Não foi só nas secretarias de Finanças e de Obras que o
Ministério Público Estadual andou rastreando indícios de malversação de
dinheiro público. Segundo uma fonte, o MPE também esteve na biblioteca Orlando,
semana passada, investigando a suposta compra de 40 mil exemplares de livros de
duas editoras de Belém no valor de R$ 6 milhões do Fundeb.
Os supostos armadores do esquema teriam até distribuído
livros para algumas escolas, “só que o documento que comprova a entrega na
escola só tem uma via; teve uma diretora que exigiu tirar copia do documento, e
na conferencia do material entregue e o escrito no papel, logo percebeu que
havia um erro grotesco, a secretaria dizia no documento de controle de entrega,
que estava entregando 120 livros, mas na verdade só entregou 60”, diz a fonte.
Os livros, sustenta a fonte, nada teriam a ver com a clientela
infanto-juvenil, “como exemplo foram comprados vários exemplares da Historia da
criação do Estado do Amapá, Historia do Estado do Amapá e assim vai. Ou então,
mapas de Belém e Região Metropolitana”, que de forma alguma interessariam às
crianças marabaenses.
Um comentário:
Caro jornalista Ademir Braz.
Impressionantes a ganância, a insensibilidade e a fúria devastadora da corrupção que grassa no meio político e público brasileiro.No momento em que se discute a reforma do Código Penal e que se pretende criminalizar o enriquecimento ilícito, faz-se necessário que a sociedade se movimente, arregimente-se, para impedir que a Câmara e o Senado modifiquem o anteprojeto e retirem este dispositivo, pois não é costumeiro que legislem contra seus próprios interesses.Em Marabá, infelizmente, cultura também é corrupção.
Postar um comentário