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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Na Amazônia,o mundo às avessas e a vitória do irracional

No Manuel Dutra: 


Literalmente era o boss fazendo o que ele sempre fez na Amazônia: odelivery de suas riquezas em detrimento de quem, na outra margem, buscava a caridade de passageiros habituais e de turistas.
Fotos: M. Dutra
Transamazônica, há 15 dias, trecho entre Rurópolis e Itaituba. Eternamente inacabada, fruto de um projeto estúpido, caro e que não promoverá o desenvolvimento da região

Belém é quase uma ilha, historicamente chamada de Portão da Amazônia. A cidade tem à sua frente o enorme aguaceiro da Baía do Guajará; ao lado, os imponentes Guamá e o Rio Pará, e a malha urbana é cortada por vários igarapés e rios. E mesmo assim não existe transporte de massa por via aquática. As empresas de ônibus determinam que 85% de suas linhas entupam o centro da cidade, transitando por três avenidas prioritárias: Governador José Malcher, Nazaré e Gentil Bittencourt. O movimento de passageiros e o conforto da Estação Rodoviária da capital contrastam com a lástima que são os seus portos fluviais.
As centenas de pontes esperam a terraplenagem para se conectarem à estrada. Pela  dimensão destas estruturas, percebe-se que a Transam e a BR-163 esperam carga pesada

Marabá e Tucuruí são os exemplos acabados de cidades que deixaram de ser ribeirinhas, abandonando a sua vocação amazônica para se tornarem cidades rodoviárias. Estações de passageiros vistosas indicam que o eixo da economia e das relações sociais virou de costas para os rios.

Em Santarém uma estação rodoviária foi construída há quase 40 anos, mas até hoje 90% da economia daquela região navegam sobre os rios, e naquela cidade inexiste sequer um porto decente para embarque e desembarque dos milhares de passageiros que todos os dias chegam e saem nos pequenos navios e barcos menores.
Carretas geminadas já são frequentes na rodovia, levando soja para o porto da Cargill, em Santarém

No aspecto mais amplo, as últimas quatro décadas viram a consagração oficial da supremacia do caminhão sobre o barco, embora a Amazônia continue até hoje a nos ensinar que a sua vocação é ribeirinha, que o Rio Amazonas é a maior e melhor estrada líquida do planeta e que os seus afluentes, imensos também, continuam a ser as vias mais adequadas para o vaivém da economia e da cultura regionais.

Nada contra as rodovias. O erro, grave, foi ter-lhes dado prioridade, fruto de recorrentes planos de “ocupação” da Amazônia, concebidos lá nos centros do poder nacional, ignorante das particularidades desta região e de suas potencialidades. Integrar a Amazônia pelo caminhão foi talvez o erro mais caro já cometido pelo poder nacional, o que contribuiu em muito para a estratosférica dívida de 200 bilhões de dólares à banca internacional, herança dos governos militares, afinal sanada no governo Lula.
Esta é a BR-163, a Santarém-Cuiabá. Mas este trecho é ilusório, pois logo ali,na frente,  acaba o asfalto. Engenharia esquisita, que asfalta em espaços intermitentes, faz anos.

A Rússia conectou a imensa Sibéria ao território nacional por via do trem. Na Amazônia brasileira as rodovias, em vez de prioritárias, deveriam fazer parte de um projeto racional que levasse em conta os cursos dos grandes rios, e que seriam rodovias de curto e médio alcance a fim de conectar os principais portos fluviais aos eixos econômicos do interior da região. Uma linha férrea, como eixo terrestre de traçado e direção menos estúpida do que são a Transamazônica e a Santarém-Cuiabá, completaria o circuito barco-caminhão-trem.

Estradas paralelas
A estupidez foi tamanha que começaram a construir outra estrada quase paralela ao Rio Amazonas, a Perimetral Norte, pela margem esquerda, e que não foi terminada, tendo sido paralisada dentro da reserva dos Waiãpi, no norte do Amapá.
Se esse plano irracional tivesse sido levado a cabo, como desejaram os militares, o Amazonas teria hoje duas grandes rodovias quase paralelas ao rio. Aliás, isso faz lembrar outra irracionalidade bem atual, que a é projetada ferrovia da soja, paralela à Santarém-Cuiabá, saindo do Mato Grosso em direção ao Pará, devendo chegar ao porto de Santarém para que ali o trem despeje a soja em direção sobretudo à faminta e gulosa China.
Esta é a Transam, no trecho comum com a BR-163, entre a cidade de Rurópolis e o porto de Miritituba, em Itaituba. a mesma coisa, depois deste trecho asfaltado, recomeçam a lama, a poeira e os buracos

Os mais antigos parece que eram mais racionais quando, pelo meado do século 19, a mando de Pedro II, o Imperial Corpo de Engenharia teve a ideia de projetar uma ferrovia para conectar o centro do Brasil ao coração da bacia amazônica, justamente o projeto que, mais de um século e meio depois, se transformou na BR-163. E, pelo que se lê nos registros históricos, não se tratava de um projeto imediatista, em torno de uma ideologia (a da segurança, dos militares) ou de um produto (a soja, de hoje). Era um projeto de País, do qual os aspectos econômicos eram integrantes.

Indução ao desevolvimento?
Viajar pelo interior da Amazônia, especificamente pelo Pará, nos ensina o quanto de irracionalidade se comete nesta região, em relação sobretudo aos investimentos públicos, aqueles que deveriam ser os tais indutores do desenvolvimento.
Porto de Santarém: 90% da economia giram por aqui, mas este setor é esquecido por todas as instâncias de governo. A  prioridade são as rodovias, para alegria da indústria automobilística e atraso da Amazônia

Quem sai de Belém, de navio, em direção a Manaus, ficará estupefato ao presenciar, logo à saída do complexo do Marajó, milhares de mulheres com crianças nos braços, remando minúsculas igarités, em volta das embarcações que passam ou encostam em Breves, por exemplo. Pedem esmola às centenas. A última vez que por lá passei, indo de Belém para Santarém, conferi 882 pequenas canoas com mulheres e crianças com as mãos estendidas, mendigando! Como isto já faz uns anos, não posso hoje afirmar que ainda seja nessa proporção. Porém a cena dantesca eu presenciei há menos de 8 anos, portanto já se podia fazer um paralelo desta situação com a entronização da economia das estradas.
O porto da Cargill, em Santarém. Bem equipado e, dependendo da época, funcionando 24 horas. Verdadeiro porto chinês, conectado ao projeto da ferrovia. Imediatismo antinacional em torno de um produto, e não de um projeto de país
      Na rua da frente, em Breves, uma lanchonete se chamava “Boss”, e logo abaixo estava escrito “Delivery”. Estas palavras escritas na língua do poder globalizado se materializavam no outro lado do rio, que se chama Estreito de Breves. Ali havia duas serrarias, diante das quais um navio inglês com bandeira panamenha sugava madeira serrada em forma de pranchas e tábuas. Literalmente era o boss fazendo o que ele sempre fez na Amazônia, odelivery de suas riquezas em detrimento de quem, na outra margem, busca a caridade de passageiros habituais e de turistas.

Frango congelado
Outro sinal da priorização da economia rodoviária é o fato de que, nas viagens fluviais, os passageiros observaram o desembarque, nas cidades intermediárias, de caixas de ovos, frango congelado e, pasme-se, até de sacos de farinha de mandioca. Uma espécie de empobrecimento dos ribeirinhos, historicamente esquecidos.

A lista das incongruências é longa, até porque a estupidez histórica e contemporânea é parte essencial do projeto do Brasil e do mundo globalizado para com a esta região. As diferenciações entre a realidade vocacional da Amazônia e a realidade priorizada, não ribeirinha, podem ser exemplificadas com a comparação entre o conforto relativo dos ônibus interestaduais (há um ano viajei pelo sudeste paraense) e a desgraça sem qualificação que é o interior das embarcações que transportam a massa da população pelos rios.

Agora, na semana do carnaval, retornei, depois de muitos anos, à Transamazônica e Santarém-Cuiabá. Não fui propriamente motivado por ver as estradas, mas por elas passei em direção a Itaituba, com a intenção de ver mais de perto os efeitos da garimpagem que, nos últimos dois anos, retorna ao vale do Tapajós, com muito mais força e tecnologias mais devastadoras do que se verificou há 25 anos.

Vi o irracional de um asfaltamento que se constrói aos pedaços. Trafega-se numa e noutra rodovia ora sobre o asfalto, ora sobre o chão batido e esburacado, ora poeirento, ora enlameado. Vi dezenas de pontes construídas à espera da terraplenagem que as conectará à rodovia. Vi carretas geminadas cheias de grãos de soja, vi e fotografei estruturas de pontes que, pelas suas dimensões e pelos materiais empregados, revelam que aquela rodovia está em projeto (há quase meio século) para ser caminho de carga pesada.

O mais caro é “melhor”
Assim, escolhe-se o meio mais caro para o transporte de carga justamente numa região que, pelas suas dimensões físicas e pela abundância de meios de transporte naturais, poderia ser exemplo contrário, de busca de um desenvolvimento menos imediatista, mais humano e com alguma esperança de um futuro diferente deste presente e daquele passado.

Todas essas visões nos dão a impressão de um mundo projetado às avessas, a vitória do irracional sobre a razão. A Amazônia a caminho do que sempre foi: nada para os amazônidas e todos os que aqui vivem e trabalham; e tudo para os planejadores que a enxergam lá de longe e abrem os caminhos para os eternos aventureiros aqui chegarem, enriquecerem e caírem fora, deixando atrás de si o rastro da destruição dos recursos naturais e do desprezo pela sua gente.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Ŵ€β ŁØŁ Ň€Ŧ: Laura Butler,a professora mais gostosa do mundo

Ŵ€β ŁØŁ Ň€Ŧ: Laura Butler,a professora mais gostosa do mundo: Uma professora do ensino médio em Birmingham (Inglaterra) está despertando muita atenção ao  conciliar o ensino da psicologia e o trab...

Briga de foice na Amat. E Salame perdeu

Por 25 votos favoráveis, o prefeito Sancler Ferreira, de Tucuruí, foi eleito presidente da Amat Carajás, em pleito encerrada há pouco em hotel de Marabá. A outra chapa, encabeçada por João Salame (também do PPS), contabilizou apenas 11 sufrágios, o que levou o prefeito de Marabá a afirmar que vai retirar este município da associação. Para Salame, as intervenções de Jatene na Amat a tornaram "subserviente".

A eleição da Amat envolveu interesses e influências bastante nítidos. No apoio a Sancler, o deputado federal Wandenkolk Gonçalves, com aval do governador Simão Jatene, agiu nos bastidores secundado pelo secretário de Obras do Estado, Joaquim Passarinho.
Do lado de João Salame, o lobby de Helder Barbalho, suposto candidato do PMDB à sucessão de Jatene, e do deputado federal Asdrúbal Bentes.
A presença de Passarinho ratificou a denúncia do Blog do Zé Dudu de que houve cooptação de eleitores na eleição anterior que elegeu o prefeito de Tucumã, Celso Lopes.
Ano passado, diz o blog, a eleição de Celso Lopes “foi cercada por absurdos políticos e jurídicos que valem a pena recordar. Politicamente houve denúncia por parte da chapa derrotada de que o governo do estado, através do vice-governador Helenilson Pontes, interferiu no resultado final, já que teria autorizado o candidato Celso Lopes Cardoso (PSD) a oferecer alguns quilômetros de asfalto aos municípios em troca do apoio a sua chapa, ou à chapa do interesse do governo Jatene”.
Zé Dudu comprovou a denúncia com imagens da agenda pessoal de Celso Lopes onde há anotações da quantidade de asfalto que seria repassada a cada prefeito.


O caso Ana Karina: primeiro condenado leva 24 anos

No Blog do Dudu:


'Minêgo' é condenado a 24 anos de prisão em regime fechado


Em julgamento ocorrido ontem (21) em Parauapebas, Florentino Rodrigues, o “Minêgo”, foi condenado a 24 anos de prisão pela morte de Ana Karina. Outros três réus devem ir em breve a julgamento em processo marcado pela ausência do corpo da vítima.
Teve início na manhã desta quinta-feira (21) o julgamento de Florentino de Souza Rodrigues, conhecido por Minêgo, um dos quatro réus no caso da morte e ocultação do cadáver da comerciária Ana Karina Guimarães, ocorrido em 10 de maio de 2010 em Parauapebas. Ana Karina estava grávida de nove meses de Alessandro Camilo de Lima, outro acusado pelo assassinato e que aguarda julgamento de recurso impetrado no TJ-PA para ser julgado.
Também são réus no processo Alessandro Camilo e Francisco de Assis Dias, o “Magrão”, que se encontram presos em Belém. Graziela Barros, noiva de Alessandro e quarta ré nos autos, aguarda o julgamento em liberdade, graças a habeas corpus.
Em 2010, durante o inquérito policial, Alessandro Camilo confessou ter matado Ana Karina com a ajuda de “Minêgo” e “Magrão”. Segundo Camilo, o corpo da vítima foi esquartejado, colocado em um tambor de 200 litros, lacrado e jogado de cima de uma ponte no Rio Itacaiúnas, na zona rural do município de Marabá. Apesar das incessantes buscas, o corpo da comerciária jamais foi encontrado.
Julgamento
O julgamento teve início às 9 horas com o sorteio entre os 18 jurados presentes que formariam o Conselho de Sentença. Foram escolhidos seis mulheres e um homem.
O plenário do Tribunal do Júri da Comarca de Parauapebas esteve lotado durante todo o julgamento e foi formado especialmente pelas famílias da vítima e do réu, estudantes de direito, membros do Judiciário, advogados, imprensa e populares em geral.
Logo após o sorteio, o juiz da Vara Penal de Parauapebas, Líbio de Araujo Moura, passou à leitura da denúncia. Depois, ainda na parte da manhã, foram ouvidas as sete testemunhas, quatro arroladas pelo Ministério Público, que esteve representado pelos promotores de justiça Danilo Colares e Guilherme Chaves Coelho, e três arroladas pela defesa, representada pelo advogado Fernando Jorge Dias de Souza e outros.
Após intervalo de pouco mais de uma hora para o almoço, o julgamento prosseguiu com a oitiva do réu, que negou peremptoriamente as acusações que lhe foram imputadas. Segundo “Minêgo”, as acusações que recaíram sobre ele não passavam de uma grande armação do então delegado André Albuquerque, presidente do inquérito à época, a quem acusou de corrupto e perseguidor. Ainda segundo “Minêgo”, na madrugada do dia 14 de maio o mesmo se encontrava em sua residência quando foi surpreendido com uma chamada restrita em seu celular. Do outro lado da linha, afirmou “Minêgo”, era Graziela Barros, noiva de Alessandro, pedindo socorro após afirmar que teve sua camioneta Hilux roubada e solicitando a “Minêgo” que a levasse até Curionópolis. Com riqueza de detalhes, “Minêgo” disse que no trajeto Graziela teria afirmado que haviam ceifado a vida de Ana Karina. Na sequência, “Minêgo” disse ter deixado a noiva de Alessandro em uma vicinal próxima a Curionópolis, onde estava uma camioneta Hilux lhe aguardando. Ainda segundo “Minêgo”, no dia do crime ele esteve durante todo o dia e até as 22 horas nas imediações da Vila Palmares II, onde o mesmo trabalhava em um laticínio de sua propriedade.
Florentino Rodrigues afirmou ainda que, já no presídio de Americana, onde estava preso junto com Alessandro, este lhe pediu perdão por tê-lo envolvido no caso e solicitou do mesmo que se mantivesse calado durante a oitiva que seria realizada na presença do juiz Líbio Moura, em Parauapebas. Para tanto, Alessandro lhe pagaria a quantia de R$ 80 mil.
O réu respondeu com segurança às perguntas formuladas pelo juiz, pelo representante do MP e por seus advogados, sempre negando a autoria ou qualquer participação nos fatos delituosos apresentados pela acusação.
Iniciados os debates, os representantes do Ministério Público foram incansáveis na tentativa de provar ao Conselho de Sentença que “Minêgo“ deveria ser condenado pela morte e ocultação do corpo de Ana Karina e que os fatos apresentados pela acusação provocaram ainda o aborto da comerciária. Para o promotor Danilo Colares, “Minêgo” era uma pessoa fria, calculista e que teria arquitetado o assassinado de Ana Karina por motivo torpe, não dando chance de defesa à vítima.
Os advogados de defesa insistiram que “Minêgo” era um injustiçado, que não teve participação alguma no fato delituoso e que era honesto, trabalhador e bom pai de família. Para a defesa, que apresentou vídeo gravado pelo delegado André Albuquerque, onde Alessandro Camilo e “Magrão” negavam que “Minêgo” tenha qualquer participação no crime, o réu não deveria pagar por um crime que realmente existiu, mas sem a participação de seu patrocinado.
Na réplica, a promotoria desqualificou as declarações apresentadas no vídeo, sob a alegação que Alessandro teria trocado o depoimento após passar sete dias preso junto com “Minêgo”. O promotor Colares afirmou que Alessandro e “Magrão” não tinham idoneidade para acusar ou absolver ninguém, quanto mais “Minêgo”. Colares apelou ao Conselho de Sentença que condenassem “Minêgo”, única forma de dar um consolo à família e a D. Iris, mãe da vítima, que sequer pôde enterrar a filha e o neto.
Na tréplica, a defesa argumentou que não havia nada nos autos que condenasse seu cliente, e seria uma grande injustiça que “Minêgo”, preso há dois anos e nove meses, pagasse por um ato que não cometeu. Para a defesa, “seria mais justo para o Conselho de Sentença absolver um assassino, do que condenar um inocente”.
Findado os debates, o juiz Líbio Moura fez a leitura dos quesitos que seriam respondidos pelos sete membros do Conselho de Sentença em uma sala secreta.
Veredicto
Uma hora e quinze minutos após a entrada dos sete jurados na sala secreta, o juiz deu o veredicto. O Conselho de Sentença reconheceu em Florentino Rodrigues, por 4 votos SIM, a materialidade e autoria do crime, e negou, por 5 votos NÃO e 2 votos SIM, a absolvição genérica do réu.
Na segunda série de votação, também de crime doloso contra a vida (aborto sem o consentimento da gestante), os jurados, por maioria, reconheceram que a vítima estava grávida. Em pergunta seguinte, por maioria de votos, que a gravidez foi interrompida pelas condutas descritas na denúncia. Em maioria, disse o colegiado que o acusado praticou manobras abortivas contra a ofendida. Por 4 votos SIM, disseram que a interrupção se deu sem o consentimento da gestante. Contudo, por 4 votos SIM e 3 NÃO, o colegiado absolveu o acusado dessa imputação.
Em todas as votações, atingida a maioria, sem voto diverso, as mesmas foram interrompidas, evitando unanimidade e quebra do sigilo, nos termos do art. 483, §§ 1º e 2º do CPP, com a nova redação da Lei nº 11.689/08.
Por fim, em virtude da decisão do Conselho de Sentença, Líbio Moura aplicou a sentença, condenando Francisco de Souza Rodrigues à pena definitiva de 24 anos de reclusão e mais trinta dias-multa no valor de 1/30 do salário mínimo vigente à época do fato. Pena esta a ser cumprida em regime inicialmente fechado, observando-se o juiz da execução penal os termos do art. 76 do CP. Ainda na sentença, o juiz isentou de custas, por ausência de previsão no Código de Organização Judiciária local mas, com base no artigo 387, inciso IV do CPP, e condenou “Minêgo” a pagar aos familiares da vítima a importância de R$ 100 mil. Valor este a ser apurado na esfera cível, ante os parcos elementos nesse sentido produzidos no processo penal. Acompanhe, clicando aqui, a íntegra da sentença.
Após o anúncio da sentença, o juiz passou a palavra aos representantes do MP. O promotor Danilo Colares, dirigindo-se à mãe da vítima, disse emocionado que tinha consciência de que a sentença não trará Ana Karina de volta, todavia, “fez-se justiça”, e que a sentença era apenas o começo.
A defesa agradeceu ao juiz Líbio Moura pela forma isenta como se deu o julgamento e anunciou que a mesma recorrerá em tempo hábil da sentença proferida.
O juiz Líbio Moura agradeceu a forma respeitosa com que acusação e defesa se trataram durante o julgamento e insistiu com o público que ambos (acusação e defesa) estavam ali cumprindo seus papéis institucionais. Dr. Líbio fez breve relato das dificuldades encontradas pelo Poder Judiciário em Parauapebas, devido à falta de estrutura, salientado que, por duas vezes, os réus deixaram de comparecer às audiências marcadas em virtude da falta de veículo que os conduzisse de Belém até Parauapebas.
Para o juiz, mesmo Parauapebas sendo uma terra onde se jorra ouro, essa riqueza não se materializa no Judiciário local, formado por pessoas honradas e trabalhadoras. O juiz agradeceu aos funcionários da Vara Penal pelo incansável comprometimento, à imprensa, a quem chamou de “Diário Oficial da Justiça que leva aos quatro cantos do mundo o resultado do trabalho realizado”. Agradeceu também ao público que se fez presente de forma mansa e ordeira e encerrou os trabalhos.
Florentino Rodrigues pernoita hoje (22) na 20ª Seccional de Polícia local e amanhã pela manhã segue de volta a Belém, onde cumprirá a pena imposta.
A Vara Penal de Parauapebas aguardará a decisão do TJ-PA no tocante aos recursos impetrados por Graziela Barros, Alessandro Camilo e Francisco de Assis Dias, os outros acusados da morte de Ana Karina, para marcar a data do julgamento dos mesmos.
Dona Iris, mãe da vítima, profundamente abalada, confessou ao blogger que estava apreensiva e relutante quanto ao resultado do julgamento. Todavia, agradeceu muito ao juiz, promotores, funcionários do Fórum local e especialmente ao delegado André Albuquerque (in memoriam), pelo empenho na elucidação do crime contra sua filha. (Blog Zé Dudu)

O último Papa?


No Parsifal Pontes

Profecia de São Malaquias escreve que o sucessor de Bento XVI seria o último papa

As profecias, por mais absurdas que sejam, fascinam os que creem e despertam a curiosidade pragmática dos que não creem.
Com a renúncia de Bento XVI, anunciada para 20 de fevereiro, voltou à carga a profecia atribuída ao bispo Malaquias, depois São Malaquias, segundo os estudiosos do tema, escritas no século XII.
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Embora haja controvérsias sobre a autenticidade dos manuscritos, ele é traduzido como o documento que marca o fim da Igreja Católica, que ocorreria no pontificado daquele que sucederá Bento XVI.
> As 112 curtas
O texto de Malaquias profetiza 112 descrições dos 112 papas da Igreja Romana a partir do ano 1.143. Usando os mesmos métodos de interpretação usados com Nostradamus, Bento XVI seria o penúltimo papa. O último (112), Malaquias denominou de “Petrus Romano”, ou Pedro Romano.
O portal IG entrevistou Wilson Franco, “autor de mais de 30 livros digitais sobre profecias”. Franco avalia que Malaquias se referia a Peter Turkson, cardeal de Gana, eleitor do conclave, e por isso também papabili. Caso a Igreja eleja o cardeal Peter, ele seria o primeiro pontífice negro da história da Santa Sé.
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Malaquias também profetizou que Petrus Romano seria o primeiro papa negro.
É preciso cautela com a leitura de Malaquias. Alguns desavisados afirmam que Roma chegaria ao fim no pontificado de Petrus Romano. O termo “Roma” não significa o país, mas a Igreja Católica, também chamada de Igreja Romana. 
E o fim da Igreja Romana também não significa o fim do mundo.
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Meu comentário:
Eu ficaria assustado de fato se o sucessor fosse, pela ordem:
1. José Sarney
2. Paulo Maluf
3. José Dirceu
4. Renan Calheiros; e (por fim, mas não por último)
5. Maurino Magalhães, ex-prefeito foragido de Marabá.

Pistoleiro pega pena máxima

No Barrancas do Itacaiunas:









Tiago de Andrade á acusado de matar mais de vinte no Pará 

Gruchenhka Freire explorou escutas para convencer jurados

Wilson Aguiar (pistoleiro) ajudou a condenar o comparsa

Henrique Sauma, tentou, mas não conseguiu inocentar cliente

Yan Serrão, também se esforçou, mas não conseguiu livrar cliente 

Gabriel Costa Ribeiro diz que julgamento foi isento 








Em júri presidido pelo juiz titular da Comarca de Rondon do Pará, Gabriel Costa Ribeiro, o acusado de ser pistoleiro, Tiago Bizarrias de Andrade, 28, foi condenado a 59 anos de prisão em regime fechado.

O julgamento aconteceu na última terça-feira (19) e durou mais de 15 horas, sendo a sentença prolatada por volta das zero hora de quarta-feira (20). Sete homens compuseram o Conselho de Sentença, que por maioria dos votos, condenou o acusado. 

Tiago de Andrade matou a tiros Rubem Araújo Lopes e Sérgio Moreira Figueiredo e baleou um terceiro, Joel Sousa Oliveira. Este último não compareceu ao julgamento.

Considerado de alta periculosidade, o acusado foi apontado pela Polícia como sendo um integrante de uma rede de pistolagem que atuava no sul e sudeste do Pará.

Durante o julgamento, a promotora de justiça Gruchenhka Oliveira Baptista Freire, explorou escutas telefônicas onde duas tias do acusado conversavam sobre os crimes que o sobrinho cometeu em Rondon do Pará.

Além das escutas, o depoimento do também acusado de ser pistoleiro, Wilson Costa Aguiar, que confirmou ter matado, junto com Tiago, algumas pessoas.

Uma delas foi o acusado de ser traficante, Abisair Alves Ferreira, assassinado no dia 18 de junho de 2010 em São Geraldo do Araguaia.

Esta vítima foi baleada dentro do carro dela, quando circulava pela praça de São Geraldo e ainda chegou a atirar no pistoleiro, que seria Tiago de Andrade.

Ainda de acordo com Wilson Aguiar, a vítima, mesmo baleada, dirigiu o próprio carro até ser socorrido, contudo foi colocado dentro de uma ambulância e quando estava sendo transferido para Marabá pela BR-163 foi baleado.

Desta vez Bibica foi alvejado com dois tiros de pistola calibre 45 que seria de Wilson. A arma teria sido comprada por R$ 900,00 em Jacundá.

Neste crime, figuram pelo menos duas pessoas ligadas à segurança pública e um poderoso figurão do meio político de São Geraldo do Araguaia.

Diante desta leitura deste depoimento e de outros relatos dando conta que os dois, Wilson e Tiago, teriam matado pelo menos quatro pessoas em Bom Jesus do Tocantins, pode ter ajudado no convencimento dos jurados.

A defesa foi patrocinada pelos advogados: Carlos Henrique Sauma Lopes e Yan Ayres Aragão Serrão, que tentaram a tese negativa de autoria para tentar inocentar o cliente dele, mas todos os esforços foram em vão.

Tanto Tiago de Andrade, quanto Wilson Costa Aguiar foram transferido para um presídio de Americano onde devem cumprir pena no regime fechado.

Estes dois acusados ainda devem ser julgados pelos crimes que pode ter cometido em Bom Jesus do Tocantins e em São Geraldo do Araguaia.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Guarda Municipal é para proteger bens, serviços e instalações municipais

Sobre a militarização da guarda municipal de Marabá, vale a pena destacar comentário recebido pelo blog sobre o desvirtuamento de suas funções, em processo cada vez mais amplo. Desde o começo dessa história, Quaradouro vem alertando para o descaminho que a administração vem dando à força encarregada constitucionalmente apenas da defesa dos bens públicos e culturais do município, mas a sensatez continua ao largo das providências  Ontem, inclusive, comentou-se na cidade que um guarda municipal teria baleado uma pessoa, no exercício de atividade exclusiva da polícia militar do Estado.
Vejam o que diz o comentarista de Quaradouro:

Caro jornalista Ademir Braz.

Tenho observado o dia a dia da Guarda Municipal e confesso que me preocupo com o desvio de suas funções.Vejo a Guarda Municipal passeando de uma ponta a outra da Avenida Antonio Maia e lá não há absolutamente nada, dentro de suas destinações constitucionais, que ela possa fazer ou apresentar utilidade.Soube que no carnaval os guardas andaram a afrontar pessoas na orla e a coagir cidadãos, quebrando garrafas de bebida e outras atitudes de desequilíbrio  tudo mercê de seu despreparo para fazer algo que foge a sua competência. Na verdade os limites dela são os seguintes:

A Constituição de 1988, no artigo 144, § 8º, permitiu aos Municípios a criação de Guardas Municipais nos seguintes termos e limitações:

“Art. 144 - § 8º: Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a Lei.”

Verifica-se, com nitidez, que as atribuições das guardas municipais cingem-se, exclusivamente, à proteção de bens, serviços e instalações municipais, conforme a regulamentação que lhe dispuser a Lei.

A Carta Constitucional do Estado do Pará, por sua vez, estabelece, no artigo 54 que:

Art. 54. Através de lei municipal, conforme dispuser a lei federal, os Municípios poderão
constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações.

Os dispositivos das Constituições Federal e Estadual foram repetidos pelo legislador municipal na Lei Orgânica do Município de Marabá, conforme está no artigo 9º, XLI:

“Artigo 9º: Ao Município compete prover a tudo quanto diga respeito ao seu peculiar interesse e ao bem-estar da sua população, cabendo-lhe, privativamente, dentre outras coisas, as seguintes atribuições:

XLI - criar, regular, organizar, bem como manter a Guarda Municipal, com atribuição de proteger seus serviços, instalações e bens, dentre estes seu patrimônio cultural, histórico, artístico, natural, paisagístico e turístico.” 

A Constituição Federal delimita como sendo de competência exclusiva da Policia Militar a policia ostensiva e a preservação da ordem pública, com igual previsão na Constituição Estadual. O poder de policia exterioriza-se através da ordem, consentimento, fiscalização e sanção de policia. É sabido que a Guarda Municipal não possui poder de policia e dentre outras ações que lhe são vedadas, não pode:
a) conferir documentos;
b) entrevistar pessoas;
c) atender acidentes de transito no geral e preservar o estado de fato da ocorrência;
d) interditar via pública em condições adversas;
e) realizar operações de combate aos delitos de trânsito em geral;
f) inspecionar cargas, pois não incumbe aos Municípios, no Sistema Nacional de Trânsito a fiscalização da carga dos veículos, apenas aferir seu peso e dimensões.
g) abordar veículos para sua fiscalização;
h) analisar a documentação do condutor e do veiculo, pois tais infrações são de competência estadual;
i) autuar infratores (conforme entendimento do Denatran);
j) participar de bloqueios na via pública para fiscalização;
k) vistoriar e fiscalizar veículos em geral;
l) fiscalizar sistema de transporte público rodoviário;
m) apreender veículos, pois não existe infração municipal onde seja prevista a aplicação da penalidade de apreensão de veículo, ao Município cabe, apenas, a remoção;
n) promover a segurança nas escolas e intermediações;
o) fazer rondas ostensivas em áreas determinadas;
p) prestar segurança na realização de eventos públicos.
Todas as atribuições acima elencadas são de competência de outros órgãos estaduais, não podendo o Executivo Municipal, alterar e afrontar as atribuições constitucionalmente designadas a estes.

Portanto já é tempo de se reconduzir a Guarda Municipal às suas tamancas, como dizem os portugueses.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A "maurinização" virou praga na região


A Notícia - Sul do Pará
Água Azul: Município foi entregue com dívidas e caos em todas as secretarias
CIDADE: Na rua Bahia a ponte não foi concluída. O canal foi aberto e a obra da ponte foi terminada.
O prefeito em exercício de Água Azul do Norte José Palmeira "Sargento Palmeira" (PSDB), apresentou um relatório preliminar da situação que foi recebido o município do ex – gestor Renan Lopes (PMDB). Devido à instabilidade politica após a eleição, em relação à possibilidade do prefeito eleito José Lourenço (PSB) não poder assumir, a equipe da ex – gestão passou a negar o processo de transição o que resultou em uma situação a qual esta inviabilizando o funcionamento da prefeitura em muitos setores. 
DÍVIDAS: Durante entrevista com o prefeito Palmeiras que estava acompanhado por assessores, ele disse que o ex-prefeito deixou mais de R$ 1 milhão de dívidas, referente aos salários dos servidores do mês dezembro e parte do 13º salário. “Os recursos para pagar funcionários municipais foram retirados das contas da prefeitura, que foram deixadas todas zeradas” disse ele. Segundo técnicos da atual gestão, estima se que mais de R$ 1 milhão também foi deixado em dívidas para fornecedores, mas não existem empenhos na tesouraria. “Muitas pessoas já vieram cobrar”, explicou um assessor. 
Outro grande problema deixado pela ex-administração é uma dívida milionária no INSS de mais de R$ 9 milhões, devido esta situação a prefeitura esta impossibilitada de receber recursos federais e estaduais provenientes de convênios. Esta divida foi acumulada ao longo dos últimos oito anos, devido o prefeito descontar os 11% do salário dos servidores e não depositar nas contas da previdência. Este
SAÚDE: Obras de reforma de postos de saúde com recursos federais foram abandonadas
não pagamento prejudicara as futuras aposentadorias de servidores. “Vamos passar a pagar a previdência e negociar este débito atrasado, pois o município precisa do nome limpo e os servidores não podem ser penalizados, mas o ex – gestor terá que ser responsabilizado na justiça”, explicou Palmeiras. 
RURAL: O município tem 3.500 km de estradas vicinais, a maioria esta há muito tempo em situação precária e necessita de recuperação. No final do ano passado a VALE repassou para a prefeitura uma verba no valor de R$ 1 milhão para aplicação em infraestrutura, o ex-prefeito Renan Lopes (PMDB) investiu parte em recuperação de estradas, mas os serviços foram feitos errados o que piorou ainda mais a situação dos colonos, “O ex-prefeito retirou várias pontes e colocou bueiros, mas a maioria se rompeu com a força da agua e a estrada foi cortada. Os bueiros eram pequenos”, disse.
SOLUÇÃO: Mesmo com a situação financeira da prefeitura arruinada, o atual prefeito já determinou obras em várias partes do município, pontes e bueiros já foram reconstruídos. Nas comunidades: Vila Jussara, Canada e Paraguaçu - foi feito a limpeza da área urbana.
O abandono da cidade é outra situação enfrentada pelos novos gestores - na avenida Goiás, centro - devido serviços mal feito e sem acompanhamento técnico, nos dias de chuva a água transborda cortando o transito e invadindo residências vizinhas. Nas ruas Bahia e Palmópolis a situação é a mesma. 
A Prefeitura foi entregue sem nenhum veículo de propriedade do município, “Eram todos alugados, até as ambulâncias”, explicou. Atualmente estão sendo usados os carros dos próprios funcionários para fazer os serviços do município e apenas os alugueis de necessidade urgente foram mantidos. A patrulha mecanizada também foi encontrada em estado de abandono, todos estavam parados, uns estavam sem pneus, outros faltando peças importantes, “Mas aos poucos estamos recuperando e algumas máquinas já estão trabalhando”, disse. 
SAÚDE: Este também foi dos setores mais prejudicados, os últimos três meses do ano passado os Postos de Saúde ficaram sem atendimento. O Hospital Municipal ficou sem médicos plantonistas e não tinha medicamentos para atender a comunidade. Vários postos de saúde que estavam em obras com recursos do Governo Federal estavam abandonados. A nova gestão já contratou novo engenheiro, para fazer vistoria e uma nova licitação será feita para terminar as obras. O novo prefeito e equipe foram a Belém e receberam do Governo do Estado uma ajuda de R$ 40 mil em medicamentos que já está disponível para a população. 
NOVO: O Prefeito José Palmeira, durante entrevista, disse que apesar das dificuldades, ele esta otimista e não tem dúvidas que tudo será superado, e em pouco tempo a população de Agua Azul do Norte terá mais apoio da prefeitura, “Estamos trabalhando concentrados para resolver todos esses impasses o mais breve possível. Pedimos o apoio da população para nos ajudar a superar esses entraves”, disse Palmeiras.

Até onde vai a militarização do município?


No Zeca News



Vale entrega veículos e equipamentos de segurança à PMM

A Vale entrega nesta quinta-feira, 21, à Prefeitura de Marabá 23 veículos que irão compor a frota da Secretaria Municipal de Segurança Institucional (SMSI). 05 Caminhonetes Nissan Frontier08 Veículos Leves WV Gol10 Motocicletas Honda XR30020 Kits Patrulheiro (Capacetes e rádios de comunicação) Central de vídeo monitoramento com 45 câmeras. Também será entregue 20 kits patrulheiro (capacetes e rádios de comunicação) e central de vídeo monitoramento com 45 câmeras, para melhorar o setor de segurança do município. A entrega dos veículos e equipamentos acontece às 16 horas em solenidade em frente ao prédio da prefeitura. O prefeito João Salame e representantes da Vale e SMSI, entre outras autoridades confirmaram presença na solenidade . Os veículos e demais equipamentos de segurança fazem parte dos compromissos firmados pela mineradora com o município nas consonantes do projeto Alpa.   

As negociações pelo fim do conflito


No Zeca News

Acordo na Vara Agraria pode por fim no Conflito entre Sem Terra e Agro Santa Barbara

Integrantes do  MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) que ocupam os cinco imóveis rurais do Grupo Santa Bárbara participaram  de audiência  hoje na Vara Agrária de Marabá, presidida pelo juiz Jonas da Conceição e com a presença de  representantes do INCRA, FETAGRI, MST, advogados da Agro Santa Barbara e o advogado José Batista Afonso, da CPT (Comissão Pastoral da Terra), representando os ocupantes. O objetivo é chegar a um acordo para solucionar o conflito  entre o MST e o grupo Santa Bárbara. Os cinco imóveis rurais ocupados são as fazendas Cedro, Maria Bonita, Fortaleza, Itacaiúnas e Retiro Porto Rico. Durante a audiência os representantes do Grupo apresentaram uma proposta de disponibilizar para venda três das cinco fazendas (Cedro, Fortaleza e Itacaiúnas). Mesmo assim nada ficou resolvido, uma vez  que  só o Incra  Nacional  é quem pode  decidir sobre a aquisição de imóveis para fins de Reforma Agrária. O juiz Jonas da Conceição  ficou de notificar o Presidente do INCRA  no prazo de 60 dias para discutir, em Brasília,  sobre a possível negociação dos imóveis. Em 90 dias outra reunião na Vara Agrária de Marabá, debaterá os próximos rumos das negociações. Durante a audiência os representantes do MST afirmaram que  as três áreas  oferecidas pela Agro Santa Bárbara  não são suficientes para assentar as famílias ligadas ao Movimento. O INCRA se comprometeu em fazer vistorias em outros imóveis para assentar as famílias excedentes.

Mingau de Aço: A INTELECTUALIDADE ETNOCÊNTRICA ESTÁ EM PÂNICO

Mingau de Aço: A INTELECTUALIDADE ETNOCÊNTRICA ESTÁ EM PÂNICO: Por Alexandre Figueiredo Depois que Mino Carta abriu a Caixa de Pandora da crítica cultural brasileira, a intelectualidade dominante es...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Morre Almir Gabriel

O governo do Estado anunciou, agora há pouco, a morte do ex-governador Almir Gabriel. Ele se encontrava internado há vários dias com crescentes dificuldades respiratórias.

Governo Jatene:desempenho zero

No Blog do Puty (PT):


Governo Preguiça: Jatene parou o Pará


  • Governo Jatene tem a menor relação investimento/receita efetiva dentre todos governos dos últimos 25 anos. 
  • O governo está parado. Quem diz são os números divulgados pelo próprio governo  do Pará. 
  • A arrecadação bate recordes e não há capacidade de gestão para se executar os recursos. É a gestão da preguiça.
A paralisia do atual governo do Pará 
Cláudio Puty*
O Governador Simão Jatene já cumpriu mais da metade de seu governo e o saldo é, no mínimo, preocupante: a se deduzir da pífia capacidade de investir, o Pará está quase parado, com um presente que sacrifica o cidadão em áreas essenciais.
Dados oficiais do Portal da Transparência, do próprio Governo do Estado, ilustram a pouca capacidade de gestão do atual governo. Para maior clareza, comparem-se os investimentos do atual governador com os de sua antecessora, Ana Júlia Carepa.
Em quatro anos de governo, Ana Júlia investiu um total de R$ 3,6 bilhões, média anual de R$ 892,7 milhões. Jatene, no biênio 2011/2012 (números considerados até outubro de 2012) teve média anual de investimento de R$ 512 milhões – apenas 57,4% da média do governo anterior.
O pico dos investimentos do governo Ana Júlia aconteceu justamente no último de governo, 2010: R$ 1,3 bilhão. Ou seja: 71,5% mais do que a média anual do governo Jatene, isso sem considerar qualquer correção monetária.
Uma análise mais profunda dos números indica que a paralisia de investimentos não se deve à escassez de recursos, e sim à falta de competência na gestão.
A receita efetiva média, nos quatro anos do governo Ana Júlia, foi de R$ 10,1 bilhões anuais. Dessa receita, se conseguiu investir por ano a média de R$ 892,7 milhões. Já o governo Simão Jatene, em 2011, dispondo de uma receita muito maior (R$ 13 bilhões), investiu apenas R$ 552,4 milhões. Para igualar o desempenho anual de Ana Júlia, ele deveria ter investido R$ 1,1 bilhão – quase o dobro do que investiu.
Comparemos agora o segundo ano de cada governante.
A receita efetiva do Pará em 2008 foi de R$ 9,7 bilhões. Desta receita, o governo Ana Júlia investiu R$ 919,1 milhões. Em 2012, segundo ano do governo Jatene, a receita até outubro já é R$ 12,6 bilhões. O investimento, no entanto, despencou ainda mais: apenas R$ 472,6 milhões. Para se ter uma idéia do desastre, o governo Jatene deveria ter investido, para igualar a performance do governo Ana Júlia, R$ 1,2 bilhão: 2,5 vezes mais do que conseguiu investir.
A redução nos investimentos significa, primeiro, que o governo do Estado não deu continuidade a projetos de médio e longo prazo e também que não consegue implantar projetos novos de expressão.
A pífia relação entre receita e investimento (a menor da história do Pará desde a ditadura militar) significa, de forma direta, que a infraestrutura do Estado piora, se deteriora: as escolas, o sistema de saúde, as estradas, a habitação. Além de sucatear o que já existe, o não-investimento significa que não se realizam obras estruturantes, justamente aquelas que garantiriam um novo patamar no futuro: estrutura para atrair indústrias e gerar empregos, aumento na área de qualificação e profissionalização, com reflexos na geração de emprego e aumento de renda, entre muitas outras.
Outros números oficiais do Portal da Transparência escancaram o quadro assustador do atual governo.
As operações de crédito são uma forma de os governos aumentarem os recursos com o fim específico de investir. Em quatro anos, o governo Ana Júlia mobilizou em operações de crédito R$ 1,59 bilhão. Desse total, executou 23,7%. Significa que elaborou projetos de médio prazo, e executou 23,7% do total afiançado, daí o número expressivo de recursos investidos e garantidos para investimentos.
Já o governo Jatene executou, em 2011, apenas 2,3% dos recursos mobilizados. Significa que a máquina do governo está parada, emperrada. Vejam-se outros dois números: em 2007, primeiro ano do governo Ana Júlia, se mobilizou R$ 108,4 milhões em operações de crédito. Em 2011, primeiro ano do governo Jatene, esse valor despencou para R$ 42,4 milhões. Ou seja – não houve novos projetos capazes de assegurar o incremento de recursos. A comparação do segundo ano dos dois governos é ainda mais díspare. Em 2007, o governo do PT mobilizou R$ 133,3 milhões e executou 8,1%; o atual governo do PSDB, até outubro, conseguiu apenas R$ 23,1% e executou só 0,8% - isso mesmo, 0,8%!
Um escândalo que se deve a dois fatores preponderantes: uma flagrante  incompetência para governar; e o fato de que o atual governo está em desencontro com os principais projetos do governo federal,  penalizando ainda mais o nosso estado.
*Deputado Federal (PT/PA)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Concessão de novas ferrovias deverá ser de 35 anos

Administrada pela Companhia Vale do Rio Doce, a Estrada de Ferro Carajás é o único acesso ferroviário a Itaqui.


Pedro Peduzzi - Agência Brasil

Brasília – A ferrovia que igará Açailândia (MA) ao Porto de Vila do Conde, em Belém (PA), será o primeiro dos 12 trechos ferroviários a serem licitados pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL). Segundo o presidente da empresa, Bernardo Figueiredo, a previsão é que os primeiros estudos sobre a estrada devam ser publicados na semana que vem.
“Provavelmente, o período de concessão será de 35 anos”, disse Figueiredo, hoje (18), após participar de seminário de infraestrutura no Itamaraty. Com ligação ferroviária, será criada uma alternativa para o transporte de grãos, minérios e para a produção siderúrgica que, atualmente, escoa pelo Porto de Itaqui (MA). “É um projeto ainda desconhecido, mas será piloto para discussões mais intensivas com o mercado”, acrescentou o presidente da EPL.
Açailândia serve de ligação da Ferrovia Norte Sul e da Estrada de Ferro Carajás com o Porto de Itaqui. “A [futura] ferrovia representará uma extensão da Norte Sul, e criará uma opção para [as cargas] saírem por Belém”, explicou Bernardo Figueiredo. Administrada pela Companhia Vale do Rio Doce, a Estrada de Ferro Carajás é o único acesso ferroviário a Itaqui.
Lançado em agosto, o Programa de Investimentos em Logística prevê que as ferrovias receberão R$ 91 bilhões em investimentos por meio de Parcerias Público Privadas (PPP). As 12 frentes de investimento abrangem 10 mil quilômetros de estradas de ferro.
Entre as 12 frentes previstas estão os ramos norte e sul da Ferroanel, em São Paulo; e o acesso ao Porto de Santos, desde Ribeirão Pires, passando por Raiz da Serra e Cubatão. Há também a ligação entre Mato Grosso, onde é grande a produção de grãos, e a região de Lucas do Rio Verde. Com isso, o país poderá escoar de forma rápida mais de 37 milhões de toneladas de grãos.
Há, ainda, ferrovias que ligarão Uruaçu (GO), Corinto (MG) e Campos (RJ) com os portos de Vitória (ES) e do Rio de Janeiro. Recife, onde está prevista a chegada da Ferrovia Transnordestina, será o destino de outra estrada de ferro, que se estenderá até Belo Horizonte (MG) via Salvador (BA), passando por Aracaju (SE) e Maceió (AL).
A Região Sul será beneficiada com uma ferrovia que vai de Porto de Rio Grande (RS) até São Paulo, passando por Porto Alegre (RS) e Mafra (SC), de onde será feita uma ramificação até Maracaju (MS).

Desfaçatez e memória curta como estratégia esportiva


João Galvão acredita em bom segundo turno do Águia de Marabá

Técnico do time paraense afirmou que clube apresentará melhor entrosamento

Por Weverton Leandro, Futnet
O mau desempenho na Taça Cidade de Belém não abalou o técnico do Águia de Marabá, João Galvão. O treinador afirmou que acredita na realização de um bom segundo turno, no Campeonato Paraense, por parte de sua equipe, já que o entrosamento entre os atletas será maior.
“Todos viram que iniciamos os trabalhos por último e o time foi se entrosando durante os jogos. Com essa pausa entre o primeiro e o segundo turno, vamos poder aprimorar a parte física e entrosamento. Se faltou pouco no primeiro turno, vai faltar ainda menos para a classificação nesse”, explicou.
Na primeira parte do Estadual, o time de Marabá conquistou apenas uma vitória e somou seis pontos, terminando o primeiro turno na penúltima colocação. Apesar do fraco desempenho, o Águia chegou à última rodada ainda com chances de classificação na competição.

"Para as mulheres se sentirem felizes como são”



Tabu à brasileira

O fotógrafo Matt Blum corre o mundo clicando a nudez de mulheres comuns
icone postado
05.02.2013 | Texto por Caroline Mendes Fotos Matt Blum
Matt Blum
Matt Blum

O fotógrafo Matt Blum corre o mundo clicando a nudez de mulheres comuns, sem truques. À Tpm, ele mostra seus últimos cliques no Brasil

No final de 2012, o fotógrafo Matt Blum e a mulher, a diretora de arte Katy Kessler, vieram ao Brasil pela segunda vez com o The Nu Project, uma empreitada que dura sete anos e consiste em retratar mulheres sem maquiagem, sem produção, sem Photoshop e sem roupas. As modelos não são o tipo que mais se vê em ensaios nus. São professoras, empresárias e artistas bonitas à sua maneira, não à das revistas masculinas. “É um espaço de libertação dos padrões de beleza consolidados, para as mulheres se sentirem felizes como são”, explica o fotógrafo, que pretende lançar um livro com as imagens ainda este ano.
Desta vez, o casal esteve em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador. “Recebemos tantas inscrições de brasileiras que decidimos voltar. O projeto conversa muito com as mulheres daqui, que não vivem a liberdade da nudez, vivem o tabu.” Para ele, diferentemente de países europeus como a Alemanha, onde tirar a roupa é coisa normal, o Brasil ainda vê a nudez com olhos de cobiça. “As pessoas ficam praticamente peladas nas praias, as mulheres usam biquínis minúsculos e supersensuais. Elas têm orgulho de seus corpos, querem mostrá-los, mas não podem.”