quinta-feira, 5 de junho de 2008
Vivências
Brincávamos à sombra das palmeiras ou namorávamos nos bancos sob a luz de luminárias que pareciam os lampiões de outrora, em frente à maçonaria da praça histórica. Faz tantos anos. Dia desses parei em frente àquele casarão e fiquei explodindo em lembranças das noites na Praça Duque de Caxias, dos amigos que o tempo levou, dos amores em regra doloridos, das palmeiras reais que desapareceram, rostos, mãos, afagos, alguém dizendo que lá dentro existia um bode preto e monstruoso, e o cheiro do rio subindo pela minha pele como um incenso.
Eu nunca vi o bode mitológico! Mas lá dentro do casarão quase centenário tem uma acácia, que hoje me é conhecida, e que passa todo o tempo esparramada em flores.
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