Pages

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Desgoverno é assim: sem fornecedor, sem cirurgia

No Correio do Tocantins on line

27/01/2012
 HMM está sem realizar cirurgia ortopédica
 
Desde a última semana, o Hospital Municipal de Marabá está sem realizar cirurgias ortopédicas porque a empresa Síntese, que fornecia material de órtese e prótese, como parafusos e pinos, deixou de atender o município. Com isso, várias pessoas que dependem de cirurgia de emergência nesta especialidade têm de recorrer a outras casas de saúde.
O Jornal foi alertado por um leitor, dando conta que neste mês de janeiro estava fazendo aniversário de três meses que as cirurgias eletivas não são mais realizadas no único hospital público de portas abertas para essas demandas em Marabá. Além disso, as cirurgias ginecológicas, para realização de laqueadura e esterectomia, por exemplo, também estão suspensas, causando uma fila enorme de espera para esterelização e retirada de mioma do útero.
As queixas não são apenas dos médicos. Há muitos pacientes que aguardam serem chamados para cirurgias eletivas, aquelas que não se revestem das características de urgência ou emergência, ou seja, quando ele não está sob o risco de vida imediato ou sofrimento intenso, podendo ser efetuada em data uma escolhida por ele ou pelo médico, desde que esta data não comprometa a eficácia do tratamento. O problema é que agora vários desses pacientes já têm a saúde comprometida pelos adiamentos.
A reportagem do CT procurou a coordenadora do Departamento de Média e Alta Complexidade da Secretaria Municipal de Saúde, enfermeira Percília Augusta Santana, que confirmou a paralisação parcial dos serviços, justificando que ainda no ano passado elaborou um dossiê sobre sobre o Centro Cirúrgico do HMM, enumerando as carências daquele setor para que sejam realizadas com segurança as cirurgias eletivas e ginecológicas. “Outra empresa deve assumir nos próximos dias o fornecimento desses produtos. Não é por falta de pagamento que a empresa saiu de Marabá, mas por alegar que a demanda não era tão grande, e que por isso não compensava financeiramente”.
Problemas de infraestrutura e a falta de equipamentos são deficiências crônicas que levaram à paralisação das cirurgias no HMM. Percília lembra que desde o ano passado, por várias vezes, o município tentou restabelecer uma parceria com o Hgumba (Hospital da Guarnição de Marabá) para que algumas das cirurgias fossem realizadas naquela casa de saúde, com custos pagos pelo município mas, apesar dos vários pedidos, nunca houve resposta.
A Secretaria Municipal de Saúde também tenta restabelecer a parceria para cirurgias com o Hospital Santa Terezinha, inclusive por recomendação do Ministério Público, mas aguarda adaptação que ficou de ser realizada.
Para que as cirurgias eletivas voltem a acontecer no HMM, será necessário realizar uma reforma e adaptação daquele setor, o que deverá acontecer em cerca de 90 dias. “Por isso precisamos de outros hospitais como parceiros, para que a comunidade não fique desassistida de cirurgias de emergências durante o período da reforma”, explica Percília.
Várias licitações, segundo ela, já foram realizadas e equipamentos, produtos e medicamentos estão sendo adquiridos no início deste ano, com investimento da ordem de R$ 6 milhões por parte do município.
A enfermeira reconhece que falta material para realizar algumas cirurgias, mas que isto, geralmente, não é impedimento para o trabalho dos médicos, conforme alguns deles atestaram. Para resolver o problema das cirurgias ginecológicas, a Secretaria de Saúde está negociando com um grupo de médicos do município para terceirizar o serviço. Eles ficaram de ir ainda esta semana ao HMM para avaliar as condições do Centro Cirúrgico e dar um parecer se é possível ou não trabalhar nas condições atuais. “Em relação às cirurgias ortopédicas, estamos transferindo o serviço para um hospital prestador, enquanto assinamos contrato com outro fornecedor de órtese e prótese”, explica Percília.
Entre as condicionantes da Alpa (Aços Laminados do Pará), a Vale comprometeu-se a reformar e ampliar o Hospital Municipal de Marabá. Várias reuniões foram realizadas, a mineradora prometeu ajudar o município na gestão dos dois hospitais e até na Secretaria de Saúde, mas até agora nem uma coisa nem outra. (Ulisses Pompeu)

3 comentários:

ASDAM disse...

Enquanto isso a comissão montada pelo prefeito municipal seque sem ser incomodada uma onda de perseguição as funcionários da prefeitura .
Cadê as nossa autoridades onde anda esse ministério publico, policia federal ministério publico federal . que não ver essa onda de enriquecimento ilícito todos eu digo todos da comissão estado ricos e bem ricos sorrindo da comunidade digo só de contas a pagar da prefeitura que não tem como ser paga legalmente.mas 12 milhões de reais estão começando uma onda licitações forjadas que não da pra si imaginar caro Ademir o que nos como cidadão podemos fazer trator parado que nunca funcionou da dona Adriane Nunes , casas apartamentos e carros importados da dona ROZICLEIDE líder e cabeça pensante de toda quadrilha . grato ASDAM

Anônimo disse...

É simples ASDAM: Vote e peça votos para o candidato a prefeito do PSOL.

Anônimo disse...

Parados e uma pinoia os medicos tem contratos ortopedistas independente do numero de cirurgias e o pagamento mensal continua rolando parado o que o povo..???