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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

As alcovas das eleições da AMAT

No Parsifal Pontes:

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Na sexta-feira (22), a Associação dos Municípios do Araguaia-Tocantins (AmatCarajás) elegeu, com 25 votos, o prefeito de Tucuruí, Sancler Ferreira (PPS), para presidi-la em 2013. O prefeito de Marabá, João Salame (PPS), obteve 11 votos.
Eleições em colegiados pequenos são favas contadas para qualquer governo, mas as despesas para contar as favas estão cada vez maiores para o erário.
> Em 2011 a conta pode ter chegado a R$ 50 milhões
Na última eleição da AMAT (2011), quando o governo elegeu o ex-prefeito de Tucumã, Celso Cardoso, a planilha das continências veio à tona: ummanuscrito, de punho do próprio Celso, revelou que o prato de resistência foi a distribuição de 90 quilômetros de asfalto.
O governo não cumpriu todo o compromisso, mas a parte liquidada pode ter beirado os R$ 50 milhões. Para quem nada tinha, a metade do cobertor aliviou o frio.
> Em 2013 a conta subiu
Nesta eleição de 2013, já na quinta-feira (21), o Secretário de Obras do Governo, Joaquim Passarinho, acompanhado de áulicos, desembarcou em Marabá para avalizar os votos do dia seguinte.
Na sexta-feira (22), os prefeitos contabilizavam o que haviam conseguido para eleger Sancler Ferreira: como o governo não admitia ser derrotado pelo prefeito de Marabá, (que já foi aliado e é hoje um dos seus mais ferrenhos desafetos) a caneta do Passarinho foi bondosa.
Pelo que se ouviu, a conta ultrapassou os 200 km de asfalto, fazendo com que o preço da eleição da AMAT esse ano possa beirar os R$ 150 milhões.
> Altaneira Polícia Militar
Embora eu já tenha visto bois voarem, desta vez houve um compromisso inusitado: foi prometido a um prefeito, além do asfalto, a garantia de que a Polícia Militar vai retirar os invasores da sua fazenda. É a briosa prestando serviço eleitoral.
> Cínicos, estoicos e epicuristas
Não há juízo moral na narrativa e a prática não é invenção dos tucanos. Como os governados querem mais que rezas, não é possível governar um Estado apenas com ave-marias: todos os governos se valem desses artifícios para conquistar e manter espaços de poder.
A diferença está apenas nos discursos: uns são cínicos, outros estoicos e há também os epicuristas. Os mais espertos, dependendo da ocasião, alinham-se com todas essas escolas no decorrer do dia: são os pragmáticos.

3 comentários:

  1. É doutor, se a sua conclusão é esta: "não há juizo moral nesta narrativa", pois a prática é de todos ou pelo menos a maioria dos governantes, então não tenho comentários a fazer, é decepcionante ouvir isso de V.Exa, me desculpe, o senhor e os atuais políticos paraenses são uma vergonha, pelo menos os que pensam assim !! basta !
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  2. É deputado, para tudo há sempre uma boa explicação: quando vocês ganham (o que não acontece faz tempo) é a vitória limpa, do prestigio e da força política; mas quando perdem, os votos foram comprados. Fico impressionado com as contas que o senhor faz, parece mesmo de quem é do ramo e sabe os detalhes das cifras. Deve ter o condão da adivinhação ou quer mesmo chutar o pau da barraca.
    Na verdade, a diferença dos votos (mais do que o dobro) diz tudo. Quem sabe não esteja na hora de rever esse projeto “juvenil” na política: nem os políticos, a exemplo dos resultados das últimas eleições, inclusive das associações dos municípios, e muito menos a população, quer esse tipo de política de volta. E olha que na eleição da Amat a tropa de choque do PMDB foi presente em Marabá, à frente Helder Barbalho e o deputado que comenta. Mas deve ter ido só passear, já que não “houve pressão”, nem mesmo sobre os prefeitos do PMDB, a julgar pelo resultado de 25 x 11.
    .
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    1. Você não leu a postagem toda, pelo visto. Eu não fiz avaliação moral alguma e isso está escrito. Eu não disse que quando nós ganhamos é limpo: não é. Eu disse que todos somos iguais. Se um dia chegarmos ao governo faremos igual: somos todos farinha do mesmo saco e eu já escrevi isso aqui. Eu sei do que estou falando e sei fazer contas. E advirto: a conta feita é cortado raso e considerando apenas o asfalto.
      Se quer defender o governo não há problema algum. Mas a sua contestação é sofrível e não destitui absolutamente nada do que está escrito.

5 comentários:

Anônimo disse...

Deram duas botinadas na canela do Parfisal. É bom ele lembrar como seu líder maior Jader, voltou ao Senado. Por aí dá pra vê a diferença entre eles e os outros.

Anônimo disse...

Demerval - Diretor do Sintesp-Marabá

As alcovas do sindicalismo marabaense...

nos estamos vendo fatos que não chegam a ser inusitados, pelo menos agora estão mais ostensivo.

Os sindicatos municipais saude, educação e servidores estão todos comprometidos e participando do governo salame.

O SINTEPP, ocupa uma diretoria com varios sindicalistas lotado na sede com portarias.Tomando pra si todas as questoões do governo, ate as medidas de arroucho.

SINTESP, representado pelo companheiro demerval, sindicalista conhecido também defende com unhas e dentes o prefeito salame.E claro tudo isso tem seu preço.A filha Daliane ganhou recentemente uma portaria de coordenação dentro da semed.

Na verdade só quem esta perdendo nessa historia somos nos servidores que sustentado esse município.

Anderson SLZ disse...

um bom post

http://hiltonfranco.com.br/mulher-de-itapecuru-mirim-ma-diz-ser-filha-do-senador-jose-sarney/

Anônimo disse...

os servidores de marabá deveriam criar vergonha na cara e fazer uma greve contra esses sindicatos comprados, isso sim....

Anônimo disse...

Os sindicalistas que se venderam ja perceberam que a batata ta assando.
como o governo que eles defendem e fazem parte vem massacrando os servidores e tendo um inicio de governo muito ruim,ja começam a se posicionar contra o prefeito. Mas so no discurso...pos estão todos encangados nos cargos da prefeitura.