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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Calcário dá prejuízo

A produção de calcário na Palestina do Pará, atividade que já dura seis anos, não tem gerado qualquer benefício social e econômico para aquele município na fronteira deste Estado com o Tocantins. O projeto visava retirar 150 mil toneladas/ano, ao longo de 25 a 30 anos, de uma estrutura geológica de 8 milhões de toneladas de calcário dolomítico e calcítico, mas em 2008 mal chegou às 59 mil toneladas. Extratora do minério, a Globo Verde se queixa da ausência de uma política estadual para agricultura (carente de corretivo de solo), para a siderurgia (consumidora de calcário calcítico), e mesmo para a piscicultura, onde seu produto serve de cama esterilizadora das áreas escavadas para formação de criatórios. O Pará, de fato, não tem posição científica determinante do uso do calcário, porque não existe análise de solo sequer para os raros projetos de agricultura, até mesmo a familiar, diz o agrônomo Domingos Roberto. Para ele, a pecuária em áreas de agricultura familiar é perda de tempo sem manejo de pastagem, principalmente com a inserção de calcário que permitiria a redução da área utilizada. “A questão, diz ele, não é eliminar a pecuária de leite na pequena propriedade, mas qualificá-la via políticas públicas, inclusive essa da correção de solo.”

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