de 2010 e 2011. Portel foi uma das cidades onde houve condenação do prefeito devido a desvios da verba para as escolas. A ideia da visita era a descobrir se a punição surtiu efeito sobre o modo como o novo prefeito gere a educação.
A verba para educação repassada pelo governo federal representa mais de 70% da receita dessas prefeituras, como acontece em 25% dos municípios brasileiros. Boa parte dela é proveniente do Fundeb, (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), que distribui os recursos da educação básica em todo o país. Os recursos se destinam ao pagamento de diretores, professores e coordenadores, aquisição de equipamentos e reparos. As verbas para merenda, transporte, construção de escolas e livros didáticos vem através de convênios diretos com o Ministério da Educação (MEC).
Portel, 52 mil habitantes, recebeu 40,7 milhões do Fundeb em 2011; Anajás, 25 mil habitantes, recebeu 20,2 milhões. Pelo peso que têm na receita, as escolas deveriam oferecer o melhor serviço público dessas cidades. Não é o que se vê nas salas de aula.
Só o esqueleto
De fora, a pequena escola Coquirijó, uma das 177 escolas rurais que ficam à beira dos rios de Anajás, parece bem cuidada. As telhas são novas e as paredes brancas valorizam o verde bem pintado nas janelas e no nome do colégio. Na sala da professora Darlene Lobato, 23 anos, os alunos da 4a série copiam em cadernos e folhas sulfite providenciados pela professora a lição sobre “números naturais”, que enche a lousa, enquanto os meninos da 1a à 3a série tentam ler juntos o papel em que a professora transcreveu a cartilha à caneta. É o recurso disponível para alfabetizá-los.
No canto da sala, alguns livros empilhados na prateleira. “Quem dera pudesse trabalhar com eles, são muito distantes da nossa realidade”, ela diz. “Esses livros têm textos difíceis, nem os alunos da 4a série entendem. Alguns ainda não sabem ler”.
Observando de perto, os livros estão sujos e comidos por insetos. Darlene conta que foi um professor quem providenciou as prateleiras recentemente: “Antes, os livros ficavam no chão, amanhecia tudo molhado”.
A escola foi entregue pela prefeitura sem acabamento. Na cozinha, não há mesa ou prateleira. Merenda, pratos, copos e panelas ficam no chão. Por um defeito da tubulação, a caixa d’água não funciona, alunos e professores buscam água do rio com um balde.
Não há eletricidade. À noite, a professora e a servente, que dormem na escola pois moram longe, na cidade, dormem de vela acesa enroladas em redes para se proteger dos morcegos. Darlene tem planos de mandar fazer um forro, mas é difícil juntar dinheiro quando ela tem que tirar do bolso caderno, lápis e xerox para os alunos que não podem pagar e não recebem o que têm direito e foi repassado do MEC para a prefeitura.
Seguindo pelo mesmo rio Anajás, na comunidade Marituba, encontra-se a Escola Municipal Valdomiro Freitas, que fica em cima de um trapiche para evitar alagamento nas épocas de cheia. A escola foi pintada recentemente, com o mesmo verde e branco, mas a estrutura de madeira que cerca o trapiche para impedir quedas – ele está a alguns metros do chão – está solta. A merenda é insuficiente e os alunos bebem da água do rio, sem tratamento. Como Anajás fica no centro da Ilha de Marajó, e não há estradas, os rios são a principal via de transporte e de escoamento do esgoto”.

Aqui você lê a íntegra dessa reportagem simplesmente imperdível:http://apublica.org/2012/09/corrupcao-na-educacao-para-fundeb/
E não deixe de ler também aqui:
http://apublica.org/2012/07/para-desvio-de-verba-leva-educacao-ruim/
E aqui:
http://apublica.org/2012/07/infografico-interativo-os-caminhos-da-corrupcao/

domingo, 16 de setembro de 2012

Ninguém se iluda: ele fica até o time ir pro brejo de uma vez!


Comando de João Galvão já gera desgaste
Se o ditado diz que “em time que tá ganhando não mexe”, as coisas tem que mudar para o Águia. Com a defesa mais vazada da Série C e o segundo pior saldo de gols antes do início da rodada, já que o Águia jogou ontem contra o Icasa (CE), as coisas não estão nada boas para o Azulão. Para aumentar a insatisfação da torcida, o time ainda não ganhou fora de casa e mesmo com todos os contras, não tem variado a formação do time. Com isso ficam as cobranças da torcida e as desculpas dos dirigentes. Entre acusações e defesas, a única certeza é que a palavra mudança tem que começar a circular pelo Zinho Oliveira.
Torcedor do Águia desde pequeno, o comerciante José Silveira não vê com bons olhos a atual situação da equipe marabaense. “Fica muito difícil torcer assim. Parece que a voz da torcida não tem peso. Nós torcedores queremos ver o Águia ir em frente, mas como, se nada muda? Temos que ser ouvidos e definir se isso é falta de opção ou é pura teimosia. Sei que o João Galvão é um cara esforçado e que sempre apoiou o Águia, mas assim não dá”, desabafou o torcedor.
Representante maior do Azulão, o treinador João Galvão sempre foi visto como um bom treinador pela torcida, mas os resultados recentes parecem ter abalado as estruturas desse relacionamento.
Indagado pelo razão das poucas inovações no elenco, Galvão apenas falou que confia nos seus jogadores. “Nosso elenco é bom, pode ver que nós estamos invictos dentro de casa, o que nos resta é conversar pra descobrir onde está o problema quando jogamos fora”, disse o técnico. Ao torcedor marabaense, resta esperar que Galvão esteja certo e que a situação dos jogos fora de Marabá mude, mesmo que nas quatro linhas isso não esteja acontecendo. (Diário do Pará)




Há 40 anos...


Clube Atlético Marabá, no início da década de 1970.
Pela ordem:

Vandick (torcedor), Dico, Adão Junes, Babá Maia, Genésio, Darci, Dem Dem, Aulete, Cabeção, Plinio, Cabo Moraes e Valber Carneiro.


Vitória, é você? O difícil reencontro na Série C

No Futebol Interior


Marabá, PA, 15 (AFI) - Demorou, mas o Águia conseguiu reencontrar a vitória no Campeonato Brasileiro da Série C. Depois de três tropeços, o reencontro com a vitória não foi nada fácil. No Estádio Zinho de Oliveira, em Marabá, o time encontrou muitas dificuldades para vencer o Icasa, por 1 a 0. O confronto também marcou a estreia do técnico José Carlos Serrão no comando do Icasa, que terá muito trabalho para se manter na terceirona.Apesar da vitória, o Águia mantém certa distância dos líderes Luverdense (23 pontos) e Fortaleza (22). Com o resultado, time assumiu a terceira colocação com 16 pontos, mas continua seguido de perto por Santa Cruz e Paysandu, com 15 pontos, na terceira e quarta colocação, respectivamente.
Já o Icasa, continua despencando na tabela. Depois da saída o técnico Tarcísio Pugliese, o time ainda não venceu e emplacou a sétima partida sem vitórias. Sendo assim, deixou de brigar pela liderança para se aventurar na beira da degola, com 12 pontos, na oitava posição. Em caso de vitória, ou empate, do Cuiabá, o time termina a rodada na zona de rebaixamento.
Partida
Motivados pela 'bronca' da diretoria, que prometeu mudanças drásticas em caso de novo tropeço, o Águia começou mostrando muita vontade de encerrar o regime de três jogos sem vitórias. Mas a qualidade técnica não correspondia a vontade de vencer. Sem organização no meio de campo, o Águia encontrava dificuldades de chegar ao gol do Icasa e ainda perdeu as duas oportunidades que teve no inicio da primeira etapa. A mais clara com Branco, que não conseguiu dominar e perdeu a chance de finalizar.

Branco (esq.) comemora gol. F: O Liberal
Mas, o Águia também contava com a fraca atuação do Icasa, que perdeu o rumo depois da saída do técnico Tarcísio Pugliese e ainda não se reencontrou na competição, deixando a briga pela liderança para lutar contra o rebaixamento. Pela insistência, o Águia chegou ao gol. Na terceira cobrança de escanteio, o atacante Branco mostrou faro de gol e subiu mais alto para mandar para o fundo das redes, abrindo o placar no Estádio Zinho de Oliveira: 1 a 0.
Sem poder de reação, o Icasa apenas se arriscava ao ataque sem finalidade e não criou nenhuma chance clara de gol até o apito final da primeira etapa. Assim como o Águia, que não assustou, mas deixou o gramado com a vantagem.

Segundo tempo
Na volta, o Águia mostrou mais determinação para alterar o placar. Com algumas mudanças, o meio-campo passou a optar mais pelas laterais e chegava ao gol com mais frequência. Aos 15, o atacante branco quase ampliou a vantagem. Em jogada individual, o jogador invadiu a área, driblou o goleiro João Paulo, mas bateu sem equilíbrio e mandou a bola na trave.
Acuado, o Icasa apenas se defendia e até os 20 minutos ainda não havia levado perigo ao gol de Marcelo Cruz. Com a rápida movimentação dos meias e atacantes do Águia, o setor defensivo do Icasa foi o mais eficiente do time e conseguiu parar o time da casa. Já o setor ofensivo do time cearense não foi efetivo e compartilhou para o time sair com a derrota.

Próximos jogos
Para deixar a situação complicada, o Águia precisa somar pontos também fora de casa. No próximo domingo, o time tenta conquistar a primeira vitória fora de casa, contra o Guarany, às 16h, em Sobral. Na 'era' Tarcísio Pugliese jogar em casa era sinônimo de vitória para o Icasa. Mas depois da saída do técnico, o time somou uma derrota e um empate. Agora, a tentativa de reencontrar a vitória será logo contra o líder Luverdense, também no domingo, às 16h.

Prefeitos enriquecem e educação agoniza



Nem sempre os estados e municípios mais ricos apresentam os melhores resultados na educação pública. No Pará, apesar de toda riqueza mineral e hídrica, os índices da educação básica insistem em mostrar os piores resultados do Brasil. No final de agosto, o Ministério da Educação divulgou os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb. O Estado ficou entre os 10 piores resultados. Na comparação Ideb-2011 com Ideb-2009, considerando apenas as redes estaduais, caíram de desempenho Rondônia (-0,4), Acre (-0,2), Pará (-0,2), Paraíba (-0,1), Alagoas (-0,2), Bahia (-0,1), Espírito Santo (-0,1), Paraná (-0,2), Rio Grande do Sul (-0,2) e o Distrito Federal (-0,1). Nas redes públicas municipais 20 municípios não alcançaram a meta nas primeiras séries do ensino fundamental. Outros 57 não avançaram nas metas para as séries finais.
O que chama a atenção é o exame das notas de municípios que, além dos repasses do Ministério da Educação, recebem altos valores a título de royalties, tanto da mineração quanto da exploração de recursos hídricos. Barcarena, por exemplo, onde estão instaladas as principais plantas de empresas de mineração, ficou abaixo da média nas séries iniciais e muito abaixo nas séries finais, obtendo índice de desempenho de 3,1 quando a meta era de 3,7. Nestas séries, os índices caíram -0,2 quando comparados os anos de 2009 com 2011.

O Ideb é um indicador geral da educação nas redes privada e pública. Foi criado em 2005 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho na Prova Brasil.
Entre os municípios paraenses que podem ser considerados “ricos” estão aqueles beneficiados com o pagamento de royalties pela exploração da água da Usina Hidrelétrica Tucuruí. Nestes, além do repasse do Ministério da Educação, são depositados mês a mês altos valores à título de compensação, além de receberem investimentos extras da estatal Eletrobras Eletronorte, que explora a usina.

Dos sete municípios do entorno da usina, apenas três conseguiram alcançar as metas estabelecidas para o ensino básico, tanto nas séries iniciais quanto nas finais. São eles: Tucuruí, Breu Branco e Itupiranga. Em Goianésia do Pará o Ideb registrou queda de -0,5 pontos. Os outros três não só não alcançaram as metas como também apresentaram os piores resultados do Estado: Jacundá não conseguiu alcançar a meta em nenhum dos anos avaliados; Novo Repartimento idem; e Nova Ipixuna teve uma queda recorde de -0,7 pontos.
Mas Nova Ipixuna pode ser considerada “pobre”, quando comparado o montante acumulado entre arrecadação, repasses do MEC e compensação na forma de royalties. O município é o que recebe o menor repasse para educação, tendo recebido em 2011 R$ 6,6 milhões para a educação, sendo 5,4 repassados pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) atende toda a educação básica, da creche ao ensino médio.
>> Repasse de recursos nem sempre é investido em educação
Este ano já recebeu cerca de 2 milhões. O município tem 3.225 mil alunos somando educação infantil e ensinos fundamental e regular, de acordo com o Censo Escolar de 2012. Dividindo apenas o repasse do Fundeb pelo número de alunos – em uma conta hipotética – Nova Ipixuna teria, em média, R$ 1.693 para investir por aluno por ano. Em 2011, o gasto mínimo por estudante determinado pelo Ministério da Educação foi de R$ 1.722,05 (era de R$ 1.414,85 em 2010). Esse valor é multiplicado por um número chamado “fator de ponderação”, que varia conforme a etapa e a modalidade do ensino.
No caso de Nova Ipixuna o repasse de pouco mais de 5 milhões ao ano a titulo de royalties poderia ser aplicado também em educação. Aliás, pouco se sabe a respeito da aplicação que os municípios beneficiários fazem desses recursos. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável por repassar os recursos provenientes de royalties aos municípios, a compensação financeira “...é um pagamento feito pelas usinas hidrelétricas pelo uso da água dos rios para geração de energia elétrica”. A agência reguladora frisa, em sua cartilha distribuída aos municípios, que os recursos “... podem ser aplicados em saúde, educação e segurança (e outros setores).”
E é esse o grande perigo: pelo menos no Pará, em duas situações comprovadas, os municípios conseguem fazer de seus prefeitos gestores ricos enquanto a educação declina para os índices mais “pobres” apontados pelo Ministério da Educação. É esse exatamente o caso dos outros dois municípios beneficiados pela compensação financeira da usina de Tucuruí. Jacundá e Novo Repartimento tem hoje prefeitos ricos e alunos pobres.
No primeiro caso, o município de Jacundá é governado por Izaldino Altoe, o Dino do PT. O prefeito pecuarista é candidato à reeleição. Mas, nos últimos quatro anos, não conseguiu melhorar os índice da educação. Ele assumiu em 2008 e herdou o município com notas abaixo da média estabelecida pelo Ideb. Em 2009, em nova avaliação do MEC, Jacundá voltou a ficar abaixo da meta. Em 2011 repetiu a insuficiência na educação, alcançando apenas 3,1 pontos, quando a meta era de 3,5.
O mesmo “fenômeno” não aconteceu na declaração de bens do prefeito. De acordo com o site do Tribunal Superior Eleitoral, Isaldino declarou possuir R$ 429.434,00 em bens, incluindo uma única fazenda e três caminhões. Os quatro anos foram promissores para Dino. Em nova declaração apresentada ao TSE, o prefeito de Jacundá declarou ter R$ 1.205.000,00 em bens. Hoje, ao invés de uma, Isaldino tem nove fazendas. É sócio da empresa Briquete Sul Pará – daquelas que fazem calçamento nas cidades – e tem 650 mil reais de participação societária.
O DIÁRIO tentou, ao longo de uma semana, saber a origem do enriquecimento de Isaldino Altoe, o Dino do PT. Ele conseguiu multiplicar em 2,797% seu patrimônio. No telefone (94) 3345.1312 fomos informados que o chefe de gabinete, Luiz Carlos Chaves da Veiga, responderia pelo prefeito. Em todas as tentativas feitas o chefe de gabinete estava “em reuniões importantes” e não poderia atender ao Diário. Na última tentativa, feita na quinta, 13, o funcionário João Eldes disse que Luiz Carlos iria retornar “em alguns minutos” para o telefone de contato passado pela reportagem. A ligação nunca aconteceu.
Jacundá recebeu em 2011 – ano da última avaliação do Ideb – R$ 21.899.000,00 para a área da educação. Desse total, R$ 19.165.000,00 foram repassados pelo Fundeb. O município tem 10.523 alunos matriculados na educação infantil e no ensino fundamental e médio. O total repassado para a educação daria uma média de investimento de R$ 2.081 por aluno ao ano. Média bem maior que a estabelecida pelo MEC.
Tudo isso sem considerar os valores repassados pela Aneel em 2011 à título de compensação financeira pelo uso da água do reservatório de Tucuruí. No ano foram repassados 17 milhões 648 mil reais.
>> Gestora aumentou patrimônio em mais de 4.000%
Mas nenhuma prefeitura no país tem um gestor tão competente para administrar seus recursos como a prefeita de Novo Repartimento, Valmira Alves da Silva, do PR. Ela conseguiu multiplicar seu patrimônio em mais de 4.000%. Candidata a reeleição, Valmira declarou, em 2008, possuir patrimônio de R$ 80 mil – uma casa de 40 mil e um carro no mesmo valor. Em 2012 o patrimônio de Valmira – esposa do ex-deputado José Lima – declarou ao mesmo Tribunal Superior Eleitoral ter R$ 3,3 milhões em patrimônio.
Entre os bens de Valmira estão incluídos: uma fazenda, no valor de R$ 1,2 milhões; um hotel pousada em Tucuruí, no valor de R$ 600 mil; um prédio comercial também em Tucuruí, no valor de R$ 600 mil; e um andar inteiro em um prédio no bairro do Umarizal, em Belém, no valor de R$ 400 mil.
Novo Repartimento pode ser considerado um município privilegiado no Brasil. Recebeu, em 2011, R$ 81.284 milhões em royalties, a título de compensação financeira pelo uso da água do rio Tocantins. Do Ministério da Educação recebeu R$ 29.926 .000,00, sendo 27,9 milhões do Fundeb. A rede municipal de educação – entre população urbana e rural – tem 17.265 alunos matriculados na educação inicial e no ensino fundamental e médio.

Mais uma vez usando uma contabilidade hipotética, o município poderia ter investido R$ 1.733 por aluno por ano, portanto, dentro da média estabelecida pelo MEC. Mas esses números não se refletem nos índices da educação: Novo Repartimento não atingiu a meta do Ideb em 2009 e novamente não atingiu em 2011.
Mais uma vez, o DIÁRIO tentou, ao longo de uma semana, contato com a prefeita ou com algum de seus assessores. No número (94) 3345.1181, a reportagem foi atendida por uma pessoa de nome “Luciane”. Explicado que o teor da matéria objetivava saber como a prefeita conseguiu multiplicar em mais de 4 mil% seu patrimônio, a atendente passou a ligação para a coordenadora de gabinete de nome “Crislaine”. A coordenadora não deu seu sobrenome. Disse que o assunto deveria ser tratado com o secretário de gabinete, Roni Jorge (nº 94-9134.6451) ou com o filho da prefeita, Hélio Lima (nº 94-9132.8307). Várias tentativas foram feitas e vários recados foram gravados nas respectivas secretárias eletrônicas. Mas não houve nenhum retorno.
Vários outros municípios do Pará mostram o mesmo problema: prefeitos ricos e alunos pobres. Os dados sobre a evolução patrimonial de prefeitos que concorrem à reeleição podem ser obtidos no site do Tribunal Superior Eleitoal, O Diário abordou a questão dos municípios do entorno de Tucuruí pelo fato da região ter, além dos recursos repassados pelo Ministério da Educação, um alto volume financeiro repassado pela Aneel, cujo um dos objetivos deveria ser a aplicação em educação.
No Brasil, 44% das escolas públicas do Brasil não atingiram as metas do Ideb nos anos finais do ensino fundamental. Metade das escolas de 14 Estados não atingiram o índice, a maioria nas regiões Norte e Nordeste, entre eles o Pará. Ao todo, mais de 12 mil escolas públicas estão nesta situação.
O pior desempenho dos municípios do Pará foi registrado nas escolas estaduais de ensino médio. Com uma das projeções mais baixas do País, de 2,9, os alunos dessas escolas alcançaram apenas a média de 2,8. A nota é quase a metade da média registrada nas escolas de ensino médio da rede privada: 5,3 (nota exata à estabelecida pelo MEC em 2011). (Diário do Pará)

Região terá Tribunal de Ética da OAB

Um Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da Ordem dos Advogados do Brasil, de caráter regional e integrado por representantes de Xinguara, Parauapebas, Redenção e Marabá, será instalado nesta cidade em 2013.
O TED é o órgão responsável por julgar as representações por infrações ético-disciplinares contra advogados, estagiários e consultores estrangeiros. Também estão entre as principais atribuições do TED responder a consultas formuladas por advogados quando há dúvidas sobre se determinado ato pode caracterizar uma infração e orientar os profissionais sobre as questões de ética relevantes para o exercício da advocacia. O conceituado advogado Plínio Pinheiro |Neto será o primeiro presidente do desse tribunal regional.
A informação é do presidente da Subsecional da OAB Marabá Haroldo Júnior, que de 11 a 13 de setembro percorreu as subsecionais de Rondon do Pará, Parauapebas, Conceição do Araguaia, Xinguara e Redenção, contatando os advogados locais.
Haroldo Júnior a atenção dos profissionais para o fato de que nos próximos dois anos abre vaga para o quinto constitucional no Tribunal de Justiça do Estado, nas funções de desembargador, oportunidade em que serão indicados nomes da região. “O sul e sudeste do Pará contabilizam hoje mais de 1.200 advogados, número suficiente para eleger e indicar seis nomes à lista sêxtupla do TJE, que escolherá 3, e o governador nomeará um. Entendo que precisamos eleger gente desta região para representar nossos advogados na alçada maior do judiciário paraense”, diz Haroldo.
Muito importante, também, é que serão criadas e instaladas em Marabá, podendo reunir-se nos municípios, que a integram, as Comissão de Direitos Humanos, de Assuntos Penitenciários de Segurança Pública, Comissão de Direito Minerário, de Direito Ambiental, e de Direito Previdenciário, além da Caixa de Assistência do Advogado – todas integradas por advogados do sul e sudeste do Pará.

O buraco do tatu



A Fifa já registrou o desenho do animalzinho no site de patentes europeias (o nome será escolhido por votação na internet) e o tatu-bola será realmente o mascote da Copa do Mundo de 2014.
A ideia de adotar o tatu-bola nasceu no Ceará e foi apresentada em fevereiro. De acordo com a ONG Associação Caatinga, idealizadora da ideia, o mascote (Tolypeutes tricinctus) seria ideal por ter a habilidade de curvar-se sobre seu próprio corpo para se defender de alguma ameaça, formando assim uma bola. Com o registro, a Fifa tem o direito de explorar a imagem do mascote em produtos oficiais pelos próximos dez anos.
No Brasil, o tatu está entre as carnes silvestres mais consumidas.
O problema é que o tatu transmite a lepra, segundo pesquisa de 2009, publicada na revista National Geographic deste mês.
Após anos de trabalho, diz a revista, equipe internacional de cientistas parece ter solucionado um estranho enigma médico por que dezenas de americanos contraem lepra todos os anos, sem terem viajado a regiões onde a doença é comum. No sul dos Estados Unidos, o sequenciamento genético revelou que os seres humanos e os tatus compartilham uma bactéria em forma de bacilo que causa a hanseníase.
“Até pouco tempo, acreditava-se que a infecção – que pode ficar incubada durante anos antes de se manifestar – era transmitida de uma pessoa a outra. Mas pesquisas atuais indicam que mamíferos com carapaça, cuja temperatura corporal (32ºC) faz deles hospedeiros ideais: podem contaminar quem os manipula e cozinha. Para Richard Truman, do Programa Nacional da Doença de Hansen (EUA), há muito se desconfiava de um vínculo entre a lepra e os tatus. O risco às pessoas é reduzido – só 5% dos seres humanos são geneticamente suscetíveis à enfermidade – mas Truman recomenda cautela”, diz a revista.