Pesquisa divulgada pelo Procon nesta semana
informa que os grupos Claro, Itaú-Unibanco e Telefônica-Vivo lideraram pelo
segundo ano consecutivo o ranking das empresas com mais reclamações da
população de São Paulo em 2013. O grupo América Móvil - formado por Claro, Net
e Embratel - ocupou a primeira posição da lista, com 2.246 reclamações
fundamentadas (que não são solucionadas na etapa inicial do atendimento). Já o
banco Itaú recebeu 1.897 queixas e a Telefônica/Vivo teve 1.536 reclamações. Em
2012, estas três companhias ocuparam exatamente as mesmas posições. Diante das
inúmeras irregularidades constatadas, fica a pergunta do consumidor lesado:
será que estas empresas, que obtêm lucros estratosféricos, serão punidas pelo
governo?
Como diz o blogueiro Altamiro Borges, de São
Paulo, bancos e empresas de telefonia lideram o ranking das reclamações: 9 das
10 empresas mais reclamadas pertencem a esses segmentos bilionários. Nas
instituições financeiras, os principais problemas estão relacionados à cobrança
de tarifas, ao financiamento de veículos e às dificuldades para liquidação
antecipada de crédito consignado. Já entre as teles, a telefonia fixa é a
principal vilã, apesar do seu crescimento quase residual, com queixas dos
usuários sobre queda das ligações e cobrança abusiva, principalmente no
interior de São Paulo. Os pacotes “combos”, que reúnem diversos serviços,
também são outro foco de reclamações. De acordo com o Procon-SP, as ofertas não
são claras e há muitas dificuldades no cancelamento dos contratos. “Enquanto
penalizam seus clientes com péssimos serviços, os bancos e as teles continuam
liderando também o ranking dos lucros no Brasil.”
Ano passado, a Comissão de Defesa do Consumidor
da Câmara dos Deputados realizou uma audiência pública em novembro para
discutir as tarifas da telefonia no Brasil. Os deputados questionaram as
operadoras a respeito de um dado alarmante para o bolso do brasileiro: o preço
alto das ligações feitas pelo celular. O valor da tarifa por minuto no Brasil é
o mais caro do mundo. Na mesma oportunidade, o deputado César Halum (PRB-TO)
chegou a propor a instalação da CPI da Telefonia para investigar relação entre
Ministério das Comunicações, Anatel e operadoras de telefonia móvel no Brasil,
proposta que, naturalmente, não foi adiante.
Em Marabá, a Associação Nacional de Consumidores
de Energia Elétrica e Telecomunicações (Anacel) informa ter notificado nessa
quinta-feira (20) a Vivo para prestar esclarecimentos sobre a falta de
comunicação dos telefones de Marabá no período de dez da manhã às três da
tarde.
A Anacel tem sede à Travessa Lauro Sodré com
Avenida Antônio Maia, na Marabá Pioneira, possui personalidade jurídica e é
presidida pelo Sr. Jadwilson Sousa dos Santos. Ele fundamenta sua petição no
art. 22, parágrafo único do Código de Defesa do Consumidor, que obriga os
órgãos públicos, por si ou suas empresas concessionárias, permissionárias ou
sob qualquer outra forma de empreendimento, a fornecer serviços adequados
eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.
O prazo da Vivo para responder é de apenas cinco
dias.
O pedido de explicações deveria ser também
levado à Tim, que passou grande parte da tarde e noite quarta-feira
completamente muda: no visor do celular aparecia chamada em andamento, mas não
se ouvia sinal algum porque não se completava a ligação.
As empresas de telefonia costumam estar entre as
campeãs de reclamação nas instituições de proteção ao consumidor.
Em todo o país multiplicam-se manifestações de
protesto contra a má qualidade desses serviços.
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