Matéria do CT vira tema de discórdia entre Vale e CMM
Repercurte bastante no meio político em Marabá uma carta enviada pelo diretor de Operações de Logística da Vale, Luiz Fernando Landeiro Júnior, em que ele questiona a vereadora Vanda Américo (PSD) sobre o teor de uma reportagem do CORREIO DO TOCANTINS publicada em 28 de fevereiro último, em que ela sugeriu uma mobilização popular para cobrar do governo federal e da Vale uma decisão definitiva sobre a derrocagem do Pedral do Lourenção, no Rio Tocantins.
Na carta, Luiz Fernando Landeiro adverte a vereadora e diz que a “empresa adotará os meios legais para impedir qualquer prática ilícita de invasão da Estrada de Ferro Carajás, assim como para cobrar todos os prejuízos que advierem aos serviços, para a empresa e seus clientes a partir daí, nos exatos termos da lei”.
Vanda leu a carta na abertura da Sessão Ordinária de terça-feira, 12, na tribuna da Câmara Municipal de Marabá. “Vamos mobilizar a comunidade e, a partir de 21 de maio, definirmos uma data de ocupação da ferrovia”, ameaçou ela.
Indignada, a vereadora rebateu a carta enviada pelo diretor da Vale, dizendo que aquela era uma tentativa de intimidação pessoal, mas que atingia a todo o Legislativo marabaense. Ela avisou que não iria se calar e rebateu de forma firme, avisando que a referida carta serviria de combustível para fortalecer sua luta pelos direitos da comunidade marabaense.
Vanda pediu a realização de uma audiência pública por parte da Câmara para discutir com os movimentos sociais os problemas que afligem o município e cobrar ainda mais da Vale a solução para eles, em função dos impactos sociais dos projetos que estão sendo implantados em Marabá. “Se for na base da ameaça, vamos usar nossa força. Se a Vale não vier sentar conosco e discutir as problemáticas e uma forma de resolvê-las, vamos sentar na rodovia e protestar mesmo”, sustentou.
Outro trecho da carta da Vale, assinada por Luiz Fernando, diz que o “Estado de Direito impõe a todos os cidadãos o respeito à lei, e os mandatários políticos (na democracia: os eleitos) também são submissos às leis promulgadas. Assim, as declarações como as prestadas por vossa senhoria só trazem instabilidade e incitam o cometimento de crimes”.
O diretor da Vale alega que a empresa tem buscado o diálogo constante com todos os representantes do município, não tendo qualquer problema em conversar. “Inclusive, recentemente estivemos tratando sobre a Aços Laminados do Pará, evento do qual vossa senhoria participou”. Sobre essa referência, Vanda minimizou o resultado da referida reunião, dizendo que não houve avançou algum e que a Vale se negou até mesmo a repassar para o município a área onde construiu, em parte, a Estação Conhecimento de Marabá (ela nunca funcionou) para ser transformada em escola de tempo integral. (Ulisses Pompeu, Correio do Tocantins)
Um comentário:
Prato cheio para a profissional da vereança Vanda, não ? Ela só não foi tão atuante(quando deveria tambem)durante os governos de Tião(seu patrão-mor) e seus desmandos. Soa tão falso... A rigor,em referencia à CMM, entra e sai prefeito e nada de concreto em benefício dos menos favorecidos se materializa. Os interesses dos nobres edís sempre estão em primeiro plano.Em 15.03.13, Marabá-PA.
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