Pages

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Negociatas

Colho do blog do deputado Parsifal esta explicação bem ilustrativa do que pretendem setores evangélicos com apoio a candidaturas majoritárias. O título é "Religião e política", mas bem que poderia ser a máxima franciscana "É dando que se recebe".


A religião e a política têm estado em biunívoca correspondência desde que o gênio humano sistematizou ambas: tempo houve em que aquela assinava as cartas desta. 
O pentecostalismo no Brasil teve dois marcos iniciais: a Congregação Cristã do Brasil, em São Paulo, em 1910, e a Assembleia de Deus, em Belém, em 1911.
Os pentecostais seguiram tímidos até o inicio dos anos 80, quando começou a expansão que se constata hoje.
Há aqueles que pregam, inferindo estatísticas otimistas, que os evangélicos, em 20 anos, serão maioria no Brasil.
Não poderiam, portanto, os políticos, passar ao largo das denominações evangélico-pentecostais que, embora estejam muito aquém em número da esmagadora maioria católica, cultivaram a característica de votarem em bloco, dando carenagem formal significativa ao candidato ao qual declaram apoio.
Assim, tão ou mais importante que dizer que um candidato tem apoio de um partido, é declarar que a "Assembleia de Deus", "fechou", com ele.
As denominações se erigem em um sistema "político" quanto a hierarquia na qual se estruturam. As disputas internas para presidir as diversas convenções, que reúnem um determinado numero de campos, que por sua vez são segmentos da mesma igreja, guardadas diferenças de métodos, são processos eleitorais.
No Pará, a quase centenária Assembleia de Deus, viu-se dividida em dois segmentos, sendo que a liderada pelo Pastor Gilberto Marques, "fechou" com a governadora Ana Júlia.
A outra parte da mesma denominação, liderada pelo Pastor Samuel Câmara, ainda está "em aberto".
Há ainda, com foco mais condensado no Sul e Sudeste do Pará, um outro ministério da Assembleia de Deus, o Madureira, cuja convenção reúne cerca de 500 igrejas na região.
Foi em busca de apoio político desta convenção, que nos fizemos a Xinguara, neste passado final de semana, quando estivemos reunidos com toda a diretoria do Ministério.
O apoio da Assembleia de Deus, Convenção Madureira, à candidatura majoritária do PMDB, tem significativa representação político eleitoral: a denominação está presente em todos os municípios do Sul e Sudeste do Pará.
Ainda poderá, a Madureira, acostar à candidatura majoritária do PMDB, o apoio da igreja da posição Norte e Nordeste do Estado, com menos inserção que no Sul e Sudeste, mas não menos importante do ponto de vista estrutural.

Nenhum comentário: