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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

JUSTIÇA SUSPENDE ELEIÇÃO DO SINDECOMAR


O Tribunal de Justiça  do Trabalho da 8ª Região suspendeu na manhã desta terça-feira, 17, o processo eleitoral que reconduziu o vereador Adelmo Azevedo ao cargo de presidente do Sindicato do Comercio de Marabá - SINDECOMAR. Adelmo deverá deixar de imediato o cargo, diz o blog de Aurismar Queiroz.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Enquanto isso, em Marabá, depois de certa eleição...


Grande João!...


Em reunião segunda-feira (9) com servidores da educação municipal no Cine Marrocos, o prefeito João Salame manifestou todo seu apreço pela categoria:
- “Para mim, é melhor contratar temporários porque adoecem menos”.

De concurso público ninguém fala... 
Faltou acrescentar que os contratados são demissíveis ad nutum (assim mesmo, em latim, para não dizer conforme o capricho da potestade de plantão), enquanto os servidores concursados e estáveis ficam na administração e burgomestre e séquito passam em caravana ao final de cada mandato.

Água? Dá jeito não!


“Os bombeiros do PT, diz o RD do Diário (12.12), vão precisar de mais carros pipas para debelar focos de incêndio que ainda remanescem à eleição presidencial do partido no Pará. Na pose  da deputada Bernadete ten Caten no comando da legenda em Maraba, as labaredas subiram de novo.”
Pelo visto, o fogaréu continua. Ontem, o vice-prefeito Luis Carlos Pies, marido de Bernadete, encaminhou nota à imprensa dizendo que o diretório municipal de Marabá teria requerido à Comissão Executiva Regional do PT que tomasse as providências cabíveis “para garantir a lisura do resultado do Processo de Eleições Dioretas (PED), apurando as graves denúncias de fraude supostamente ocorrida no 2º turno, em Parauapebas”. Lá, a taca foi feia. E muita! O eleito Milton Zimmer teve 714 votos contra apenas 28 de Zé Geraldo, candidato do PTpraValer de Pies e Caten.
- “É mentira do Pies”, retrucou integrante da DS que, aliada à AS, rachou ao meio o diretório marabaense, pondo fim à hegemonia trintenária do  PTpraValer. “Não teria o menor cabimento o PT De Marabá intervir o PT de Parauapebas. Isso é coisa de mentiroso”, reforçou.
Aliás, foi a tentativa de aprovar a bendita “Moção em defesa da lisura do PED no Pará”, levada por Pies ao plenarinho da Câmara, onde houve a posse do novo diretório municipal à noite de terça-feira 10, que transformou em quentão o xarope licoroso da solenidade. Entre as singelas manifestações de desagrado não faltaram vaias mimosas e delicados apupos.


Amor com amor se paga

Proprietário da floricultura Arte Verde e veterinário por profissão e poeta bissexto,  Olavo Barros agora se chama oficialmente Olavo Paraense de Barros.  Ele conseguiu o acréscimo mediante petição em juizado de Minas Gerais, de onde veio há pelo menos 40 anos para Marabá.

Doutor


Conselheiro estadual da OAB/PA e procurador municipal, o advogado Haroldo Júnior acaba de concluir com louvor sua pós-graduação em Direito Público pela Universidade Anhanguera-Uniderp, da Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes. “Breves reflexões sobre o controle de constitucionalidade concentrado” foi o tema desenvolvido e apresentado.


Itupiranga


Presidente da Câmara Municipal de Itupiranga, Raimundo Costa de Oliveira (PT), o “Raimundão do Sindicato” (dos trabalhadores rurais de lá), renunciou à função, após ser afastado por “descaminho” de 150 sacos de cimento, 40 kg de prego e pagamento de R$ 33 mil por suposta assessoria jurídica sem licitação. Raimundão, recordam seus colegas parlamentares, antes de eleger-se, passou uma temporada na cadeia metido em falcatruas com verbas federais do Fundo de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Fundef), processo anda não concluído na Justiça Federal.
Foi o vereador Jordão Martins Cunha quem requereu, em novembro recente, a prestação de contas de Raimundão, o que acabou resultando na criação de uma Comissão Especial de Inquérito para apurar “falhas contábeis” na gestão legislativa, sendo observado que o contador da Casa era o mesmo da prefeitura  e “que já tem funcionários sendo presos” por irregularidades, conforme a ata da sessão ordinária de 19 de novembro. Embora o presidente tenha alegado inocência, oito dos treze vereadores apoiaram seu afastamento da presidência.


Tranquem as portas



Oitocentos presos de Justiça – entre os quais assaltantes, arrombadores, traficantes de drogas etc. – serão liberados provisoriamente na próxima semana, segundo a Susipe.

Tranquem as portas



Oitocentos presos de Justiça – entre os quais assaltantes, arrombadores, traficantes de drogas etc. – serão liberados provisoriamente na próxima semana, segundo a Susipe.

Poesia


A Academia Paraense de Letras abriu inscrições ao Concurso de Poesia “Cidade de Belém”, até 12 de janeiro de 2014. As poesias deverão ter como objeto temático Belém ou vertentes mculturais a ela relacionadas diretamente. O concurso é aberto a qualquer pessoa residente no Pará e, sobretudo, a estudantes de qualquer série ou curso.

Cada concorrente deverá inscrever duas poesias sob o mesmo pseudônimo e enviar para o e-mail apl-pa@ig.com.br., contendo apenas o título do trabalho, o pseudônimo do autor e telefone para contato. Também poderão ser entregues na Secretaria da APL, pela manhã, em três vias, e um envelope lacrado contendo título do trabalho, pseudônimo, nome completo do autor, telefone, endereço. 

“Voz poética amazônida”

O editor, escritor e jornalista paraense Rey Vinas, há anos residindo em Brasília, publicou em seu blog uma análise sobre “Ademir Braz – um poeta da Amazônia”, destacando que o objeto da sua análise “é uma voz poética amazônida rara e autêntica”.

“Ademir Braz possui “Voz poética amazônida”
O editor, escritor e jornalista paraense Rey Vinas, há anos residindo em Brasília, publicou em seu blog uma análise sobre “Ademir Braz – um poeta da Amazônia”, destacando que o objeto da sua análise “é uma voz poética amazônida rara e autêntica”.
“Ademir Braz possui a biografia de um intelectual de cidade do interior, inóspita, entrecortada de rios, décadas atrás perigosíssima. De lá, ele não se afasta para se fixar em outras plagas nem amarrado. Isso faz sentido para a semântica da sua criação, impregnada de uma certa melancolia, uma tal desesperança quase profunda, mas que paradoxalmente aspira a ser feliz; uma identidade índia que não se aparta da natureza, de seus rios, pássaros e mitos, da terra ainda espoliada”.a biografia de um intelectual de cidade do interior, inóspita, entrecortada de rios, décadas atrás perigosíssima. De lá, ele não se afasta para se fixar em outras plagas nem amarrado. Isso faz sentido para a semântica da sua criação, impregnada de uma certa melancolia, uma tal desesperança quase profunda, mas que paradoxalmente aspira a ser feliz; uma identidade índia que não se aparta da natureza, de seus rios, pássaros e mitos, da terra ainda espoliada”. 

Marlon Pidde vai a juri em maio, quase 30 anos após chacina da Fazenda Princesa

O fazendeiro Marlon Lopes Pidde, acusado de chefiar uma chacina na Fazenda Princesa, no município de Marabá, em setembro de 1985, onde 6 (seis) trabalhadores rurais foram torturados e posteriormente assassinados, vai a julgamento popular no dia 08 de maio de 2014, na capital Belém. Quase 29 anos depois, o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, definiu a data do julgamento (08.05.2014), mas, no mesmo dia em que publicou a data, mandou colocar em liberdade o fazendeiro Marlon que se encontrava preso preventivamente.
            Após a chacina, o Fazendeiro Marlon, passou 20 anos foragido da Justiça. Foi preciso a Polícia Federal entrar no caso para efetuar sua prisão no ano de 2006. Ele estava escondido na cidade de São Paulo e usava nome falso para dificultar sua localização. A prisão preventiva de Marlon foi decretada logo após a chacina, à época ele residia em Goiânia, tendo sido visto na cidade por várias vezes, mas, a polícia paraense nunca empreendeu esforços para prendê-lo.
            Em agosto de 2011, pouco mais de 5 anos após ter sido preso Marlon foi solto, por decisão do STF, graças à morosidade da justiça. Em junho de 2007, os advogados da CPT e da SDDH (que atuam na assistência da acusação), em conjunto com o Ministério Público, ingressaram com Pedido de Desaforamento do julgamento para a comarca da Capital, no entanto, o processo permaneceu 4 anos e 6 meses no Tribunal para julgar o pedido e o recurso especial interposto pelos advogados de Marlon. No STJ, o processo permaneceu ainda, mais um anos e dois meses,  para que recursos das defesa fossem julgados. A demora sem qualquer justificativa, foi o argumento que a defesa de Marlon esperava e precisava para pedir sua liberdade com fundamento no excesso de prazo de sua prisão.
            Em Julho do ano corrente, o Fazendeiro Marlon Foi novamente preso, por ordem do Juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, quando tentava tirar seu passaporte na Polícia Federal com o objetivo de se ausentar do Brasil. No mesmo dia em que o Juiz marca a data do julgamento do Fazendeiro, manda colocá-lo novamente em liberdade. Mais uma vez o mandante da chacina foi beneficiado pela morosidade da justiça paraense, primeiro, pelos 22 anos que o processo passou nas gavetas do fórum da comarca de Marabá; segundo, pelos 4 anos que o processo ficou emperrado no Tribunal de Justiça para o julgamento de um simples recurso;  terceiro, pelo processo ter permanecido quase um ano na 1ª Vara do Tribunal do Júri aguardando a definição da data do julgamento. Agora, beneficiado pela liberdade, mesmo que seja condenado no julgamento que ocorrerá em maio de 2014, dificilmente será preso novamente, pois, certamente, lhe será dado o direito de permanecer solto até que todos os recursos da possível condenação sejam julgados. Marlon e a impunidade agradecem!
               A demora da justiça paraense já livrou da cadeia o gerente de Marlon, José de Sousa Gomes, que também é acusado de participar da chacina. Em 10 de julho de 2013, o mesmo juiz, determinou aextinção da punibilidade do gerente, em razão da prescrição, ou seja, a demora injustificada fez com que o crime prescrevesse, não podendo mais o réu responder pelos assassinatos pelos quais era acusado
O caso ficou conhecido a nível nacional e internacional, em razão da crueldade usada pelos assassinos, chefiados por Marlon, para matar as vítimas, conforme narram os autos do processo. Os seis trabalhadores foram sequestrados em suas casas, amarrados, torturados durante dois dias e assassinados com vários tiros. Depois de mortos, os corpos foram presos uns aos outros com cordas e amarrados a pedras no fundo do rio Itacaiunas. Os corpos só foram localizados mais de uma semana após o crime. O caso foi levado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, onde tramita um processo contra o Estado brasileiro. Quase três décadas após o crime o caso vai a júri. JUSTIÇA QUE TARDA É JUSTIÇA FALHA!
                                   Marabá, 16 de dezembro de 2013.

                        Comissão Pastoral da Terra – CPT diocese de Marabá.
Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos – SPDDH.
FETAGRI - Regional Sudeste do Pará.
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marabá.