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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Criando caso até com cadeirantes!? Deus nos livre!!!

24/01/2012
 Cadeirantes vão ao Ministério Público por falta de remédios
 

Cansados de tanto receber medicação a que têm direito por lei pela metade, três portadores de necessidades especiais que possuem deficiência motora procuraram o Ministério Público Estadual nesta segunda-feira, 23, para reclamar o que eles chamam de descaso do poder público municipal, através da Secretaria Municipal de Saúde.
Paulo Roberto de Souza Póvoas, 47, Ailton Barbosa Teles, 50 e Luiz Antônio Golfeto, 51, foram juntos ao MP e narraram o drama que passam com a entrega de medicação pela metade, além a entrega de remédio diferente do que está prescrito no receituário médico.
Golfeto, que anda em uma cadeira de rodas, disse que mora no Jardim Vitória e que há sete anos passou a necessitar de medicamentos e produtos de higiene que são garantidos pelo Ministério da Saúde, através das secretarias municipais.
Ele explica que é carente e faz uso permanente de Baclofen, imupramina, retemix, além de precisar de produtos de higiene como água boricada e sonda de número 12. Retemix, sonda, água e até sacos coletores não receberam na última semana, quando procuraram o departamento de Farmácia da Secretaria Municipal de Saúde. “Não é a primeira vez. Todos os meses sempre faltam alguns remédios”, queixa-se.
De acordo com Golfeto, por conta da falta de medicamentos, ele acaba tendo de gastar boa parte do dinheiro da aposentadoria para comprar os produtos que a Secretaria de Saúde deveria garantir a ele. “Uso entre R$ 400,00 a R$ 500,00 por mês de minha aposentadoria para comprar os remédios e produtos que deveria receber de graça. Não sei o que está acontecendo”, critica ele.
Por várias vezes, por falta de medicamentos adequados, ele alega que tem recebido outros remédios, que não estão em sua receita e não seriam nem mesmo genérico. “Estão aqui comigo. Na receita consta Ossotrat-D e eles me entregaram no lugar um Polivitamínico do Complexo B. Ainda bem que sei ler. Se fosse um analfabeto poderia tomar enganado. Alguém precisa fazer alguma coisa”, desabafa.
O discurso de Luiz Antônio é ecoado na voz de Airton Barbosa Teles, residente no Bairro Liberdade. Ele revela que há dois anos recebe medicação gratuita do município diretamente na Farmácia São Félix, mas reclama que há pouco mais de um mês o protocolo mudou e todos passaram a receber a própria Secretaria de Saúde. “Sempre entregam outros medicamentos que não são da receita nem o genérico. O remédio é recomendado por médicos da própria rede municipal. Não deveriam entregar errado.
Airton alega que boa parte de sua aposentadoria também é utilizada para comprar os medicamentos que faltam. Doxazosina, Bacofleno e Etemix estão em sua lista de medicamentos de uso contínuo, e que se não fizer tomar, vai ter sérios problemas de saúde.
Maria Lúcia de Souza falou pelo filho Paulo Roberto Póvoas, de 47 anos, que não pode ir ao Ministério Público por problema de saúde. Ela disse que o filho sofre quando não entregam a medicação completa, e que a falta de sonda incomoda muito e dificulta o ato de urinar. “Aí a gente tem de usar o dinheiro da aposentadoria dele para comprar o restante. Todo mês acontece isso”, desabafa.
Outro lado
A reportagem do CORREIO DO TOCANTINS procurou o farmacêutico responsável pela Farmácia interna da Secretaria Municipal de Saúde, Geraldo Barroso, o qual garantiu que a falta de medicamentos não é constante. Segundo ele, neste início de ano só estão faltando alguns remédios e produtos porque o fornecedor, em Goiânia, entrou em recesso no final de ano e somente agora está conseguindo repor o estoque dos clientes.
Ele reconheceu que sonda e água boricada não têm atualmente na Farmácia, mas que os medicamentos podem faltar em um dia, mas no outro já estará no estoque.
Em relação à mudança no local da entrega de medicação, Geraldo Barroso justificou que a modalidade anterior não era permitida pelo governo federal. “Nós trabalhamos com o SUS (Sistema Único de Saúde). Quem tem de fazer entrega. Compramos e temos a obrigação de fazer a entrega. Era um erro que ocorria antes”.
Em relação à denúncia de troca de medicação, Barroso argumenta que não tem conhecimento de que isso aconteça, e que precisaria olhar a receita de cada um dos denunciantes. Observou, todavia, que alguns médicos acabam indicando remédios com nomes das grandes indústrias do setor farmacêutico, enquanto o SUS só trabalha com medicação genérica.
Atualmente, 96 cadeirantes recebem medicamentos na Secretaria Municipal de Saúde de Marabá. Segundo Barroso, não há laudo social de cada paciente. “Trabalhamos no princípio da equidade social. Desse grupo, todos recebem igual, não privilegiamos um em detrimento de outro. Cuidamos deles da melhor forma possível. Não procuramos desculpas para atender suas necessidades, mas o recesso dos grandes fornecedores acaba atrapalhando a entrega dos medicamentos”. (Ulisses Pompeu, Correio do Tocantins)

Um comentário:

Doidão de raiva disse...

Fofoca da pesada!
vocês sabiam que no dia em que foi dado posse aos verdadeiros membros do Conselho de Saúde, o então Presidente Pedro da banda cristal, lamentou tanto que o então Desprefeito Mau-lindro Trapalhães saiu dando tapinhas nas costas do coitadinho e dizendo que o mesmo era seu amigo e que daria algum cargo para o então ex-conselheiro acalmar os nervos...
É mesmo falta de vergonha na cara!
Doidão de Raiva