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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Deserto

Há três semanas sucessivas falta água da Cosanpa na Folha 17 da Nova Marabá. Da empresa, nenhuma explicação. Poucos reclamam porque a maioria tem poço no quintal. Quem não tem, dane-se. Da parte do governo, o bafão de boca: R$ 160 milhões para resolver o problema. Até aqui, porém, nada mudou: tudo continua como nos anos passados.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu acho que a maioria não tem poço. Moro na 17 e semana passada tivemos que ir tomar banho na casa de parentes. Lavar roupa então, nem pensar. Fiz uma reclamação na cosanpa mas do que adianta? Cadê o MPE e o MPF nessas horas?

Ademir Braz disse...

07:11,
deixa lhe dizer. Moro na F17 desde 1989, abril 9, portanto há 21 anos. Boa parte da Folha possuia, naquela época, umas casas populares construídas em madeira e tijolos, as primeiras da Cohab, as segundas da Caixa (a minha é uma dessas). Desde então, tenho vista a transformação do bairro, agora preferencialmente ocupado por prédios para locação (em pequenas kitnets) para estudantes do Campus II, aqui mesmo. Na minha quadra havia um terrenão, metade do quarteirão,que pertencia à CEF. Agora possui várias construções de pavimento para aluguel e a nova escola Pingo de Gente. Todos têm poço escavados, a que chamam erroneamente de "artesiano". Na quadra defronte, há outra dessas construções, também com poços. Da banda esquerda da minha casa, a maioria tem água independente da Cosanpa. Se eu pudesse, também teria.
Como a folha é irregular, inclusive várias casas foram construídas sobre grotas aterradas (antigamente havia aqui até um açaizal),a parte baixa às vezes não falta água. Exatamente por estarem abaixo do nível mais alto do bairro. Minha casa, por exemplo, está pelo dois metros abaixo da casa dos fundos, que dá para a outra face da quadra. Ainda assim, neca de água.