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Centro de Convenções de Belém, no Hangar. Agora Marabá terá o seu. |
No
próximo dia 27 de junho, uma quarta-feira, representantes do governo estadual
abrem na sede da Associação Comercial e Industrial as propostas da concorrência
pública internacional para a construção do Centro de Convenções de Marabá.
A
obra, segundo o deputado Tião Miranda, empenhado na sua construção, será
erguida na área pertencente ao Estado e de aproximadamente 35 mil m2 localizada
em frente ao Hospital Regional, na Nova Marabá. Serão 13 mil m2 de construção
contendo auditório principal para 1.200 pessoas; outro, menor, para 500, com
paredes reversíveis, espaço para 550 veículos. A área para feiras, shows e
eventos poderá receber até 15.000 pessoas, assegura Miranda, dispondo também de
cozinha industrial.
O
custo aproximado do centro é de R$ 20 milhões, mas outros R$ 3 milhões a R$ 4
milhões para o mobiliário. Tião Miranda diz que o projeto arquitetônico é
inteiramente de profissionais marabaenses e levará 18 meses para conclusão.
Esta
semana, o líder do PSDB na Assembleia Legislativa, José Megale, revelou que R$
90 milhões do empréstimo de R$ 366 milhões, efetuado pelo governo estadual há
dois anos ainda não foram gastos. Se os deputados concordarem, o dinheiro será
aplicado na infraestrutura do hospital Abelardo Santos e na construção de dois
centros de convenções, um em Santarém e outro em Marabá. A informação é do
jornal Amazônia de quinta-feira (07/06)
O
empréstimo foi tomado no final do governo Ana Júlia junto ao Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para investimentos em obras de
infraestrutura. A definição sobre onde aplicar rendeu uma disputa entre o
Executivo e o Legislativo, sob a batuta do PMDB e PSDB, já que os deputados
exigiram que também pudessem participar da escolha.
Pela
lei aprovada na Alepa, 51% dos recursos deveriam ser distribuídos entre os 143
municípios, em volume proporcional à população de cada um. Outros 33% deveria
pagar despesas de capital (obras e instalações, equipamentos e material
permanente) e 11,5% em obras indicadas pelos deputados. A destinação de somente
4,5% seria definida exclusivamente pela então governadora.
Ao
assumir o mandato, o governador Simão Jatene (PSDB) apresentou parecer da
Controladoria Geral do Estado (CGE) que apontava irregularidades na aplicação
de R$ 77 milhões. O dinheiro teria pago serviços que não estavam entre os
listados para aplicação dos recursos conforme o definido na Alepa.
“Esta
semana, diz o jornal Amazônia, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do
legislativo aprovou a alteração na lei para permitir que Jatene mude o foco dos
R$ 90 milhões ainda não executados. A proposta é que R$ 45 milhões sejam
investidos no hospital Abelardo Santos, localizado em Icoaraci, distrito de
Belém, e o restante na construção dos dois centros de convenções. Os deputados
João Salame (PPS), Edilson Moura e Bernadete ten Caten, ambos do PT, se
abstiveram da votação”.