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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Jornalistas do Liberal param em protesto contra demissões


A reportagem e parte da edição de O Liberal pararam hoje, 20, em protesto contras as demissões ocorridas nesta semana nos jornais Amazônia e O Liberal, do grupo ORM





Uma comissão de dirigentes do Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor) esteve reunida com os trabalhadores e foi recebida pelo editor-chefe do jornal, Lázaro Moraes.
Lázaro explicou que as demissões faziam parte de uma "reestruturação" do jornal. Segundo o editor, não haverá mais cortes. Ele se comprometeu em intermediar uma reunião entre a entidade sindical e a direção do jornal. A reunião deverá ocorrer na semana que vem.
Diz nota do Sindicato dos Jornalistas: Repudiamos as demissões. Na nossa avaliação, o jornal deveria contratar mais jornalistas, pois há sobrecarga de trabalho em todas as editorias. Das demissões, cinco foram a pedido do próprio trabalhador e dois eram contratos temporários vencidos. Os demais casos estão sendo analisados pela assessoria jurídica da entidade sindical, para possíveis reintegrações.

Opinião do jornalista Antônio José Soares
"Todos os jornais, no mundo, etão demitindo, pois estão perdendo mercado para as novas mídias. A justificativa é essa. Até a poderosa Folha de S.Pulo demitiu uma carrada de jornalistas, alguns amigos meus. A editora Abril está demitindo e assim vai. Mas o jornalismo não está acabando. Os profissionais devem se preparar para não ter patrões, para criar produtos que possam vender às empresas.
Não dá para ficar choramigando. É duro perder o emprego a certa altura da vida, mas a realidade capitalista é cruel. Mas tem trabalho na área de assessoria, de consultoria, de pesquisa e ensino. Não é só nas redações, cada vez mais reduzidas e sem brilho, que há vida inteligente. Desejo que os companheiros demitidos se recoloquem logo. E neste sentido, o Sindicato, ao invés de fiar só repudiando e tentando reverter as demissões, porém atua na busca de novas oportunidades para os desempregados. Não estou dizendo que é o Sindicato do Pará, mas todos os sindicatos do país". (Fonte: Sinjor, via Manuel Dutra)

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