quinta-feira, 23 de julho de 2009
Luciane de Novaes
- Munições -
E mesmo que eu não atire todas as pedras em tua direção,
Em tua alma quedarão as marcas de tudo que não foi dito
De tudo que não foi feito enquanto havia tempo
De tua latente covardia
De tua insana ironia
Ao brincar com a vida, com o tempo e com o amor
Mesclando tudo com palavras idas em tua tormenta de mentiras
Findaste toda a esperança que dentro de mim havia
E que em ti nunca vão cravar
Destroçaste montanhas de sentimentos nobres
Que adormeciam sob o manto da ilusão domesticada em meu peito
E mesmo que alguém se acerque mais do que eu
Te saiba como eu
E mesmo assim te ame, consciente
Duvido que alcances o céu dos teus sonhos
Munida da tua verdadeira face
Um disfarce,
Um desastre,
Um lamento,
Um temor,
Um tormento,
Meu amor.
(julho/2009)
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Um comentário:
Que talento!
Não me canso de ler esse poema.
Creio que traduz um momento bem íntimo e peculiar. Lindo.
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