sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Águia vai à guerra
A despeito de todas as dificuldades, restrições financeiras e falta de apoio efetivo do poder público municipal, o Águia de Marabá chegou à última rodada do certame da Série C, deixando, infelizmente, escapar a classificação para o ascenso à Série B do Campeonato Brasileiro. Contudo, sua diretoria aposta na possibilidade de uma reabilitação pela via judicial, em razão de novo julgamento da equipe carioca do Duque de Caxias.
Em ofício ao deputado Asdrúbal Bentes, a diretoria aguiana relata que durante jogo na Arena da Floresta entre Rio Branco (Acre) e Duque de Caxias foram expulsos três jogadores dessa equipe quando ia o escore em 2 tentos a 2, já no segundo tempo. Com as expulsões, o técnico do time carioca ordenou que mais dois dos seus atletas – Rafael Carvalho Borges e Edivaldo Medeiros - caíssem fingindo contusão, e eles o fizeram, de forma a encerrar a partida, de vez que o regulamento não permite a continuidade do jogo com apenas 6 jogadores do mesmo clube em campo. “Evidentemente, diz a correspondência, tudo foi um arranjo para que o Duque de Caxias não viesse a perder o jogo, beneficiando-se, em conseqüência, com o empate até ali registrado”.
Durante o primeiro julgamento desses fatos no TJD, com base na súmula do árbitro, o Duque de Caxias foi condenado à pena de perda dos pontos em favor do Rio Branco, ao pagamento da multa de R$ 50 mil, à proibição de participar no campeonato subseqüente, na forma do art. 205 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
Por seu turno, o treinador Marcelo Buarque foi suspenso por um ano, na forma do art. 256, parágrafo único, enquanto os atletas Rafael Carvalho Borges e Edivaldo Medeiros pegaram 120 dias de suspensão.
Surpreendentemente, em sede de recurso e a despeito da gravidade dos seus delitos, o Duque de Caxias foi beneficiário de estranho abrandamento de suas penas, como a redução do quantum pecuniário para R$ 10 mil; a perda de apenas um ponto; a extinção da suspensão dos atletas “cai-cai” e a redução de pena do treinador.
Para a diretoria do Águia é mesmo inacreditável que o STJD tenha aceitado a argumentação pobre de fundamentos como a apresentada pelo Duque “e que resultou nessa decisão lamentável e afrontosa ao art. 205 do CBJD”, incluindo a exclusão da proibição de participar do subseqüente campeonato, torneio ou equivalente da mesma modalidade.
Inconformado, o presidente Ferreirinha e o técnico João Galvão vão a Brasília na próxima quarta-feira (03/12) em busca de apoio da bancada paraense em torno de uma reforma da decisão do STJD, principalmente porque os advogados do Águia já apresentaram Embargos Declaratórios neste sentido e não se afasta um pedido de revisão processual.
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