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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Falta diálogo

Jornalistas bloqueiam Almirante Barroso

Dezenas de jornalistas do jornal Diário do Pará e Diário Online, em greve há seis dias, bloqueiam a pista da avenida Almirante Barroso, no sentido Entroncamento, em frente à sede do grupo RBA, no final da tarde de ontem (25). O grupo reivindica a adoção do piso salarial de R$ 1.900, melhores condições de infraestrutura nas redações das publicações impressa e online, registro em carteira de trabalho, pagamento de hora extra e adicional noturno.
Os jornalistas do grupo de Jader Barbalho entraram em greve na última sexta-feira (20) para protestar contra os baixos salários praticados pela empresa. O valor pago a repórteres é de R$ 1 mil brutos, que com os descontos de praxe - sindicato, vale transporte, plano de saúde, entre outros -, fica em torno de R$ 800.

Os grevistas ganharam apoio de jornalistas de outras redações da capital paraense. No último domingo (22), a categoria promoveu um tuitaço, tendo as hashtags #JornalistaValeMais e #NegociaBarbalho chegado ao trending topics Brasil. Foram mais de 3 mil tuítes cobrando salário justo, condições de trabalho dignas e respeito aos trabalhadores.

A ação foi engrossada com a participação de importantes professores de Comunicação e Jornalismo de todo o país, como Marcelo Trasel, Sérgio Amadeu da Silveira e Elias Machado.Os jornalistas desbloquearam a Avenida por volta das 20h. (Portal ORM)

Pedidas providências contra os inimigos do povo pobre

Mais Médicos: AGU pede que PGR investigue conselhos de medicina

Jornal do Brasil
A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apure as ocorrências de condutas ilícitas praticadas pelos Conselhos Regionais de Medicina e por seus dirigentes que se recusam a cumprir a Medida Provisória 621/2013, que institui o "Programa Mais Médicos para o Brasil". O pedido foi protocolado nesta quarta-feira (25) e é direcionado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
No documento, a AGU alerta para a "reação política e corporativista" dos Conselhos contra o Programa que tem como objetivo melhorar a universalização da saúdepública no país. Sustenta, ainda, que a conduta das entidades tem causado atraso na implementação da política pública que beneficiará milhares de brasileiros que moram em municípios carentes de médicos. 
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De acordo com a Procuradoria-Geral da União (PGU), órgão da AGU que elaborou o pedido, a conduta dos Conselhos ao se recusarem a cumprir as normas que regulamentam o programa é um "flagrante desrespeito ao princípio da legalidade e também da impessoalidade". 
O principal motivo para a alegação da Advocacia-Geral é que as dificuldades têm sido impostas apenas aos médicos estrangeiros que estão em regime de intercâmbio no Brasil.
Além disso, a Advocacia-Geral aponta que a conduta dos CRMs demonstra "uso excessivo do poder decorrente do uso do exercício da função pública em detrimento direto do direito individual dos intercambistas, bem como por consequência dos direitos da coletividade em sebeneficiar da importante política pública". 
Para o procurador-geral da União, Paulo Henrique Kuhn, que protocolou o documento, a AGU espera que o MPF apure a conduta dos Conselhos. "No oficio ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, estamos narrando todos os fatos que aconteceram desde a instituição do Programa Mais Médicos, as dificuldades e as reações dos Conselhos. Com a narrativa dessas circunstâncias, esperamos que o MPF analise e verifique a existência de um ato ilegal ou não", destacou.
Conselhos 
As entidades tentaram impedir o início do trabalho dos médicos e, consequentemente, a implantação do programa, por meio de diversas ações judicias ajuizadas em todos os estados brasileiros, exceto no Maranhão e Roraima. No entanto, em todos os casos a Advocacia-Geral da União conseguiu liminares favoráveis demonstrando a legalidade do registro provisório para os profissionais que vão atuar no programa Mais Médicos. 
"Diante do total insucesso no âmbito judicial, os CRM`s iniciaram então uma ação orquestrada na seara administrativa, com fins nitidamente procrastinatórios ao início efetivo do programa", destacou trecho do pedido.
O pedido da AGU descreve, ainda, que após o prazo de 15 dias, determinado na lei para que os Conselhos Regionais de Medicina emitam os registros provisórios, as entidades passaram a exigir documentos diversos aos estabelecidos pela Medida Provisória como informações sobre localidade de desempenho das atividades médicos educacionais do inscrito no projeto e dados sobre o supervisor e tutor acadêmico que acompanharão cada médico intercambista.
O documento demonstrou que para evitar condutas "procrastinatórias" ao início efetivo do "Mais Médicos para o Brasil", a Advocacia-Geral da União editou o Parecer nº 051/2013, aprovado pela Presidenta da República e publicado no Diário Oficial da União (DOU) no dia 16/09. O parecer afastou a possibilidade dos Conselhos Regionais de Medicina pedirem documentações extras, além das estabelecidas pela Medida Provisória nº 621/2013 para emissão dos registros. Na análise da AGU, os Conselhos Federal e Regionais de Medicina são entidades de natureza autárquica e exercem funções tipicamente públicas, delegadas pelo Poder Público. 
Dessa forma, essas instituições estão submetidas aos princípios que regem a Administração Pública, em especial, o da legalidade e devem seguir o que foi definido no parecer. 
Mais Médicos 
Dados apontam que o Brasil possui cerca de 360 mil médicos ativos e apresenta uma proporção de 1,8 profissional para cada 1.000 habitantes, quantidade abaixo do encontrado em outros países como a Argentina (3,2), Portugal (4) e Espanha (4). Existe diferença também entre os estados. O Maranhão, por exemplo, tem um médico para cada dois mil habitantes. As informações também são preocupantes no estado do Pará que tem 0,77/por mil, Amapá com 0,76 e Acre com 0,94. 
A legalidade da emissão do registro provisório para médicos intercambistas foi comprovada pela AGU nos estados do Rio de Janeiro, Ceará, Bahia, Mato Grosso, São Paulo, Goiás, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Pará, Bahia, Acre, Amapá e Distrito Federal. 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Sangue novo no PPS


A saída amigável, digamos assim, do prefeito João Salame do PPS vai causar uma reviravolta nessa legenda. É que vai assumir a a direção do partido em Marabá e na região o advogado e procurador municipal Haroldo Cunha Júnior e o grupo que desde 2011 discute com ele alternativas para a renovação política do sudeste do Pará.
O deputado federal Arnaldo Jordy, com quem há tempos Haroldo Jr. e lideranças sociais mantêm diálogo criativo, está bastante entusiasmado com as possibilidades que se abrem, agora, para o PPS tornar-se de fato um partido popular e de conteúdo verdadeiramente ideológico.

De João 23 a Salame 90, no PROS

TSE aprova criação do PROS e do Solidariedade

O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral deferiu, na noite desta terça-feira (24/9), o registro de duas novas siglas partidárias, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) e o Solidariedade Nacional, respectivamente o 31º e 32º partidos brasileiros. Também por decisão dos ministros nesta terça, foi confirmado que a data de concessão dos registros é a mesma da ocorrência da sessão. Dessa forma, ambos os partidos estão aptos a lançarem candidaturas para as próximas eleições nacionais em 2014.
Nos dois casos, o deferimento se deu por meio da maioria de votos, prevalecendo a tese de que se a Secretaria Judiciária do TSE certificou o número de assinaturas necessárias para o registro, bem como reconheceu os demais requisitos formais para a criação das siglas, não cabe impugnar o pedido de criação de partidos. No primeiro julgamento da noite, acabaram vencidos os ministros Luciana Lóssio e Henrique Neves, que admitiram inconsistências nas certidões de apoiamento enviadas diretamente pelos cartórios à corte superior eleitoral, sem a supervisão dos Tribunais Regionais Eleitorais.
Apesar do processo de certificação de assinaturas para fundar o PROS ter passado por novas diligências e do voto favorável da relatora do processo, ministra Laurita Vaz, que ratificou a contabilização do número de assinaturas, Luciana Lóssio manifestou preocupação quanto a suposta ocorrência de duplicidade de assinaturas, sobretudo naquelas certidões que advinham de um mesmo cartório eleitoral. Lóssio foi acompanhada de Henrique Neves, que ajustou seu voto também em favor da abertura de novas diligências, sugerindo, assim, que as certidões enviadas pelos cartórios fossem reencaminhadas e acompanhadas da devida lista de assinaturas.
O ministro Dias Toffoli criticou o entendimento, dizendo que  o TSE se ocupava de uma decisão meramente administrativa e que não cabia, portanto, por em dúvida a fé pública dos cartórios que certificaram as assinaturas. Toffoli disse confiar nos servidores da Justiça eleitoral e que o modelo brasileiro para eleições é o mais seguro de todo o Ocidente. "Estamos verificando outro requerimento, em que o partido Rede alega que a Justiça eleitoral foi rigorosa demais apesar de terem coletado 30% a mais das assinaturas necessárias. Relatam ainda que mesmo os fundadores do partido tiveram a certificação de suas assinaturas questionadas", disse Toffoli. "Isso mostra que a Justiça eleitoral não tem sido conveniente ou facilitadora na análise desses apontamentos, pelo contrário, tem agido com rigor".
A ministra Cármen Lúcia também questionou o fato de os ministros vencidos colocarem em dúvida o "princípio da confiança". A presidente do TSE chegou a dizer aos colegas que a relatora do processo, ministra Laurita Vaz, passou o final de semana trabalhando arduamente a fim de verificar se, de fato, as exigências legais foram cumpridas.  Cármen Lúcia disse "não entender" o porque dos colegas desconsiderarem o resultado apurado pelas diligências até aquele ponto, favoráveis à certificação e  à consequente contabilização das assinaturas.
Já o deferimento do registro do Solidariedade, partido fundado pelo sindicalista Paulinho da Força, foi mais apertado, com uma maioria de quatro votos a três. Ficaram vencidos o ministro Marco Aurélio - que reiterou sua posição de aceitar somente as certidões validadas pelos TREs - e Luciana Lóssio e Henrique Neves, que novamente recomendaram a realização de diligências. Os ministros votaram para que as certidões que tivessem lacunas de preenchimento, ambiguidades e inconsistências fossem reencaminhadas à corte com a lista das assinaturas coletadas. 
Relator do processo de concessão de registro do Solidariedade, o ministro Henrique Neves reconheceu irregularidades formais em algumas certidões, mas afastou as alegações de fraude. Para o ministro, nada impede que investigações policiais apurem as acusações e que um inquérito seja aberto, mas que não cabia, dentro de uma atribuição administrativa, por em dúvida a fé pública dos cartórios. No entanto, o relator reconheceu inconsistências em uma série de certidões, recomendando a realização de diligências.
Porém, a maioria dos ministros entendeu que era necessário manter a coerência em relação a decisões anteriores, respeitando os precedentes do tribunal ao deferir o registro de outros partidos. "Podemos colocar em dúvida as certidões dos juízos eleitorais?, questionou a ministra Laurita Vaz.
Vencido, o ministro Marco Aurélio chamou a atenção para a "dualidade" provocada pelo fato de o TSE aceitar tanto as certidões de apoiamento validadas pelos TREs quanto o modelo daquelas encaminhadas diretamente pelos cartórios das zonas eleitorais. "Veja a dificuldade que o TSE tem ao fazer as vezes de [tribunais] regionais, tendo que conferir a validade das certidões", protestou.

Rafael Baliardo é repórter da revista Consultor Jurídico em Brasília.

Fat family

N'A Perereca da Vizinha

Uma grande família: Associação dos Concursados mapeia nepotismo no Governo do Estado e na Prefeitura de Belém para ajuizar ação no STF. Filhos, ex-mulher, cunhada, nora, genro e sobrinho do governador Simão Jatene já na lista da associação. Guto Coutinho, irmão de Zenaldo, também na mira da Asconpa. E você também pode contribuir para livrar o Pará da praga do nepotismo.

Jatene: profusão de parentes empregados (e bem pagos) na Prefeitura, Tribunal de Justiça, Governo do Estado e Tribunal de Contas

No Face e no site da Associação dos Concursados do Pará (Asconpa):


“Asconpa está mapeando nepotismo na administração pública estadual e na Prefeitura de Belém 


A Associação dos Concursados do Pará está convocando todos os associados a contribuírem com o levantamento do nepotismo na administração pública estadual e na Prefeitura Municipal de Belém.

O objetivo é protocolar ação, tendo como base a Súmula Vinculante nº 13, do Supremo Tribunal Federal (STF), denunciando o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho e o governador do Estado, Simão Jatene, ambos do PSDB.

Súmula Vinculante nº 13 proíbe o Nepotismo nas três esferas do Poder público.

Até o momento, já foram levantados os seguintes nomes:

1) Heliana Jatene, socióloga, ex-mulher de Simão Jatene, presidente da Fundação Cultural de Belém, a Fumbel, órgão da Prefeitura de Belém.

2) Izabela Jatene de Souza, socióloga, filha de Simão Jatene, coordenadora do Propaz, programa político do governo estadual, criado com a justificativa de reduzir os índices de criminalidade no Estado.

3) Alberto Lima da Silva Jatene, advogado, filho de Simão Jatene, assessor jurídico do Ministério Público do Tribunal de Contas dos Municípios (MPTCM-PA).

4) Luciana Lopes Labad Jatene, administradora, nora de Simão Jatene, coordenadora do gabinete do desembargador Cláudio Montalvão (TJE-PA).

5) Ricardo Augusto Garcia de Souza, marido de Izabela Jatene e genro do governador Simão Jatene, chefe de gabinete do presidente do Tribunal de Contas dos Municípios.

6) Rosa Maria Chaves da Cunha, cunhada de Simão Jatene, arquiteta, presidente da CODEM a Companhia de Desenvolvimento de Belém.

7) André Luiz Cunha de Almeida, tenente-coronel da Polícia Militar, primo da atual esposa de Simão Jatene, titular da Superintendência do Sistema Penitenciário (SUSIPE).

8)Simão Tomaz Jatene Souza, sobrinho do governador Simão Jatene, assistente parlamentar do senador do PSDB, Fernando Flexa Ribeiro.

9) Augusto Coutinho, irmão de Zenaldo Coutinho, secretário de Administração de Belém.

A Asconpa pede a quem tiver mais informações, que poste comentário (mesmo anonimamente).

A ação civil será interposta tão logo consigamos compor a totalidade do quadro de nepotismo direto ou cruzado”.

Trocando seis por meia dúzia

No Contraponto & Reflexão

Irmã Nazaré perde o mandato

Acabou de sair a decisão da Justiça Eleitoral. Nonato Dourado (PMN) e Ilker Moraes (PHS) são os mais novos vereadores da Câmara Municipal de Marabá. Com a recontagem de votos no Cartório Eleitoral e por determinação da Justiça, ocorreu mudança no coeficiente com a saída de Gerson do Badeco (PHS).
O apresentador Nonato Dourado (PMN) entra por ter mais de 1.500 votos na última eleição. Já Ilker entrou por ser suplente de Badequinho. Saiu também com a recontagem a vereadora Irmã Nazaré (PSDB).

Ex-prefeita da Palestina perde no TSE

No Blog do Cara Feia


TSE MANTÉM CASSAÇÃO DE MARIA RIBEIRO E CONFIRMA NOVAS ELEIÇÕES

      O ministro Dias Toffoli, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou na sexta-feira, 20, um Mandado de Segurança impetrado pelos advogados da prefeita de Palestina do Pará, Maria Ribeiro, que teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará pela prática de compra de votos e abuso de poder político e econômico nas eleições de 2012. 

     A defesa da gestora pretendia impedir a realização da eleição suplementar marcada para o dia 3 de novembro deste ano.

     De acordo com os advogados de Maria Ribeiro, o TRE, ao determinar a realização de novas eleições antes do julgamento do recurso especial pelo TSE, teria violado direito líquido e certo da mesma. 

     “Em juízo prefacial, não observo a existência dos requisitos para a concessão da tutela de urgência. Inicialmente, verifico que os impetrantes apontam como ato coator a Resolução nº 5.176/2013, editada pelo TRE-PA para disciplinar novas eleições no município de Palestina do Pará, sem indicar, no entanto, vícios materiais supostamente existentes na referida norma que respaldem a impetração, mas limitam-se a sustentar seu direito líquido na necessidade de se aguardar o julgamento do recurso por esta Corte antes da realização da eleição suplementar e na plausibilidade do direito invocado nas razões recursais”. 

     Frisou o ministro na decisão ressaltando que não foi demonstrada a existência de excepcionalidades a ensejar o acolhimento do pedido de suspensão do ato que cassou o mandato da prefeita.

     O ministro citou ainda que foi constatado a incidência da captação ilícita de sufrágio, prevista no art. 41-A, considerando o depoimento das testemunhas, Luíz Gouveia Lima, que afirmou que recebeu 10 sacos de cimento, que após este fato resolveu votar na candidata, e também a testemunha, Mariano Januário de Amorim, que recebeu R$ 1.000,00 (hum mil reais) em troca de seu voto, para votar na candidata Maria Ribeiro da Silva.

     Dias Toffoli também ressaltou que quanto a sustentação de ilicitude da prova consistente na gravação de áudio e vídeo de entrevistas nas quais as testemunhas teriam confirmado a prática dos ilícitos, o TRE consignou que o conteúdo de tais declarações foi reafirmado em Juízo e, ao contrário do que alegado pela prefeita afastada, as entrevistas foram feitas com o consentimento dos entrevistado.  

     “Neste caso, as testemunhas compareceram livremente à emissora de TV, sem serem compelidas para tanto, e ainda, confirmaram em juízo o conteúdo das gravações. Desse modo, não há de se falar em violação à intimidade e à vida privada delas, pois a gravação somente não será admitida se afrontar alguma garantia constitucional. A reforma do decisão por este Tribunal demandaria, a princípio, novo exame das provas, providência que não se coaduna com a via do recurso especial. Ante o exposto, nego seguimento ao mandado de segurança”. 

     Sentenciou o ministro Dias Toffoli mantendo a decisão do TRE do Pará que cassou o mandato da prefeita de Palestina do Pará.


Maria Ribeiro ainda tentou barrar as eleições suplementares junto ao TSE, sem sucesso

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Professores mantêm greve

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) manterá, hoje (23), o início da greve deliberada em assembleia geral pela categoria, apesar da decisão judicial de suspensão antecipada da paralisação na última sexta-feira. A determinação foi da juíza Rosana Lúcia de Canelas Bastos, que acatou a ação do governo do Estado.
De acordo com o advogado do Sintepp, Walmir Brelaz, o sindicato não foi comunicado oficialmente da decisão judicial e, caso a informação seja confirmada, o sindicato vai ingressar com um agravo no Tribunal de Justiça do Estado (TJE), além de uma reclamação direta ao Supremo Tribunal Federal, sob a justificativa de que a juíza não tem competência para definir sobre a greve de servidores públicos. 
O Sintepp também vai analisar a possibilidade de representar contra a magistrada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na Corregedoria do Estado e na Organização Internacional do Trabalho (OIT). "A decisão da magistrada se baseia em que a educação é um direito essencial. É essencial não para efeito de greve. Ela cometeu uma infração gravissima ao infringir o direito garantido na Constituição aos trabalhadores, que é o direito a greve", explica Walmir Brelaz. 
Outra queixa do Sintepp é sobre a multa diária de R$100 mil em caso de descumprimento a decisão judicial. "Nunca na história desse Estado foi arbitrada uma multa nesse valor, considerada altíssima para um sindicato, que não se constitui como uma entidade de natureza econômica", disse o advogado. 
A greve foi decidida em assembleia na ultima quinta-feira, 18, e, segundo Conceição Holanda, membro da diretoria do Sintepp, as aulas serão paralisadas em todas as escolas da Região Metropolitana de Belém. "Ainda não temos um percentual de greve, porque ela se inicia hoje, mas na nossa próxima assembleia prevista para até o final dessa semana poderemos avaliar a paralisação", disse. 
Dia será de visita às escolas e reunião 
A pauta da categoria tem como reivindicação o plano de carreira e remuneração dos funcionários de escola, já previsto na legislação, eleições diretas para direção de escola, jornada de trabalho com garantia de no mínimo 1/3 para hora atividade, regulamentação das aulas suplementares na forma da lei, efetivação da Lei Específica do Sistema de Organização Modular de Ensino (Some), realização imediata de concurso público, qualificação profissional para trabalhadores e reforma e estruturação das escolas, entre outros itens. 
Hoje o Sintepp dará prosseguimento à mobilização nas escolas a partir de 8h e às 16h será realizada uma reunião na sede do sindicato. O Sintepp também programou para hoje uma coletiva à imprensa, às 12h, para esclarecer as medidas que serão tomadas a partir da decisão judicial. Para amanhã o Sintepp programou um ato público a partir das 9h, na praça Santuário. 
Juíza - Na liminar, a juíza Rosana Lúcia de Canelas Bastos reconhece os argumentos do Estado de que a atividade em questão é essencial e sua paralisação atinge milhares de estudantes. Além do ano letivo já estar atrasado em função da greve deflagrada anteriormente, um dos prejuízos iminentes, justifica a juiza em sua decisão, seria na preparação dos alunos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para os dias 26 e 27 de outubro - prova que hoje é o único meio de ingresso na Universidade Federal do Pará (UFPA).  (Jornal Amazônia)

Uma questão de bom senso.

N'A Perereca da Vizinha


A redação do Diário do Pará quase deserta: adesão à greve já é de 80% e pode aumentar ainda mais

Se eu pudesse dar um conselho aos diretores do Diário do Pará seria este: recuem.
Recuem porque a posição de vocês é rigorosamente indefensável.
Não acreditem em quem garante que vocês serão “vitoriosos” e sairão muito bem de toda essa história.
Na verdade, vocês já perderam essa batalha.
Mas se forem minimamente inteligentes, tentarão é reduzir os prejuízos.
É indefensável um salário de apenas mil reais para um jornalista.
Assim como é indefensável uma redação que não dispõe nem mesmo de cadeiras.
Ou de água potável.
Ou de papel higiênico.
Ou de sabonete para lavar as mãos.
De igual forma, é indefensável assédio moral ou demissão de trabalhador por reivindicar direitos – sim, porque é de DIREITOS que se está a tratar.
A greve dos jornalistas do Diário do Pará é justíssima.
Aliás, já vem é com anos e anos de atraso.
Porque é inconcebível que cidadãos, trabalhadores, seres humanos, se submetam por tanto tempo a tais condições.
É claro que ninguém é ingênuo: essa greve será, sim, usada politicamente no ano eleitoral de 2014.
Mas isso faz parte do jogo – e vocês sabem disso até melhor do que eu.
No entanto, tentar reduzir essa greve à mera politicagem é desrespeito à inteligência do distinto público.
Além do que, me perdoem a franqueza, é uma tremenda burrice.
Em primeiro lugar, porque isso só faz é acirrar os ânimos de uma categoria que já está até aqui, ó!
E burrice, também, porque vai de encontro aos interesses da própria empresa.
Leiam atentamente a pauta de reivindicações dos grevistas.
Não há ali nada que não seja, também, do interesse do Diário do Pará: piso salarial de R$ 1.900,00, tíquete-alimentação, plano de cargos e salários, eventual reposição de postos de trabalho, equipamentos de proteção para os repórteres policiais...
Ou seja: condições que vão se refletir diretamente na qualidade do jornal e na produtividade desses trabalhadores.
Por isso, não adianta cara feia, melindres “porque a família foi ofendida” ou até (lamentável isso!...) ficar apontando motivações partidárias nessa greve.
Tudo isso não passa de pura e simples infantilidade, que, por isso mesmo, não resolve rigorosamente nada.
É preciso esfriar a cabeça e NE-GO-CI-AR.
Até porque, quanto mais o tempo passa, maiores são os prejuízos.
Como vocês bem sabem, tenho pelo Diário do Pará um grande apreço; boas lembranças dos tempos em que trabalhei aí...
Também tenho perfeita consciência da importância do Diário para o equilíbrio das forças políticas no estado do Pará, já que esse jornal ainda é um dos poucos, entre os grandes veículos de comunicação, a divulgar reportagens "incômodas” ao Governo Estadual e a fazer um contraponto às ORM.
E é por isso que gostaria de pedir a vocês: recuem e negociem.
Porque nessa batalha tudo o que vocês conseguirão é mais e mais desgaste.
Desgaste perante os jornalistas – mão de obra imprescindível a qualquer jornal – e desgaste, também, perante a opinião pública.
Tenham um pouco de bom senso e parem de procurar chifre em cabeça de cavalo.
Parem de projetar nos outros os próprios erros e responsabilidades.
O que os grevistas estão a reivindicar é apenas e tão somente melhores salários e condições de trabalho.
E o tamanho do prejuízo político dessa greve dependerá exclusivamente de vocês.

Jornalistas do Pará fazem ato público

No blog da Franssinete Florenzano.
Os jornalistas do Diário do Pará e do Diário Online que estão em greve foram à Praça da República, ontem, levar ao conhecimento da sociedade, em ato público, a situação enfrentada. Dezenas de jornalistas de outras empresas de comunicação foram lá apoiar o movimento Jornalista Vale Mais, que também está sendo apoiado por vários Sindicatos e associações de classe, como o Sindicato dos servidores do Detran-PA, dos Médicos, dos Bancários, a Associação dos Concursados, e a CUT.
As reivindicações são justas e legítimas. Piso salarial de R$1.900, que já vem sendo pago há muitos anos pelas ORM, melhores condições de trabalho e reintegração do jornalista demitido em retaliação ao movimento. Direitos trabalhistas tais quais carteira assinada, pagamento das horas extras e adicional noturno nem deveriam ser objeto de reivindicação, são obrigatórios por lei.
Se a direção da empresa continuar a não ceder, o caso vai à Justiça do Trabalho. A greve já é assunto nacional e os jornalistas têm apoio maciço da Fenaj.