Programa dos candidatos à Câmara
na tevê. Gosto de assistir o desempenho deles: esforçados, sérios e até parecem
acreditar no que dizem. Todos querem fazer mudanças, que não explicam, e fico
me indagando para onde e como eles pretendem nos mudar, Afinal, eles não são
donos – nem funcionários – das raras transportadoras existentes na cidade, nem
imagino que área ocuparíamos no caso de uma evacuação dessa envergadura. Será
que a intenção deles é fazer essa mudança nas costas, a pé, peça a peça dos
trastes que acumulamos em casa? Improvável, embora eu saiba que em Marabá tem
doido para tudo.
Alguns candidatos mais modestos,
nem por isso menos sub-reptícios e solertes, almejam eleger-se para mudar.
Principalmente do bairro em que moram e onde falta da água à limpeza pública. E
como tem gente falando em mudar invasão!... Um deles, por acaso, aparece
exaltado nas ruas do que se presume uma favela queixando-se do abandono e da
falta de oportunidades, e o cenário da suposta favela é repleto de casas
comerciais e construções da melhor qualidade.
Os personagens são todos meus
amigos e amigas, eles fazem questão de sublinhar, e lhes sou grato pela amizade
desinteressada, embora nunca sequer nos tenhamos visto nesta vida (e provavelmente
não nos veremos na outra porque inúmeros são evangélicos, porquanto desde já
latifundiários do céu, enquanto eu sou pagão – sem direito sequer ao purgatório
– e, pior, imortal).
Também gosto do que me dizem: “Pense grande, vote Miúdo!” “Sei
que você está cansado de promessas, por isso, vote em mim por mais calçamento,
educação e saúde!” “Vote em mim, pra não se arrepender depois!”
E há propostas do mais alto
interesse coletivo. No turismo, por exemplo, precisamos resgatar o Maraluar,
aquele sarau noturno pantagruélico e privado na Praia do Tucunaré, inacessível
a pobres e outros desvalidos. Também precisamos preservar o Forró dos Velhos,
suprema atividade social até para idosos recalcitrantes como certo poeta
mal-ouvido.
Eu gostaria que o programa eleitoral
“gratuito” fosse permanente e diário, principalmente à noite, na hora do
jantar. É digestivo e diverte a família. Se você não tiver família, serve
também. Serve, inclusive, para a gente
rever figuras que se supunha enterradas, e bem enterradas, na pré-história
política da cidade. Agora, olha eles aí ressurrectos e fagueiros, a pensar numa
volta à Câmara por onde passaram e deixaram rastros que nunca conseguimos
esquecer.
5 comentários:
Pagao
Genial ri tanto quanto os programas, ah! Identifiquei as figuras postas que vc nao cita o nome
Caro amigo e colega.
Da maneira como se desenvolve a campanha politica no Brasil, realmente, não há como pensar diferente de ti.Os Césares romanos conheciam muito bem este "modus faciend", dai a utilização abusiva do "panis et circensis".Quando isso mudará?
O amigo e colega
Plinio Pinheiro Neto
Adémir, no blog do hiroshi, tem uma
postagem com o titulo"VEREADORES INDGNADOS COM NOTA MENTIROSA". É pra dá risadas!KKKKK.... Poís, mentir mais do que os desvereadores de Marabá, só mesmo o Manoel cinco EMES.KKKKK....
Porra, Adémir, fico puto contigo caboco, era pra voce tá disputando
uma cadeira para a Camara, talvez quem sabe teriamos algo melhor nos representando: portanto, tú és responsavel pelos toletes que decem rio abaixo, e que hoje exalam fedentina em nossos lares no horario nobre da TV.
Anonimo das 13:22,
Por favor mate minha curiosidade! Qual o significado de Manoel cinco EMES?
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