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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Parceria Vale/UFPA dá primeiros frutos

É de Marabá, sudeste do Pará, a primeira turma de Engenharia de Minas a se formar no norte do Brasil. Fruto de uma parceria entre a Vale e a Universidade Federal do Pará (UFPA), que inclui também a criação dos cursos de Engenharia de Materiais e Geologia, a iniciativa tem como objetivo aumentar as opções de educação superior no município, além de contribuir na formação de profissionais especializados para atender às demandas de projetos minerais da Vale na região. Ao todo, 20 formandos estarão reunidos em uma cerimônia de formatura, nesta sexta-feira, às 20h, no Cine Marrocos, na Velha Marabá. Os primeiros passos dessa parceria foram dados em 2002, quando a Vale investiu quase R$ 5 milhões na construção do Campus II da UFPA, que foi equipado com laboratório, biblioteca, auditório, mobiliário e equipamentos modernos, que servem também para outros cursos, como Engenharia de Materiais. "Temos uma estrutura fantástica, com laboratórios de controle ambiental, física experimental, hidroeletrometalurgia, solo e geotecnia, geoestatística e planejamento de lavra e um laboratório de tratamento de minérios equipado com uma miniusina", conta o professor Marinésio Pinheiro de Lima, coordenador do curso. Para João Menezes, Gerente-Geral de Recursos Humanos da Vale, o curso de Engenharia de Minas consolidará a cultura da mineração na região, assim como aconteceu em Minas Gerais. "Com isso, cada vez menos precisaremos trazer mão de obra especializada de outras regiões do País, pois teremos essa oferta local", explica. O presidente da Comissão de Formatura, Fernando Borges, ressalta que a existência do curso é importante por ser um meio dos profissionais paraenses aproveitarem, ao máximo, as riquezas que o estado oferece. "Nós somos daqui e queremos mostrar que temos competência para colaborar com o desenvolvimento da região", reforça. Iniciado em 2004, em Marabá, o curso oferece 30 vagas por ano e está entre os mais concorridos da UFPA. Hoje, conta com 130 alunos divididos em cinco turmas. O paraense Sandro Freitas integra a turma recém-formada e já começa a colher bons resultados. "Eu estava disposto a deixar o meu emprego para fazer faculdade na capital, mas ao receber a notícia de que teríamos o curso de engenharia em Marabá mudei meus planos. Consegui o apoio da minha diretoria para conciliar os estudos e o trabalho", ressalta, empolgado, o ex-técnico de mina e geologia da Vale, que acaba de ser promovido a engenheiro. Sobre oportunidades de trabalho, o diretor do Departamento do Cobre da Vale, Márcio Godoy, reforça que "a tendência é que cada vez mais esses engenheiros estejam nos nossos projetos e operações, fazendo parte desse crescimento e influenciando diretamente na gestão dos negócios. Além disso, a universidade tem a pesquisa que pode ser um fator que levará a região a exportar tecnologia na área de mineração". Oportunidades de estágio O curso de Engenharia de Minas abriu portas para que a maioria dos formandos conhecesse a Vale e a indústria da mineração, por meio de estágios oferecidos pela empresa e pelos trabalhos de conclusão de curso em que a Vale virou tema. Para o professor Marinésio, esse diferencial faz com que os alunos estejam preparados para serem profissionais ainda mais competitivos em qualquer lugar do mundo. "Abrindo suas portas para os acadêmicos, a Vale nos oferece um contato maior com a mineração de grande porte e com uma tecnologia de ponta", reforça. Profissão: engenheiro de minas O engenheiro de minas é o profissional que trabalha com pesquisa, prospecção, extração e aproveitamento de recursos minerais. É sua função localizar jazidas e analisar o tamanho das reservas e a qualidade do minério. O profissional estuda a viabilidade técnica e econômica da exploração do depósito e, se viável, elabora e executa o projeto de extração, escolhendo os equipamentos adequados e determinando os recursos humanos e materiais necessários ao trabalho, além de cuidar do beneficiamento do minério bruto. Em geral, trabalha em companhias mineradoras, mas pode atuar em pedreiras, construtoras de estradas e empresas de demolição. Lida com tecnologias de última geração e com reciclagem de produtos industriais. A legislação ambiental exige que esse profissional tenha como objetivo minimizar o impacto da extração sobre o meio ambiente. (Ascom/Vale)

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