sexta-feira, 6 de março de 2009
Um estranho no ninho
Em 2007, a Vale aumentou em 175% seus investimentos em meio ambiente, manda me dizer gentilmente a sua Assessoria de Imprensa, “ajudando a preservar três bilhões de árvores ao redor do mundo, no maior programa de revegetação ambiental da América Latina”. A proposta é plantar, até 2015, 346 milhões de árvores em todos os países onde a empresa atua.
Na Floresta Nacional de Carajás, aqui pertinho dos limites territoriais de Marabá, milhares de espécies nativas vêm sendo plantadas há anos com o mesmo propósito e, entre essas, na safra de 11 de agosto de 2008, uma ainda pequena a que denominaram “Ademir Braz”, seguramente a mais linda de todas.
Trata-se de uma palmácea, talvez açaizeiro (euterpe oleracea), reprodutor de estirpe, capaz de perfilhar inúmeras vezes, até mais do que os 23 filhos que as línguas maledicentes me atribuem (sem contar os netos inumeráveis!), tolo amontoado de intrigas sem raízes.
“Ademir Braz”, o clone verde, tem muito a ver com esse bicho híbrido a que chamam gente. Afinal, todo mundo possui tronco, maçã do rosto, batata da perna, raiz de cabelo, palma da mão e planta do pé. Alguns homens, inclusive, chegam a ter até galhos, coisas que um açaizeiro não tem.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
...rsrsrs....
Beijão.
Postar um comentário