quinta-feira, 3 de abril de 2008
Dois turnos
Ananindeua e Belém, neste Estado, estão entre as 47 cidades em que o MEC (Ministério da Educação) planeja dar atividades em período integral para 1,4 milhão de alunos da rede pública, com Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação) abaixo de 2 - a média nacional é 3,8.
Articulado com atividades de cinco ministérios - Ciência e Tecnologia (para as classes de informática), Esportes, Cultura, Meio Ambiente e do Desenvolvimento Social e a Secretaria Especial da Juventude - , o projeto "Mais Educação" é destinado ao ensino fundamental e prevê atividades extracurriculares, diárias, no período em que os alunos não têm aulas. Os estudantes participarão de programas de informática, arte, música, teatro, esportes e artesanato. Serão investidos R$ 60 milhões para ampliar a carga horária oferecida em duas mil escolas.
Nas cidades escolhidas, o Censo Escolar também identificou problemas como violência contra a criança e trabalho infantil.
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6 comentários:
Caramba, poesia que é bom necas...rsrs
Beijos.
Bom final de semana.
Prezado Ademir,
Interessante como a matéria do Frank Siqueira que fez um raio-X sobre a caótica situação financeira de Parauapebas não aparece mais na edição eletrônica do Diário do Pará de Domingo(06-04-2008). A primeira página chama a matéria, mas "mi$terio$amente" a matéria não sai. A página A-6 foi retirada. Hummmmmm. Sei não. Cheirando mal.
Brasília, 9 de abril de 2008
A respeito das acusações de que ao apoiar o MST, o senador José Nery PSOL/PA estaria ferindo o Estado Democrático de Direito, cumpre esclarecer:
O senador José Nery lamenta as sucessivas tentativas de criminalizar os movimentos sociais no Pará. É uma pena que muitos bandidos do colarinho branco não recebam, por parte da imprensa, o mesmo tratamento que vem sendo dado ao MST, movimento popular legítimo.
O senador reitera que apóia as reivindicações do MST e dos garimpeiros e torce para que haja sensibilidade de todos para a negociação.
O respeito ao Estado Democrático de Direito deve se caracterizar pelo cumprimento das leis, não apenas a lei do direito de propriedade, mas também a lei que determina a função social dessa mesma propriedade.
O senador apóia o movimento, mas não tem qualquer ingerência sobre as formas que o MST escolhe para fazer suas reivindicações. Reitera, contudo, que para ele - mas do que as manifestações dos movimentos sociais - o que provoca caos, baderna e escuridão é a eterna arrogância e prepotência de empresas e governos que se recusam a sequer ouvir os movimentos sociais.
Por fim, o senador José Nery gostaria de esclarecer que não vê polêmica em sua ida ao Sul do Pará e apoio aos sem terra e garimpeiros, considerando-se sua história de vida e de seu partido, o Psol, sempre comprometidos com as causas sociais.
Polêmico seria se um representante do povo com essa história fosse ao sul do Pará levar apoio à Vale do Rio Doce.
Gabinete do Senador José Nery
Assessoria de Imprensa
Bom dia, Poeta.
Deixei no blog (www.travessia.blogs.sapo.pt) um desafio pra você.
Beijos
Ô Ribamar, acho que sua reclamação não se destina a Quaradouro. Talvez tenhas errado de blog...
Não conheço, aqui, ninguém do PSOL, nem nunca ouvi falar no Senador José Nery.
Vê isso aí.
acerca do assunto do momento que veio balaçar as estruturas da politica paraense, no que diz respeito a saida de Charles Alcantara da Casa Civil, e no que isso pode desencadiar para o atual governo. Não poderia me furta de divulgar o melhor poster ja feito ate agora nos blogs sobre o referido assunto, pois o mesmo retrata o quadro real em que se encontra o atual governo.
Com voces a jornalista Ana Célia Pinheiro, titular do blog A Perereca da Vizinha;
A Saída de Charles
Jurei que não ia me meter nisso, devido ao meu envolvimento na campanha. Mas aí vai.
Informações seguras dão conta de que a saída de Charles Alcântara do Governo do Estado foi motivada por embates com o todo poderoso Puty.
Embora do outro lado do front, lamento a saída de Charles.
Creio que a minha xará perdeu, definitivamente, o rumo.
Charles era, sabidamente, o sujeito com melhor jogo de cintura deste governo.
E eu até deveria ficar feliz, já que estou do outro lado.
Mas, se assim fosse, não teria os amigos que tenho.
E eu considero Charles um amigo.
Bem vindo ao exílio, queridinho!
//
A Saída de Charles (2)
I
Charles Alcântara teve, recentemente, três graves problemas de pressão.
Mas, não foram tais problemas que custaram a cabeça do ex-poderoso chefe da Casa Civil do Governo do Estado.
Embora, talvez, essa seja a explicação mais simples para o Governo.
O xis da questão são, mesmo, as divergências internas da Democracia Socialista (DS), a minúscula tendência petista à qual pertence a governadora Ana Júlia Carepa.
“Há um racha na DS, uma divisão muito grande” – diz-me um histórico militante petista –“Antes, a Ana (a governadora) flutuava entre esses grupos. Mas, com a chegada ao poder, a coisa se acirrou. E hoje, o que estamos vendo é, aparentemente, até uma reconfiguração interna”.
A fonte acentua que a saída de Charles “coincide” com a definição das alianças municipais, para o próximo pleito.
Uma definição de alto impacto nas eleições de 2010.
A condução do processo é feita pela Casa Civil.
E a tarefa, agora, ficará com Cláudio Puty, uma espécie de Simão Jatene do atual governo, em termos de acumulação de poder.
II
O pomo da discórdia do mais recente round CharlesXPuty, diz-me uma fonte bem situada, foi, justamente, o próximo pleito.
“Charles é um defensor ardoroso da aliança com o PMDB. Já o Puty defende a preponderância da DS, junto com o PT”, relata.
Quer dizer: Charles entende que é preciso “acarinhar” o PMDB, nas composições municipais, até pela complexidade do jogo político interiorano.
No interior, o PMDB prevalece – o que já seria de se esperar, pelo fato de ser o maior partido local e nacional.
Já o PT não possui tanta força no interior. Mesmo assim, insiste em manter a cabeça das composições, mesmo quando não possui condições objetivas para isso.
Quem pediu a saída de Charles foi a DS, o que significa que esse pensamento – da preponderância da corrente e do PT, no Governo e nas alianças municipais – é majoritário na tendência da governadora.
Ou seja: os tucanos podem começar a soltar foguetes.
Porque se há um papel que os peemedebistas não sabem representar é o de mulher traída.
Eles, simplesmente, antecipam a traição...
III
Avessa a discussões públicas sobre as disputas internas, a DS, obviamente, nega, de pés juntos, os embates entre Charles e Puty.
Mas, gente bem situada no Governo diz que isso, de há muito, era visível. “Há um mês já havia rumores de que o Charles ia sair ou cair”, conta um secretário de Estado, que também confirma a crescente influência de Puty junto à governadora.
Para os olhos menos atentos, porém, diz-me outro integrante do Governo, nada levava a suspeitar da profundidade das disputas entre Charles e Puty, os dois homens-fortes da administração de Ana Júlia.
“De vez em quando, no Palácio, eles (Charles e Puty) tinham divergências” – relata a fonte – “E a gente via que a Ana trazia os dois, um de cada lado. E a impressão que passava era a de que eram, na verdade, complementares e não assim tão opostos”.
Em verdade, no início do governo, eram três os homens-fortes de Ana Júlia.
Além de Charles e Puty, havia Carlos Guedes, hoje no MDA, e na época o czar do Planejamento.
Guedes foi a primeira cabeça coroada a tombar, na queda-de-braço com Puty – que, dizem as más línguas, não se furta a táticas rasteiras, para obter o que quer.
Mas, antes de emplacar, no lugar de Guedes na Sepof, alguém de sua própria confiança, Puty também já conquistara outra peça importante do tabuleiro: a CCS - então Coordenadoria, hoje Secretaria de Comunicação.
Na época, Puty conseguiu defenestrar uma petista histórica – a jornalista Fátima Gonçalves, ligada a Charles. E emplacou no lugar dela o também jornalista Fábio Castro, um intelectual sem qualquer experiência do cotidiano das redações, mas de sua absoluta confiança.
Quer dizer: desde o início do Governo, Puty abocanhou a Comunicação e o Planejamento.
Agora, emplaca a si mesmo na Casa Civil, além de emplacar, na Secretaria de Governo que até então ocupava, a própria adjunta.
Como a Sefa também pertence a um aliado de Puty, ele conseguiu se transformar, efetivamente, numa espécie de Rasputin do Governo Estadual.
Ou, como brinca um petista, “o Puty, agora, é o próprio Luís XIV, com a sua antológica frase: o Estado sou eu”...
IV
Charles e Guedes estavam com Ana Júlia ainda durante a campanha.
Puty chegou depois, já após a transição e durante a montagem do governo.
Conta-se que foi apresentado à Ana Júlia pelos irmãos Marcílio e Maurílio Monteiro, ex-marido e ex-cunhado da governadora.
Os irmãos o apresentaram como um antigo militante de esquerda, que passara muito tempo na Europa.
Diz-me alguém que, a exemplo de Ana Júlia, também a origem de Puty foi o movimento estudantil.
Mas, eles não pertenciam às mesmas correntes. Puty teria integrado a Força Socialista. Ana, desde muito jovem, foi militante do Partido Revolucionário Comunista (PRC).
Boa parte da DS, aliás, tem origem no PRC; outro tanto, veio da Força (que era comandada, em Belém, pelo ex-prefeito Edmilson Rodrigues), quando essa corrente implodiu.
Em comum, DS e Força sempre tiveram o ranço autoritário da origem leninista. Ou a “leveza” do atual trotskismo, como apontam, ferinamente, os adversários do próprio PT...
V
Na bolsa de apostas, há quem acredite que a saída de Charles pode significar, também, a queda de outros integrantes do governo, talvez próximos demais a ele, para o gosto de Puty.
Seria, talvez, o caso de Edilza Fontes. Mas Edilza tem uma ligação de amizade antiga com Ana Júlia, desde os tempos do PRC e da “Caminhando”, o braço do partido no movimento estudantil, naqueles tempos bicudos da ditadura militar.
Outra que poderia ser afetada seria Suely Oliveira, ex-Força Socialista e também ligadíssima a Charles Alcântara.
Mas, nesse caso, observa um petista histórico, a situação de complicaria para a governadora, uma vez que Suely é o único quadro da DS que possui, efetivamente, base popular.
A DS, é claro, tentará descer rapidamente o pano, abafando o mais possível a queda de Charles Alcântara.
Mas, o fato, é que, assim como a saída de Guedes, a queda de Charles tende, também, a arranhar a imagem do governo.
Quem sabe, até dificultando as negociações com os partidos da base aliada, num momento crucial: a ante-sala do grande jogo de 2010.
Guedes desmontou várias das armadilhas deixadas pelos tucanos no caminho do novo governo e tinha excelente capacidade de negociação, inclusive com adversários.
Charles é igualmente macio, embora mais esperto – na verdade, mais “político”.
Aquando dos expurgos promovidos pelo antagonista, fingiu-se de morto.
Negociava com atenienses, persas e espartanos, mas, também, sabia falar grosso – vide a “vacinação” antecipada a possíveis vinculações dos petistas com Chico Ferreira...
E, paradoxalmente, também demonstrava preocupação em, ao menos, pensar os limites éticos da ação política – coisa que o pragmatismo faz a esquerda, por vezes, esquecer.
Nada disso, porém, evitou a queda de Charles, o que talvez signifique uma mudança de rumo do governo, em várias frentes.
E resta saber, apenas, qual será a próxima conquista do nosso Rasputin.
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