sábado, 5 de julho de 2008
“Reflexões marabaenses”
Com esse título, o professor universitário e promotor público Júlio César Costa inaugura blog na internet com inescondível amor por esta cidade e esta região. Sempre que lhe permitem o tempo e suas atribuições , posta ele notas sensatas sobre as nossas carências e vem coberto de razões.
Afinal, o rosário das nossas desditas inclui o tratamento de cão que os bancos, todos, nos concedem; o congestionamento monstruoso e diário na Transamazônica, no coração da cidade; os agentes públicos que, volta e meia, são apanhados nos achaques a que nos submetem; a falta d'água da Cosanpa, empresa irresponsável e irremovível; o achincalhe das telefonias móveis; a exploração dos mototaxistas, todos clandestinos, que cobram o que querem dos passageiros e vivem atulhando as vias com suas reivindicações insensatas e inconstitucionais. São, de fato, São quase infinitas as contas desse nosso rosário.
Um bom exemplo do descaso com o cidadão: faz quinze dias que empresa agindo em nome da Celpa entulhou a frente da casa de um cidadão na Folha 17, e nunca apareceu para retirar os galhos e folhas agora secas.
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5 comentários:
Ademir, as lojas na 28 e na maioria das ruas de Marabá como aquelas na praça Saõ Francisco, entulham os seus produtos,ou melhor, fazem suas exposições no passeio público e... o público que vá para o meio da rua disputar espaço com os carros. Aproveitando,me tire uma dúvida: a legislação minicipal não proibe prédios acima de 4 andares ou coisa parecida. Quem forneceu a licença ambiental? Desde já agradeço pelo favor.
ZéPedro
Pagão, obrigado pela menção, que me traz responsabilidade para estar à altura dos teus elogios - os quais, não os mereço, você sabe, pois os nossos amigos têm dois grandes defeitos: o primeiro é ressaltar apenas nossas qualidades e o segundo é justamente não ver nossas imperfeições...Mas o que seria o mundo sem os amigos, não é?
Mas o que me deixa triste em toda esta estória é que parece que a nossa sociedade está amortecida, como que anestesiada, nada reclama, nada reinvindica, não cobra, não faz nenhum movimento de protestos - qual será a razão? O que está acontecendo com Marabá, será o processo super-intenso que sofre com a migração violenta a que está submetida e assim as raízes se esfacelaram ou não se criam mais nenhum vínculo associativo?
agora tô vendo que o fina de seu post é o título de uma canção do Nelson cavaquinho, "quando eu piso em folhas secas..."
bom, pelos menos, há algo de poético nisso
Professor Zé Pedro:
A legislação que regulamentou a ocupação urbana da então chamada Área de Expansão Urbana, da Sudam, loimitou os prédios a, no máximo, seis andares. A intenção era fazer um nucleamento urbano horizontal. Mas, depois que o patrimônio foi repassado à prefeitura, os beneficiários de financiamento eleitoral modificaram a lei (para agradar os financiadores)até mesmo na instalação de postos de combustíveis. Antigamente, cada posto deveria ficar a um quilômetro de escola, hospitais, prédios públicos ou de grande afluência popular. Hoje, você, cacifado, pode construir onde bem entender, que liberou geral. Há tanques subterrâneos a menos de 150 metros do hospital municipal e talvez menos de 50 metros do hospital militar HGUMBA.
"Tudo posso naquele que me patrocina"...
No Complexo Cidade Nova também era proibida a construção, por ficar à cabeceira da pista do aeroporto. Era!...
Sabe aquela lei que obrigada extratores de seixo e areia a mil metros da margem dos rios? Foi por águas a baixo. Na foz, o Itacaiunas não dá 150 metros de largura e está cheio de balsas "chupadoras". Igualzinhas às dragas que fazem da administração pública uma teta perene de doação.
Dr. Júlio:
Eu não tinha me apercebido do tapete de folhas secas. Poético, sem dúvida, mas a vizinhança ficou murmurando que o indigitado cidadão, infeliz depositário da sujeira, era ele próprio responsável pela esbórnia.
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