sábado, 10 de novembro de 2007
Pela perda da inocência
A cada vez que em Marabá ocorre um crime que chama atenção pela barbaridade e por ter acontecido de uma forma mais pública, a cidade fica num estado de “deus nos acuda”, em vão. Mas por que em vão?. deverão me perguntar os “inocentes”. Porque os apelos não são capazes de chegar a sensibilizar os deuses da desgraça.
Hoje, a guerra e as desgraças fazem parte da mais recente estratégia de acumulação capitalista. As armas e as bombas são mercadorias, assim como o arroz e o feijão. Precisam ser consumidas e comercializadas para gerar riquezas para poucos, e para tanto precisam cada vez mais de um mercado garantido.
Como os Estados Unidos tratam o planeta e, especialmente, o Brasil? Como seu grande espaço de manobra para garantia de sobrevivência de sua economia. Que todos países possam receber seus produtos e conceder-lhe o direito de apropriação dos recursos naturais (petróleo, carvão, minério...). Os EUA tratam os governos dos demais países como capachos.
Os países se tornam cada vez mais vulneráveis, por negociarem suas soberanias. Mas não é só por isso que os países se tornam vulneráveis, mas também pelas suas políticas internas. O que faz o governo brasileiro para manter-se no cargo? Alianças. Com quem? Com a escória da política brasileira. Passando por calheiros, sarneys e barbalhos. O PT precisa cada vez mais de delúbios.
Os governos não estão preocupados com a organização da sociedade de modo a garantir harmonia e tranqüilidade para a população. A ordem do dia é desenvolver planos estratégicos que possibilitem suas permanências por um longo período na condição de governo. Tudo se torna fantasia e de caráter publicitário.
Mas tudo isso faz muito bem para uma pequena parcela da sociedade, que concentra a riqueza gerada pelos trabalhadores. Parcela esta que concentra poderes, define políticas e gerencia o Estado brasileiro, enquanto o governo ocupa seu tempo com o gerenciamento e manutenção de cargos.
É pura ignorância acreditar que a democracia burguesa seja capaz de atender os anseios da população pobre e desamparada. Esta população ainda tem que lutar muito pelas transformações necessárias para construção de uma outra realidade. Tem que deixar de acreditar nas ilusões espalhadas pelos politiqueiros.
Sem transformações radicais, os pobres e desamparados só tendem a aumentar. Nos últimos cem anos a população mundial passou de 1,6 para 6 bilhões de pessoas. Para ser mais claro: passou de UM bilhão e SEISSENTOS MILHÕES para SEIS BILHÕES de pessoas.
Deste universo da população, 850 milhões são ricos, 2,75 bilhões são de pobres e classe média, e 2,4 bilhões são de miseráveis, para os quais o mundo capitalista já tem como fora da humanidade, considerando que para estes só resta a morte.
Percamos a inocência e vamos à luta. (Raimundo Gomes da Cruz Neto)
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