No Blog do Noblat
Uma reportagem na edição desta
semana da revista britânica Economist afirma que altos salários pagos a parte
dos funcionários públicos do Brasil são um "roubo ao contribuinte".
Os dados sobre a remuneração dos servidores foram revelados recentemente por
meio da Lei de Acesso à Informação.
"A presidente Dilma Rousseff
está usando a lei sancionada no mês passado, originalmente criada para ajudar a
desvendar atrocidades cometidas pelo regime militar, para expor os gordos
salários de políticos e burocratas", diz a revista.
A Economist cita como exemplo de
abuso o fato de mais de 350 funcionários da prefeitura de São Paulo ganharem
mais que o presidente da Câmara, cujo salário líquido é de R$ 7.223, segundo a
Economist.
A publicação compara o salário de
uma enfermeira-chefe da prefeitura do município, de R$ 18.300, com a média
salarial da iniciativa privada, e conclui que o salário da servidora é 12 vezes
mais alto que o pago pelo mercado.
A reportagem lembra que, por lei,
nenhum funcionário público pode ganhar mais que R$ 26.700 - a remuneração dos
juízes de instâncias federais superiores.
Porém, um terço dos ministros e
mais de 4 mil servidores federais teriam rendimentos superiores a esse teto.
Incluindo o presidente do Senado, José Sarney, cujo salário chegaria a R$ 62
mil, devido a um acúmulo de pensões.
A revista também classifica como
um "roubo ao contribuinte" o fato de membros do Congresso receberem
15 salários por ano, enquanto a maioria dos brasileiros recebe 13.