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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Madeireiras denunciadas

500 fornos carvoeiros na região

Em reportagem especial para O Estado de S. Paulo, o jornalista Carlos Mendes garante que vinte dias antes de ser morto a tiros, o casal de líderes extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo enviou documento ao Ministério Público Federal de Marabá denunciando o envolvimento de três madeireiras da região de Nova Ipixuna, no Pará, em crimes ambientais: as empresas Tedesco Madeiras, Madeireira Bom Futuro e Madeireira Eunápolis, e mostra que a reserva de mata densa foi quase toda destruída para retirada de madeira. “No mesmo dia em que a denúncia foi protocolada no Ministério Público, 4 de maio, o procurador Tiago Modesto Rabelo pediu informações ao Ibama sobre os danos provocados por estas madeireiras na área de preservação do assentamento Agroextrativista Praia Alta Piranheira, onde os líderes atuavam. Além do casal, nove assentados assinaram o documento.”
Uma das denúncias, acrescewnta Carlos Mendes, é a produção de carvão na região usada para abastecer empresas do pólo siderúrgico de Marabá. De acordo com os assentados, na área existem 500 fornos de carvão construídos nos lotes das famílias. Para derrubar a floresta, as empresas pagam R$ 30 pelo metro cúbico de madeira cujo valor no mercado internacional atinge R$ 1,2 mil. "Os assentados mais frágeis e entusiasmados com a possibilidade de ganhar dinheiro se submetem a essa exploração", diz o documento.

Um comentário:

Delman Santos disse...

Impunidade no Pará. Orgulho de que mesmo?
Eu fico triste com o a realidade do nosso Estado. Uma rápida reflexão nos deixa envergonhados, veja: Educação (a pior, pelos números do IDEB, estamos abaixo da média nacional); Desmatamento (quando alguém resolve combater é assassinado), mandantes continuam impunes, alguém ai pode citar um caso que algum fazendeiro foi julgado, condenado que está preso?); pobreza (saneamento básico, oportunidade de trabalho, educação e ambiente para um a vida promissora, vamos para sonhar, o governo federal oferece uma “bolsa-esmola” ajuda as pessoas a permanecerem nessa situação de miséria e cria dependência. “quem vai ser contra quem os alimenta”. Tudo para políticos se perpetuarem no poder); corrupção (caso da Alepa e inúmeros outros casos, como o de Parauapebas, que segundo um vereador de lá, não foram 700 milhões que o prefeito Darci Lermen desviou, foram somente 500 milhões, só, nem um centavo além disso “presidente da Vale não sabe fazer cálculos”; violência (mais de 70 mortes, só relacionadas ao campo, quase 50% das mortes de todo país), e mais, Itupiranga e Marabá e estão entre as cidades mais violentas do país; Exploração infantil e violência contra a mulher (o Pará lidera os dois segmentos vergonhosos). Estradas ruins... desculpe Ademir, desabafei, mais acho que tudo é um conjunto (resultado) dessas demandas, não tenho muito do que me orgulhar em ser paraense. Um grande abraço, saudades amigo.