Contrassenso e descabimento – Versão Senado
Ainda na convulsão da indicação do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, o Congresso Nacional se repete: o Partido da República indicou o senador Blairo Maggi (PR-MT) para a presidência da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle do Senado (CMA).
Blairo Maggi é membro VIP da bancada ruralista e já ganhou, por duas vezes, o prêmio “Motosserra de Ouro”, uma anti-condecoração providenciada por ambientalistas aos que consideram grandes desflorestadores.
A Amaggi, que controla o grupo familiar dos Maggi, é uma das maiores produtoras individuais de soja no planeta. Além de produzir grãos, a Amaggi atua na pecuária e na extração de borracha, e não faz questão de dar um soslaio à turma que quer pintar o mundo de verde.
Como a Comissão de Meio Ambiente é uma trincheira ambientalista a indicação de Maggi colocou os verdes em chamas e o Senado, uma casa mais fechada às querelas da plebe rude, não está interessado em fazer aceiro na coivara.
Falta bom senso no Congresso Nacional. A presidência de qualquer comissão não deveria ser ocupada por parlamentares que não reúnam condições de estar no centro dos debates, pois a eles cabe estabelecer o equilíbrio nos choques de opiniões.
Maggi não cai bem na presidência da CMA, assim como não caberia a indicação de um ambientalista radical. Como disse Cesare Cantú, “autoridade não equilibrada é tirania”.
Um comentário:
No caso Blairo Maggi é abrir a porta do galinheiro, permitir a entrada do lobo(Maggi)e trancar a porta e jogar a chave fora. 07.03.13, Mba.-PA.
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