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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Impunidade em Itupiranga

O assassinato do técnico em agropecuária Israel Moraes de Oliveira, 33 anos, no último 25 de novembro, em Itupiranga, ainda causa indignação entre trabalhadores rurais e militantes de organizações não governamentais envolvidas em assistência aos assentamentos desta região. Rael”, como o chamavam, foi brutal e covardemente assassinado quando seguia para o PA Uxi, a 25 km de Itupiranga. No caminho ele foi interceptado por dois assaltantes encapuzados, que lhe tomaram a moto, mandaram-no deitar-se no chão, de bruços, e o executaram sem apelação. Estava vestido da camisa da Copserviços. Natural de Itupiranga, onde deixa esposa e dois filhos órfãos, Israel Oliveira trabalhou na prefeitura e há mais de 02 anos ingressou como cooperado da Copserviços, que atua a serviço do Incra. Afastado dos seus compromissos, Rael foi candidato a vereador pelo PT, não tendo sido eleito, e pretendia retomar suas atividades de técnico a partir de janeiro. Em nota pública, a Coopserviços lamenta a morte do companheiro e denuncia: “Apenas este ano, vários cooperados foram vitimas de violências e constrangimentos; quatro motos e pertences foram roubados; a nossa sede foi assaltada em pena luz do dia; teve vários casos de ocorrência de “saidinhas”; no mês de janeiro uma técnica nossa, durante um assalto, foi violentada sexualmente e agora nosso “Rael” assassinado. Todos esses fatos foram devidamente registrados nas delegacias de policia civil; os casos de violência física foram denunciados também no INCRA, na Ouvidoria Agrária, na delegacia da Mulher de Marabá, no Ministério Público Estadual, na Secretaria de Segurança do Estado. No entanto, nada sabemos sobre as investigações, ou tomada de providências para punir o(s) responsável(eis)”. “Esses fatos, acrescenta a nota, vêm se somar aos crimes contra o patrimônio, freqüentes e corriqueiros na nossa região. Essa situação se torna ainda mais insustentável quando se trata de agressões físicas e crimes contra pessoas. Instalou-se um clima de medo e terror, em toda nossa região e, em particular, na área rural que parece ser abandonada a criminalidade. Queremos que a execução do nosso companheiro seja apurada e que os culpados recebam a punição prevista na nossa legislação penal. Não queremos que esse fato se some à interminável lista da impunidade e da banalidade.”

Um comentário:

Anônimo disse...

Cade a Silvia Mara, que nãomanda apurar esses Crimes. será que está aguardando ordens do Ferreirinha.
Meu Deus