Pages

sábado, 5 de novembro de 2011

Comigo não, violão

A visita do desprefeito à 3ª Vara, por volta das 13h00, teve um lance hilariante.
Oficial de Justiça tinha a incumbência de intimar a prefeitura em ação civil pública do Ministério Público provavelmente sobre a falta de leitos na rede de saúde municipal e, nem a propósito, o servidor deu de cara com Maurino no corredor do Fórum.
Instado a assinar a intimação, Maurino pulou fora. Visivelmente apavorado, o desprefeito saiu caminhando de costas, agitando o dedo da mão em negativa, pálido e ofegante, até entrar de supetão na 3ª Vara.
Desconcertado, o Oficial de Justiça teria ido em busca da procuradora-geral, que segundo testemunha ocular do vexame, teria se escondido numa sala.

Um comentário:

Adir Castro disse...

Com um orçamento de R$ 111 mi pra saúde, para o ano de 2011, como divulgou o atual prefeito, não era para estamos assistindo a tantas mortes na "nossa" rede pública de saúde. Seria compreensível se estivesse acontecendo em cidades pobres.

São culpados por isso todos os ex-prefeitos eleitos a partir de Hamilton Bezerra. Mas especialmente aos prefeitos que governaram a partir da municipalização da saúde. A época ameaçaram até fazer levante se a municipalização não acontecesse. Eles alegavam que a saúde ficaria melhor se fosse de responsabilidade dos municípios. Desde então estamos vendo como a "saúde financeira" dos responsáveis pela saúde melhorou e melhora a cada dia.

Essa cidade já foi governada por dois médicos e dois engenheiros, pessoas viajadas, esclarecidas, portadoras de uma macro visão do mundo, e que nada fizeram pela saúde da comunidade. Até o nosso atual prefeito foi para o mundo e deve ter tido a oportunidade de vê como tudo funciona por lá.

Mas nenhum deles, apesar de toda macro visão e esclarecimentos, não demostrou ter coração.

Todo e qualquer servidor público, especialmente eleito, deveriam utilizar os serviços de educação e saúde públicos. Talvez assim os administradores cobrassem e investissem nesses dois ítens, já que eles não querem o pior para si e para os seus.

O prefeito outro dia teve um "piti" e foi parar na Climec. Por que não foi no HMM? A saúde pública não vai bem? Tem gente que fica ofendido por a gente querer que o cozinheiro coma também da refeição que ele faz e serve para os outros. Uns acham que eles, por serem bem pagos por nós (e nada dá em troca), têm o "divino" direito de procurar escolas e hospitais privados para si e seus familiares. Alguns acreditam e os tratam como divindades. Eu já acho que eles são mortais iguais a nós e que têm a obrigação, não só moral, de nos prestarem um bom serviço pelo que recebem de nós, e principalmente porque garantiram que dariam o melhor de si em prol da comunidade.

Temos que refletir bastante antes de apertar a tecla da urna eletrônica confirmando nosso voto. Fazermos uma retropesctiva do que temos sofrido nas mãos desses a quem temos elegido. Muitas vidas foram ceifadas pelas mãos deles, lembremos disso.

Tá na hora de dá um basta nisso, senão a próxima vítima pode ser um de nós ou um de nossos entes.