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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A desfaçatez institucionalizada


A informação é do jornal Correio do Tocantins de terça-feira (18). Cidadão foi esfaqueado em plena praça da prefeitura, por volta de quatro e meia da tarde quando aquele espaço está cheio de gente em trânsito ou já ocupando os bares. O autor foi um das centenas de bandidos que infestam cada vez mais a cidade e tudo indica que esse crime vai ficar por isso mesmo.
O surpreendente é que populares, ao socorrerem a vítima, ligaram para o Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência, da Secretaria Municipal de Saúde) e ouviram do socorrista na ponta da linha “que não atenderiam a ocorrência porque estavam em paralisação”.
Na quinta-feira (20), o jornal dá espaço à denúncia do taxista Francisco Davi da Silva sobre incêndio que já dura mais de um mês no canteiro central da VP-6, perto da Transamazônica e que já destruiu três pés de ipê. O próprio denunciante diz que tentou apagar o foco e os bombeiros estiveram por lá, mas a grama plantada sobre serragem seca voltou a queimar.
Preocupado com o patrimônio público (que consumiu milhares de reais com a coleta, transporte e espalhamento da serragem; compra e plantio de grama e mudas das plantas, entre outros serviços), Davi ligou para quem deveria zelar pelo bem coletivo e obteve uma resposta cândida e definitiva:
- “O pessoal da prefeitura me orientou a cavar uma vala, mas não tenho como fazer isso. Eles queriam que eu pegasse uma enxada para fazer o serviço, mas a Secretaria de Obras é que tem pessoal para esse tipo de trabalho”, desabafou.
A atitude dos servidores do Samu e da Obras possuem um denominador comum: tem a cara, a práxis, o perfil (moral e psicológico) da atual gestão municipal no que concerne ao descompromisso com a cidade até à falta de solidariedade com o cidadão comum.

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