“Um dia antes da intervenção do Banco Central no Banco
Santos, em 2004, Sarney resgatou da sua conta bancária mais de R$ 2 milhões. O
MPF (SP) suspeitou que o parlamentar teria informação privilegiada. O inquérito
só foi remetido ao STF no dia 19/5/14, dez anos depois. O Procurador-Geral da
República pediu a prescrição porque Sarney já tem mais de 70 anos (a prescrição
de 12 anos caiu pela metade). Ou seja: crime já está prescrito. Dias Toffoli
(no STF) arquivou o caso. Sarney está livre do crime, “se é que aconteceu,
disse o PGR”).
O inquérito tramitava na 6ª Vara Criminal da Justiça Federal
em SP. Em maio de 2014, dez anos depois dos fatos, foi remetido o inquérito
para o STF, porque José Sarney é parlamentar, que deve ser julgado pela Corte
Suprema. Na plano penal, o arquivamento se tornou inevitável. No plano
criminológico, esse caso possui uma riqueza de detalhes impressionante, a
confirmar a tese de que o Estado brasileiro se tornou (também) um grande crime
organizado.”
O texto entre aspas é parte de extenso trabalho publicado
pelo advogado Luiz Flávio Gomes (dono da LFG, instituição de ensino de
Direito), é expõe cruamente a organização “mafiosa” dos bastidores da alta
política brasileira. Vale a pena ler.
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