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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Coisas...

do blog Sul do Pará, nesta sexta:


Diário Online: Três mil sem-terra promovem caos em Marabá

"Após quase nove horas de interdição, cerca de 3 mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem-terra desocuparam, na tarde de ontem, o KM 120 da rodovia BR-230, conhecida como Transamazônica. O protesto teve o objetivo de chamar a atenção do Incra para a regularização dos assentamentos na região e resultou num verdadeiro caos para cerca de 100 mil pessoas em Marabá.
O acordo foi intermediado pela juíza titular da Vara Agrária Regional, Cláudia Regina Moreira Favacho Moura, e pela promotora agrária Francisca Suênia Fernandes de Sá, e prevê que 20 integrantes das entidades de trabalhadores rurais se desloquem até Brasília para iniciar uma rodada de negociações com diversos órgãos ligados à reforma agrária.
O coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri), Francisco de Assis Solidade da Costa, lembrou que a solução seria que houvesse uma reforma agrária exemplar na região.
“Estamos no limite, sabemos dos transtornos causados à população, mas é a única maneira de sermos ouvidos. São anos de descaso e os trabalhadores estão abandonados”, comentou. (Diário do Pará)"
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Estive dois dias em Parauapebas e, no retorno, não consegui chegar a meu local de trabalho na Cidade Nova. Os acampados do Incra bloquearam duas vezes a ponte sobre o Itacaiúnas. 
Entendo a posição dos camponeses. 
Mas fico me indagando sobre quantas pessoas deixaram de fazer perícia no INSS, quantos perderam audiência no Fórum, Ministério Público e na Justiça Federal, quantos trabalhadores no comércio, na indústria, no aeroporto e nos serviços de assistência técnica, entre outros, não puderam chegar a seus locais de trabalho.
Quantos outros, igualmente, não puderam chegar a suas moradias ao longo da Transamazônica.
É complicado.  

2 comentários:

Anônimo disse...

A sociedade não pode pagar mais ainda do que já se paga para estes senhores desocupados ficarem fazendo o vandalismo,ameaças e desrespeitando a Constituição que asegura ao cidadão o direito de ir e vir, que democracia é esta que só estes vandalos tem direito, e os cidadões de bem não tem o direito de ir ao seu trabalho ou mesmo voltar para seu lar? e os Governos Federeal e Estadual não movem uma palha para colocar ordem neste municipio, depois reclamam que a cidade é violenta mais a grande culpa são dos governantes que estão vendo a cituação ser criada e não fazem absolutamente nada para garantir a segurnaça da população humilhda por estes desocupados. A reforma Agraria tem de ser feita, mais não desta forma colocando milhares de pessoas refem destes Sem Responsabilidades.
Carajaense.

José Pereira disse...

Lamentável sob todos os aspectos o que se tem observado ao longo dos dias em que a área do Incra e entorno está sendo ocupada por pretensos “sem terra”, pretensos, digo, porque se observarmos, como tive oportunidade, veremos que muitos deles tem as mãos isentas de calos e jamais viram o cabo de um instrumento agrícola.Para engrossar o caldo, como se diz, arrebanharam, no laço, pessoas pelas margens das estradas, calçadas e becos, travestindo-os de “sem terra” para atazanarem a vida da massa trabalhadora e produtiva de Marabá.Se fosse uma familia qualquer que deixasse suas crianças na promiscuidade daquele “acampamento” e nas condições sub humanas em que lá se encontram, por certo o MPE, o MPF e o Conselho Tutelar já teriam passado por lá e as teriam enquadrado.Mas os “sem terra” estão acima do bem e do mal e tem carta branca para praticar toda ordem de atrocidades sem temor nenhum da punição.A verdade é que a reforma agrária nos moldes em que vem sendo feita é uma falácia e se resume, simplesmente em tirar terras de uns e dar a outros, sem torná-las produtivas.São quase quinhentos assentamentos em nossa região e até quiabo e maxixe que crescem como mato, vem de fora, pois neles nada se produz.Em lugar de serem agricultores e produzirem alimento, que é a finalidade precípua da reforma agrária, a maioria quer ser “fazendeiro” que eles tanto execram e tem pasto e cabeças de gado em seus mini lotes.Não é para isso que se faz reforma agrária. Ou se dá uma guinada e põe-se esta gente para trabalhar e produzir, de verdade,ou continuaremos vendo os “sem terra” sendo apenas e tão somente massa de manobra de lideranças incapazes de sustentarem um diálogo técnico e negociarem em nivel com as autoridades que as criaram e agora estão sendo devorados por elas.