Identificados e ouvidos pela polícia, foram liberados em seguida,
impunes. Arruaceiros que participaram de atos de vandalismo, além do
homem que jogou um coquetel molotov no Palácio do Itamaraty, em
Brasília, estão novamente nas ruas após uma passagem pela delegacia. Ao
mesmo tempo, a Justiça do Rio negou, em menos de uma semana, sete
pedidos de prisão de vândalos, conforme notícia veiculada no Jornal do
Brasil. Apenas um foi aceito, e por um período de cinco dias.
Essa é apenas uma pequena amostra da dificuldade que enfrentam as
instituições para induzir uma ação efetiva no campo da segurança
pública. Ao invés da repressão generalizada que atinge indistintamente
toda a população, se impõe uma atuação mais objetiva da inteligência, o
foco no combate à depredação e a colaboração da Justiça. Aos
manifestantes pacíficos, simplesmente a garantia para o exercício
democrático de um direito constitucional.
O Brasil, muitos já disseram, é o país da impunidade, aonde só ladrão de
galinha vai para a cadeia. Exemplos históricos não faltam e são bem
conhecidos. Poderosos podem até ser processados, e mesmo condenados, mas
a cadeia não é uma opção. Aqui, o rico conhece a Justiça e o pobre a
polícia. A novidade, nessa questão, é ver o manto da impunidade encobrir
também os responsáveis por saques, destruição de patrimônio público,
roubo e agressões. Assistimos a uma espiral de violência que acabará por
comprometer a legitimidade das próprias manifestações que incluem, em
sua extensa pauta, justamente o fim da impunidade e ética na política.
*Pedro Simon é senador pelo PMDB-RS
Um comentário:
Demir, o Senador fez o seu "mea culpa". Em 29.06.13, Marabá-PA.
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