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sábado, 5 de novembro de 2011

O Pará faliu

Sob o título Pindaíba, o Repórter 70 de O Liberal de sexta-feira, 4 de novembro, publicou a seguinte nota:

“O secretário de Educação, Cláudio ribeiro, admitiu ao deputado João Salame, que não conta com recursos para restauração ou construção de escolas. Suas esperanças foram empurradas para 2012, quando deverá ser melhor aquinhoado, pero no mucho.   Mesmo assim, prometeu recuperar, até o final deste ano, cerca de 20 prédios, entre os quais o da Escola Anísio Teixeira.
Os recursos serão do MEC, com pequena contrapartida do governo do Pará. Salame reivindicou a construção de uma escola no bairro da Liberdade, em Marabá, mas, segundo o secretário, a prefeitura precisa ceder o terreno.”
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Agora, como é que se pode insistir em não emancipar Carajás deste Estad0 que não tem condições de construir uma única escola dentre as dezenas que necessitamos em todo o sul e sudeste do Pará

Cara na porta

O desprefeito Maurino Magalhães e sua procuradora-geral Aurenice Botelho foram na quinta-feira ao Fórum tentar convencer a juíza da 3ª Vara, Aldecy Pissolatti, a reconsiderar e suspender sua decisão de bloquear contas da Prefeitura para pagar parcelas da indenização fechada sobre o Km-07.
Alegaram, imagine, que ia faltar dinheiro para pagar servidores...
Naturalmente a magistrada não concordou. E mais: disse que se houve acordo, Maurino tem de cumpri-lo.

  

Comigo não, violão

A visita do desprefeito à 3ª Vara, por volta das 13h00, teve um lance hilariante.
Oficial de Justiça tinha a incumbência de intimar a prefeitura em ação civil pública do Ministério Público provavelmente sobre a falta de leitos na rede de saúde municipal e, nem a propósito, o servidor deu de cara com Maurino no corredor do Fórum.
Instado a assinar a intimação, Maurino pulou fora. Visivelmente apavorado, o desprefeito saiu caminhando de costas, agitando o dedo da mão em negativa, pálido e ofegante, até entrar de supetão na 3ª Vara.
Desconcertado, o Oficial de Justiça teria ido em busca da procuradora-geral, que segundo testemunha ocular do vexame, teria se escondido numa sala.

Disque Denúncia chega em Marabá

O município de Marabá ganhará um moderno e importante serviço de reforço no combate à violência, o Disque Denúncia. O sistema, que existe em Parauapebas, entrará em operação nesta terça-feira, 08 de novembro. O lançamento será às 18 horas, no 4° Batalhão da Policia Militar, na Avenida Transamazônica, km 4, Nova Marabá. O Disque Denúncia de Marabá é resultado de uma parceria do Instituto Brasileiro de Combate ao Crime (IBCC) com a Aços Laminados do Pará (Alpa), Governo do Estado e Prefeitura Municipal de Marabá.
Serviço:
Lançamento do Disque Denuncia de Marabá
Hora / Local: às 18 horas, no 4º. End.: Avenida Transamazônica, K4, Nova Marabá.

Academias públicas

Anotem , porque o desprefeito vai dizer que as obras, em Marabá e no Pará, são dele!
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O governo federal vai construir 85 academias em 76 municípios paraenses, para a prática de atividades físicas e lazer no Programa Academia da Saúde, do Ministério da Saúde. Setenta desses municípios terá apenas um espaço. Altamira, Capanema, Marabá, Paragominas e Santana do Araguaia contarão com dois espaços cada. Barcarena receberá cinco.
O anúncio veio de Alexandre Padilha, ministro da Saúde, durante a 11ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi), encerrada em Brasília (DF), dia 3. Segundo ele, os espaços estimulam a prática de atividades físicas e de lazer. Em todo o Brasil, foram selecionados 2 mil pólos que serão instalados em 1.828 municípios.
"As Academias da Saúde são mais do que espaços públicos de lazer: tratam-se de meios de acesso às práticas corporais pela maioria da população, com impacto direto na qualidade de vida e na saúde das pessoas", ressalta Alexandre Padilha. Ele ainda observa que a construção desses espaços é uma das estratégias do governo federal para a promoção da saúde, prevenção de enfermidades e redução de mortes prematuras por doenças crônicas não transmissíveis.

Mais reflexos do baile na Alemanha

De Pedro Gomes, n'O resto do Iceberg:


NO RASTRO DA CHUVA:
LAMA, PREJUÍZO E OMISSÃO

Tudo bem. Eu sei que o Maurino não tem culpa de ter caído o pé d'água que caiu em Marabá na madrugada do Dia de Finados. São Pedro não foi camarada, é verdade. Há indícios, inclusive, de tal chuva ter sido provocada pelo fenômeno "La Niña", como noticiaram alguns veículos da capital.
Mas, os problemas causados pelo temporal inesperado deixaram claro que há uma enorme deficiência do poder público em dar a devida assistência à população que sofre com as repentinas cheias de valas, grotas e afins.

Foto/ Heriomar Pereira
Segundo reportagem do jornalista Chagas Filho para o jornal Opinião deste sábado, um requerimento havia sido encaminhado pela Câmara Municipal com destino a prefeitura. O objetivo do documento era para que fosse criada uma "força tarefa para promover a desobstrução e limpeza das galerias e valas da cidade".
Detalhe: o requerimento foi enviado no dia 20 de outubro, bem antes de São Pedro abrir suas comportas sobre Marabá. Como nada foi feito, sobrou lama e prejuízo para todo lado.
A população tem sim a sua parcela de culpa, evidentemente, mas a culpa maior é da prefeitura que não age preventivamente na limpeza das galerias e nem faz campanhas de conscientização para orientar melhor as pessoas sobre os riscos de se jogar lixo em qualquer lugar.
A prefeitura não pode evitar que chova, mas - no mínimo - tem que agir preventivamente visando diminuir os impactos causados por temporais dessa gravidade. 
Será que é algo tão difícil assim?

Vai dar merda. De novo


Do blog de Patrick Roberto:

Camponeses denunciam omissão do Incra em grilagem de terra
Organizações de defesa dos trabalhadores rurais do Pará denunciaram à Ouvidoria Agrária Nacional, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, a omissão de órgãos do governo federal no município de Anapu, sudoeste do Pará. Em carta enviada à ouvidoria, as entidades pedem ações mais enérgicas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na resolução de conflitos agrários na região.
De acordo com as organizações, o Incra não cumpriu o acordo assinado em janeiro, durante a caravana da Campanha contra Violência no Campo, no qual se comprometeu a agilizar a vistoria das terras griladas e envolvidas em conflitos. As lideranças do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança, a Comissão Pastoral da Terra e a congregação das Irmãs de Notre Dame de Namur querem que os lotes 68, 71 e 73 da Gleba Bacajá, em Anapu, sejam apropriados por pequenos produtores.
A representante da congregação das Irmãs de Notre Dame de Namur, irmã Jane Dweyer, disse que o assentamento de cerca de 80 famílias depende dessa vistoria do Incra. No entanto, os lotes 71 e 73 estão sub judice, ou seja, a liberação ainda depende de um parecer judicial. “Em janeiro, o ouvidor agrário nacional, solicitou ao Incra que encaminhasse o processo para assegurar o povo naqueles lotes. Dois deles ainda estão sub judice. Desde o tempo da ditadura militar isso nunca se ajeitou e agora está bem devagar”, disse.
Além da falta de assistência do Estado, os pequenos produtores também sofrem ameaças de madeireiros e grileiros. Segundo irmã Jane, há um grileiro na região que invade muitos lotes de mata virgem e de terras produtivas, incluindo os que estão sub judice. A representante da congregação das Irmãs de Notre Dame de Namur disse ainda que a segurança das terras desse fazendeiro é feita por funcionários armados e que muitos produtores rurais da região estão ameaçados de morte.
Dados da Ouvidoria Agrária Nacional apontam que, entre 2001 e 2010, 58 pessoas foram assassinadas no Pará em confrontos por terra e 62 casos estão sob investigação no estado. Apenas este ano, pelo menos sete trabalhadores rurais foram mortos. “Está pior do que nunca, tem muita gente morrendo. As pessoas não conseguem fazer o que precisam para sobreviver, pois não tem proteção”, disse irmã Jane.
O Incra informou, por meio de sua assessoria, que Anapu é uma região com muitos conflitos, mas tem tomado precauções com o Ministério Público, a Polícia Federal e a Força Nacional para dar prosseguimento às ações normais do órgão. A reportagem procurou a Ouvidoria Agrária Nacional, mas não obteve resposta

Professores perdem na Justiça

Do blog de Parsifal Pontes:


Justiça Estadual determina que 100% dos professores retornem às aulas

O juiz Elder Lisboa Costa deitou uma de cal na greve dos professores estaduais ao, na tarde de hoje, lavrar decisão determinando o retorno imediato de 100% da classe às salas de aula.
Para não ir ao leste, o magistrado também acendeu uma vela ao oeste: determinou que o Estado do Pará não desconte os dias paralisados e, se o fez, que devolva no próximo ordenado.
Na mesma lavra, o juiz Lisboa, determinou que o Estado providencie a atualização do piso da classe e a implantação do PCCR em 12 meses a contar de janeiro de 2012.
Foi assinado um prazo de 10 dias para que o SINTEPP apresente à Vara o calendário de reposição das aulas perdidas, e foi cominada multa de R$ 25 mil, por dia, ao presidente do SINTEPP, caso a classe não atenda às determinações lavradas.

Leão tira Maurino pra dançar


De Chagas Filho, Terra do Nunca:

Maurino poderá ser cassado segunda-feira

O mesmo juiz Rubens Barreiros de Leão, do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), que havia expedido Mandado de Segurança, tornando sem efeito a sentença da juíza Cláudia Regina Moura, da 100 Zona Eleitoral de Marabá, reconheceu que o Mandado de Segurança realmente perdeu o efeito, uma vez que foi prolatado depois que a sentença da juíza, cassando o prefeito Maurino, já havia sido publicada. Com isso, o Mandado foi extinto e fica valendo a decisão que cassou o prefeito por crime de Caixa 2 na campanha eleitoral de 2008.
Diante disso, a juíza Cláudia Moura, que está em Belém, participando de um seminário sobre propaganda eleitoral, ao retornar a Marabá na segunda-feira (7), vai notificar o presidente da Câmara Municipal, Nagib Mutran (PMDB), para que este assuma a prefeitura interinamente e dará cinco dias de prazo para que o segundo colocado na eleição passada, deputado João Salame (PPS), diga se quer ou não assumir a prefeitura.
Por outro lado, os advogados do prefeito Maurino Magalhães já entraram com recurso na Zona Eleitoral de Marabá e também no TRE para revogar o despacho. Caso o Tribunal julgue procedente o apelo de Maurino antes de segunda-feira, aí o prefeito se mantém no cargo.
Entrei em contato agora pouco com a juíza Claudia Moura, mas ela não quis comentar o assunto.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Ecos do baile da Alemanha 1

 Chagas Filho, do Terra do Nunca:

A chuva e os Finados (Enquanto)
Enquanto a periferia da cidade se dissolve em meio ao líquido fantasma que emana das necessidades sociais urbanas, numa dança de colchões, sofás, fogões e geladeiras, nadando pela manhã melancólica dos mortos, a Defesa Civil cochila sob edredons aquecidos de despreparo e medo de morrer de frio.
Enquanto a lama desenha rostos de perplexidade num mar cercado de tomadas elétricas e paredes derretidas, molhando até os ossos dos marinheiros, o avião cruza os céus do mundo levando gente que vai mentir na Europa.
Enquanto o plangente solilóquio dos sapos no brejo aumentava debaixo das catacumbas silenciosas e resfriadas, pelo receio de morrer com a boca cheia d’água, a ONG que cuida do sorriso das crianças que não existem enchia seus bolsos imprudentes e fedorentos a vela e incenso.
Enquanto a Transamazônica se gelatinava encaldando carros, motos e bicicletas, numa sepultura gordurenta de isolamento dos 33 cavaleiros do Apocalipse, o dinheiro passeia livre pelo ralo entupido da Criminosa Grota, que mata de vergonha e de cansaço.
Enfim: Enquanto a periferia do mundo real se desmancha, sufocando os pulmões e arregalando os olhos encharcados dos quase mortos, o céu ainda é de brigadeiro no cume da árvore de folhas caídas.

Ecos do baile da Alemanha 2

Ribamar Ribeiro Jr.:



Ecos do baile da Alemanha 3

No Diário do Pará:

Temporal provoca o caos em Marabá
Um verdadeiro caos. Foi assim que Marabá, sudeste do Estado, amanheceu ontem, Dia de Finados, em razão da forte chuva que caiu sobre a cidade desde a madrugada. A enxurrada atingiu principalmente a periferia do município, mas também alagou grande parte das obras de duplicação da rodovia Transamazônica (BR-230). Os bueiros entupidos foram os grandes vilões, especialmente para as pessoas que moram na área de influência da Grota Criminosa, no núcleo Nova Marabá.
Moradores do Km 7 da Transamazônica chegaram a ocupar a linha do trem, em protesto por projetos de infraestrutura para o bairro, mas foram retirados pela polícia. Enquanto isso, moradores da Folha 29 cortaram a pista da V-2, em frente ao Cemitério da Saudade, para escoar a água que estava represada na Grota Criminosa.
O 2º Disme (Distrito do Instituto de Meteorologia), do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), registrou chuva com intensidade de 115.8 milímetros e rajadas de vento de até 40 quilômetros por hora. O meteorologista Sebastião Moutinho explicou ao DIÁRIO por telefone que a chuva em Marabá se devia a uma formação de nuvens “de grande desenvolvimento vertical, devido ao forte aquecimento”, mas que a situação deveria se normalizar nesta quinta.
Com a forte chuva, houve registro de quedas de árvores, muros derrubados, casas alagadas e moradores ilhados. Para tentar amenizar a situação, os órgãos de segurança do município se uniram e muitas famílias tiveram que ser retiradas de suas casas. Até o início da tarde ainda chovia no município.
DESPREPARO
Joab Pontes, coordenador da Defesa Civil de Marabá, informou que o órgão não estava preparado para um alagamento dessas proporções. “A cidade de Marabá recebeu uma grande carga de água devido à chuva e vários pontos da cidade foram atingidos”, disse, ressaltando que a equipe do órgão é composta por apenas 16 pessoas. Barbosa disse ainda que a Defesa Civil recebeu 112 ligações informando sobre pontos críticos após o vendaval e a grande maioria não foi atendida.
Segundo o coordenador da Defesa Civil de Marabá, o órgão centralizou o atendimento no ponto mais crítico da Nova Marabá, na Folha 20. “Na galeria da Grota Criminosa, todos os anos acontece essa situação e, devido à grande quantidade de lixo lá dentro, a manutenção que o município iniciou ainda não tinha sido concluída”, afirmou.
Joab Pontes admitiu ainda que no núcleo Cidade Nova, obras não concluídas pela prefeitura contribuíram para o transbordamento e alagamento de várias ruas, principalmente nos bairros Amapá, Liberdade e Independência. Até o fechamento desta edição a Defesa Civil não havia confirmado famílias desabrigadas ou ocorrências mais graves, como afogamentos ou pessoas perdidas.
OCORRÊNCIAS
O tenente coronel Marcos Norat, comandante do Corpo de Bombeiros em Marabá, informou que a guarnição atendeu as chamadas desde a madrugada, indo aos pontos mais críticos, uma vez que várias casas alagaram e eles retiraram famílias dos locais.
Estavam de prontidão no Corpo de Bombeiros 15 homens, com a perspectiva de reforço, caso necessário. “Estamos desde a madrugada na rua, operando em algumas residências, para justamente proteger a vida”, disse na manhã de ontem o comandante, orientando que as pessoas que moram em áreas de risco devem ficar em alerta.
A Polícia Militar estava trabalhando em parceria com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil Municipal. Devido ao alagamento do bairro Nossa Senhora Aparecida, na Nova Marabá, os moradores revoltados bloquearam o trilho do trem. O clima ficou tenso e uma guarnição da Polícia Militar foi encaminhada ao local. “O pessoal que está fazendo a obra é responsável por essa situação e a gente vai ficar apenas monitorando. A gente entende que a reivindicação da população é justa, porque a obra colaborou para esta inundação que aconteceu e o prejuízo que eles tiveram durante a madrugada”, disse o comandante José Sebastião Valente Monteiro Júnior, do 4° Batalhão de Polícia Militar.
Mulher escapa por pouco
Muita gente perdeu quase todos os móveis de casa, como foi o caso de Raimundo Nonato Cunha, de 60 anos, residente na Folha 20. Ele criticou muito a prefeitura por não promover nenhuma ação preventiva. Segundo Nonato, a água subiu 1,5 metro dentro de casa e arrastou fogão, geladeira, mesa e cama.
Um metro e meio também foi a altura a que a água chegou na casa de Adeilce da Silva Santos, que tem uma filha portadora de necessidades especiais. Ela também mora na Folha 20 e foi socorrida de madrugada pelo seu irmão, o mototaxista Flávio Santos, de 42 anos. Ele reclamou da quantidade de sujeira nas ruas, que acabou entupindo os bueiros.
Na Folha 29, os moradores não ficaram apenas nas críticas: abriram uma vala de uma extremidade a outra da pista da V-2 para liberar a água da Grota Criminosa. Segundo Jaime Ferreira da Silva, de 27 anos, foi a única alternativa encontrada para evitar prejuízos maiores.
O rapaz, que mora há sete anos no local, diz que esta não foi a primeira vez que isso aconteceu. “Quem obrigou a gente a fazer isso aqui foi o prefeito”, afirma.
Pelos lados da Cidade Nova, os bairros mais periféricos foram extremamente prejudicados. Na rua Cecília Meireles, que fica no bairro Bom Planalto, a Quadra 67 ficou inteiramente alagada e uma moradora, que tentou sair de casa, por pouco não foi arrastada pela enxurrada. Ela foi salva pelos vizinhos, que ouviram os gritos de socorro.
Diante deste cenário, os motoristas que se arriscaram a passar pela Rodovia Transamazônica, entre a ponte do rio Itacaiúnas e o viaduto que dá acesso à VP-8, na Nova Marabá, passaram um sufoco tremendo. A água encobriu vários trechos das pistas em obras e houve pequenos desmoronamentos das vias centrais que ainda não foram rebaixadas. 

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A reforma urbana de Maurino: Calote no Km-07

Um recado à sofrida população do Km-07 da Nova Marabá. O desprefeito Maurino ainda não pagou a desapropriação negociada com Valmir Mattos Pereira. Não obstante, consta que a prefeitura estaria aí negociando a venda de terrenos que há 34, 35 anos pertencem aos moradores.
Prestem atenção.
O jornalista Chagas Filho, autor do blog Terra do Nunca, trouxe na segunda-feira, 31 de outubro, uma notícia que interessa e muito ao bairro, e uma fonte me disse ontem que já são duas as prestações não pagas.
Abram o olho! 
Leiam aí o que diz Chagas Filho:

Justiça bloqueia R$ 2,5 milhões da prefeitura
A juíza Maria Aldecy de Souza Pissolati mandou bloquear R$ 2,5 milhões do município. Foram duas contas bloqueadas: uma da prefeitura (R$ 1,5 milhão) e outra da SDU – Superintendência de Desenvolvimento Urbano (R$ 1 milhão), autarquia pertencente ao município.
O motivo do bloqueio das contas, confirmado na última sexta-feira (28), foi porque a prefeitura não efetuou o pagamento da primeira parcela do acordo feito entre Valmir Matos Pereira e o município em razão de uma desapropriação das terras referentes ao Bairro do Km 7.
A prefeitura fez um acordo com Valmir Matos, que seria proprietário da área, 34 anos atrás, quando o local foi povoado e se tornou um dos maiores bairros da Nova Marabá.
A prefeitura não efetuou o pagamento porque ainda não conseguiu autorização da Câmara de Vereadores para desembolsar essa quantia, que não estava prevista no orçamento do município. O que ninguém explicou ainda é por que a prefeitura não pediu autorização da Câmara Municipal em tempo hábil.
Fiz contato na tarde de ontem com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura (Secom) e recebi a informação de que realmente o recurso foi bloqueado.
No entanto, a Secom disse não ter recebido informação alguma da Procuradoria Geral do Município (Progem) sobre o motivo do atraso e tampouco antecipou um prazo para fazer o pagamento da dívida.
Não recomendadoEu também conversei com um dos procuradores do município, Haroldo Silva Júnior, o qual afirmou que recomendou ao prefeito que não pagasse nenhuma indenização de desapropriação de terra para Valmir Matos.
Segundo Haroldo, basta verificar o histórico da área para descobrir que Valmir Matos era posseiro da terra e não proprietário, de modo que teria direito apenas a uma indenização por possíveis benfeitorias realizadas na área, mas nunca teria direito a uma desapropriação.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Sem condenação

Por unanimidade, o Tribunal Regional Eleitoral (TER/PA) julgou improcedente o processo de cassação de mandato da deputada estadual Bernadete Ten Caten (PT), acusada pelo Ministério Público Eleitoral de compra de votos na campanha eleitoral de 2010.
A relatora do processo, juíza Vera Araújo, já havia apresentado o voto contrário à cassação na sessão do dia 20 deste mês. A relatora alegou que não havia provas contundentes do crime eleitoral. O jurista André Bassalo seguiu o voto da relatora, mas na ocasião, o juiz federal Antônio Campelo pediu vistas ao processo e somente ontem apresentou o voto, também contrário à cassação da petista.
Segundo Campelo, a deputada estadual responde a vários processos na Justiça Federal, mas nenhum foi julgado definitivamente até agora. Todos, segundo o magistrado, estão em fase de investigação, portanto, como não há condenação, seria prematuro condenar Bernadete Ten Caten na Justiça Eleitoral pelos mesmos crimes acusados ainda sem conclusão dos processos.

Sem transparência, não dá...

Sob o título ‘Quando a força da informação correta incomoda”, Hiroshi Bogéa publica em seu blog, na tarde de domingo, que sua informação sobre o prazo dado pelo publicitário Duda Mendonça para receber percentual do valor de R$ 2,4 milhões,   como quota parte do que lhe deve o Núcleo de Marabá na Frente Pró-Estado de Carajás, “incomodou meio mundo. Incomodou a cúpula. Incomodou alguns militantes da “causa”. Incomodou tanto que o poster foi chamado, na manhã de sábado, a conversar com uma pessoa muito especial a ele, amigo de todas as horas, preocupada com a repercussão da informação correta, fator de alguns constrangimentos no meio dos coordenadores pró divisionistas.”
Segundo Hiroshi, a atitude “demonstra claramente haver no  meio da geléia geral profunda preocupação com  quem está fora da militância da “causa” levando a conhecimento público o real curso de determinadas pautas. Na visão de alguns, melhor “esconder” o que não se pode esconder.”
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Pois é...
Comigo aconteceu algo quase assim. Contei aqui e na minha página “Política & Desenvolvimento”, no Correio do Tocantins de sábado passado, o interessante arremesso de carapuça entre cabeças supostamente coroadas dos divisionistas, a respeito de R$ 5 milhões arrecadados para financiar a campanha e que tomaram doril, ninguém sabe, ninguém viu, e deu maior rebu, frisson, piti, seja lá o nome que se dá a essas frescuras.
Se no Hiroshi foi apenas a discreta “intervenção” de um amigo, no meu caso até comissão foi de seca a Meca se queixar a deus e ao mundo – menos a mim, que não sou baú.
Bem que eu gostaria de ter sido interpelado!
Pelo menos, perguntaria diretamente a eles - que se esforçam tanto em “esconder” o que não se pode esconder” - onde foi parar a grana, os R$ 5 milhões que o deputado federal Jordy, sem acusar nominalmente ninguém, sugeriu que tomou descaminho.
Por mim, que sou emancipacionista (mas não comungo com os que se dizem líderes do movimento), permaneço aqui, pronto para ouvir as mágoas. Mas as questões continuam de pé. Principalmente sobre a falta de uma explicação honesta para o destino dado ao produto das arrecadações – quanto foi, onde está – cuja falta de transparência está levando a esse tipo de questionamento.      

Fala esse nome não, bicho, que é ofensa!

O blogueiro Odilon Neto, do Academia Penal, foi ao ginásio da Folha 16, no sábado 29, assistir ao torneio de vale-tudo e testemunhou outro evento mais interessante até: a vaia preventiva, aquela em que o povo não dispensa nem mesmo a ausência da figura indigesta.
Sintam o drama...


“Maurino é vaiado em massa...
Ontem fui assitir ao torneio de MMA (vale-tudo) no ginásio da Folha 16, e lá percebi a rejeição do povo marabaense em relação ao prefeito. Os promotores do evento, antes de iniciarem as lutas, convidaram o presidente da federação paraense de muay thay, a secretária de esportes de Marabá, um representante de Maurino (acredito que era seu filho), para entrarem no octógno (ringue), e saudarem a platéia. Quando anunciaram o representante do prefeito, as vaias foram em massa e uníssonas, por aproximadamente um minuto, a secretária de esportes ao discursar, foi tentar falar sobre Maurino e o seu apoio, digo tentar mesmo, pois, quando o nome Maurino saiu da boca da oradora, novamente o ginásio em peso iniciou as vaias, nem mesmo com o microfone, a ex-deputada Elza conseguiu reverter a situação, esperou alguns minutos até as vaias terminarem. Percebi que o mestre de cerimônias antes de passar a palavra ao representante de Maurino, falou no pé do ouvido do mesmo, e vi que este gesticulou, em uma espécie de "não, sem problemas", acho que foi assim: "- melhor vc não falar", e ele concordou, até porquê, não discursou. O interessante que aquela manifestação foi espontânea, não estavam presentes lideranças políticas, de bairro, de movimento sociais...etc, eram apenas admiradores das artes marciais. Maurino, sem condenar, nem absolver, deixe a Alemanha de lado, esqueça Goebbels (no caso dos blogueiros), e se preocupe com o povo de Marabá, porque, pelo que vi, o povo se lembra bem de você.”