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terça-feira, 12 de agosto de 2008

Língua do K. De kãibra

A Justiça Eleitoral de Bom Jesus do Tocantins, vizinho fronteiriço de Marabá na área da BR-222 (ex-PA-70), andou com dificuldades em relação a certo candidato, representante das minorias indígenas, cujo nome, como diz Tony Francisco, “dá cãibras na língua”. O cidadão pleiteou, de início, uma candidatura à Câmara e teve seus documentos devidamente registrados. Depois, convencido sabe-se lá por quem, converteu-se em candidato a vice de alguma liderança, coisas que, por fim, são absolutamente casuais e irrelevantes. O importante, de fato, é que a Justiça Eleitoral andou preocupada com a falta de alternativa legal, segundo dizem, para cumprir a obrigatoriedade de aposição do nome do candidato na cabine de votação, espaço demasiado pequeno, cogitando até se não seria necessário um out-door para contê-lo. Afinal, chama-se Pepkrakte Jukukreikapiti Ronore Kaonxari, aquele que pode vir a ser uma liderança futura na próspera comunidade de Bom Jesus do Tocantins. A questão atraiu a atenção de todos: como resolver esse problema? Então deu-se que alguém sugeriu: – Bota Zeca Gavião, o apelido dele... Medida espantosamente simples, aleluia, e que resultou na satisfação geral de políticos e eleitores de Bom Jesus do Tocantins. É verdade que uma criança, leitora de quadrinhos, lembrou que Zeca Gavião é inimigo figadal do malandro Zé Carioca, paixão da Rosinha e amigo do Antenor. Mas isso também não em a menor importância.

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