A Igreja Católica pede aos seus seguidores e cristãos que reflitam sobre o caos que se instalou nas repartições hospitalares, principalmente as públicas, propondo o lema da fraternidade deste ano “Que a saúde se difunda sobre a terra”. Já era tempo de realmente passarmos a refletir e discutir sobre o assunto. Há tempos nos deparamos com noticiários expondo seres humanos em situações extremamente degradantes nas portas dos hospitais, e, apesar dos gritos, das lágrimas e dos sangues derramados, parece que ninguém mais se comove, a menos que sejam parentes próximos daqueles que sofrem, ou, de forma fajuta, políticos quando em campanha eleitoral.
É preciso que saibamos que o serviço de saúde é um direito de todos os cidadãos, e que deve ser prestado com efetividade e zelo por parte dos entes públicos, mas que há muito vem deixando de ser um direito, na mesma medida em que dele fazem e/ou priorizam como negócios econômicos.
Sabe-se que aquele que desvia dinheiro público comete crime e, de fato, deve ser considerado criminoso; mas aquele que desvia dinheiro da saúde pública deveria ser considerando criminoso hediondo, porque os efeitos causados vão além desses que estamos cansados de assistir.
Até quando vamos ficar inertes? Será que devemos esperar até que algo aconteça conosco ou com um familiar próximo para que sintamos as mesmas amarguras que milhares de pessoas sentiram e sentem quando se vêem alijadas desse serviço necessário e essencial?Que saiamos dessa inércia que nos faz co-responsáveis pelos crimes cometidos, e busquemos refletir, e discutir e cobrar melhores atendimentos na saúde pública. Que essa discussão ganhe adesão, também, dentro das outras matrizes religiosas, posto ser universal o principio de que somos todos filhos do mesmo Pai.
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Um comentário:
Todo político corrupto é um assassino.
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