sexta-feira, 13 de novembro de 2009
PARA QUEM QUISER...
Se é agosto
a concepção vai torta
tudo anda avesso, e daí?
Quem governa não sabe de mim,
Nem dos camaradas afáveis.
mais meu amor
É um plano invicto e tem dorso
Beija a outra margem do sol,
É um ato sem nome
[perambulando!
A vida não é apenas isso.
Mas o que fazer se a política endoideceu as palavras
Não sabe nada de coisas passadas.
O que torno dizer
É indivisível
Não pode ser paradoxal
A geografia de tudo não cabe
[no coração.
Se me escapo
O riso é de pura aventura
O fio da razão seqüela ainda mais a imperfeição,
O que fazer?
Entre o fervo
E a palavra toda aflição
Que a lucidez implora.
Não há consenso
A pedra é pedra e fura o desespero
É inútil tanto palácio!
Meu silêncio tem um estômago
Confronta sem amizade,
Seu equilíbrio
É música que danço sem fim!
Nessa distância
Só posso me inventar.
O medo tem sua estratégia
Arrogante se joga no ar!
Aqui entre as rugas do poder
Só há destinos tímidos
Fantasmas letrados?
Pelas ruas de mim
Não passará o hipócrita!
O cuscuz das horas beira a intimidade
Resmunga um sabor de tão futuro,
O que querem vocês com os muros?
Se o mundo é pequeno saio de dentro dele, e daí?
A luta como meio
O poema como fim!
A carícia é apenas slogan.
Em todos os cantos
O cartaz do passado devora e etc...
E o olhar deixou de ser
A fronteira da dor.
Quem quer essas rimas, quase infames?
Só peço meu sobrenome
Não é panfleto
Seu uso é apenas da classe.
Quem é mesmo esse obeso Hiroshi?
A fala não entende nada de mim
O superficial já esgotou-se
Tem bolso
O delírio que se faz assim?
Entendam, o mapa quer outro mapa.
Mesmo uma felicidade!
E os lobos, mil estepes
Como não quer o covarde.
Como sangram
O presente e seus bajuladores!
A ordem, sinto muito...
Ficará sem meu amém!
A luta como meio
O poema como fim!
A carícia é apenas slogan.
Charles Trocate, Novembro de 2.009
De algum lugar desse país, de notícia de jornal.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
A governadora Ana Júlia Carepa, do Pará, deveria pelo menos se enxergar. Antes de assumir e mesmo depois da sua posse ela andou namorando o MST e chegou até a propor às suas lideranças que os ajudaria na reforma agrária no Estado se, durante seu mandato, o movimento não defendesse a criação do estado de Carajás, não ocupasse rodovias nem latifúndios nesta região.
Claro que o MST não aceitou!
Agora, ela procura "cabeças" no MST para justificar-se perante criadores de gado e grileiros que estenderam suas posses sobre áreas extensas de terras públicas, inclusive, como já denunciou este blog, em conluio com o governo.
Caro Dr Admeir,
Sem fazer apologias a Fazendeiras que utilizam imensas areas de terras para criar seus volumosos cabeças de gado - sim pois em outros estados como goias eles utilizam alem do capim plantado, insiminação artificial, ração de milho - fazendeiro não quer plantar só criar em areas devastadas e não refloresta uma das nossas mais belas arvores frutiferas: a castanheira que foi auge nesta região nos idos de 50, 60 e 70.
Os fazendeiros daqui não moram aqui. São de São Paulo, RJ e de outras regioes do sudeste e sul.
Quanto a este rapaz, que na nossa epoca podemos batizá-lo de "maluco" do bem estar social dos indigentes e sem terras de verdade. Maluco?
Quem é maluco? Acho que este rapaz é um idealista, coisa que anda faltando em nosso país. O PT está perdido, na mão do PMDB e vem este rapaz doutrinado pelo sonho de um Pará melhor. Quem nunca pensou como ele? Quem nunca quis ser "maluco"?
Vivemos em um mundo totalmente capitalista onde o que pesa mais é o poder da prata. Perdemos o sentido da vida para com o proximo. Achei bacana a atitude transloucada dele. Ele precisou SACUDIR as instituições públicas. Não fez de maneira DEMOCRATICA e PACÍFICA mas, Valeu.
Eu tenho andado muito no Pará, dentro dos assentamentos e fora e vejo muitos absurdos.
É preciso um outro "maluco" deste para protestar contra o governo municipal, estadual e federal denunciando o roubo dos contribuintes feitos por ALGUNS membros destas instituições.
"Maluco", novem,bro de 2009, de algum lugar do Pará.
Postar um comentário