Pages

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Há coisas que não mudam. Nem a pau

O Águia de Marabá mudou de cidade, mas mantém a escrita: ganha uma, empata a outra e perde a terceira; perde a quarta, talvez empate a quinta, quem sabe ganhe a sexta. Na linha de frente, nenhum finalizador eficiente: acertar apenas a trave não leva a equipe a lugar algum. Atrás, a defesa (com canelas de vidro, desafeitas a bolas divididas e sem raça para o combate) é a generosa mãe de todo atacante adversário. No somatório do déficit, os erros de sempre: time desgarrado, cambaleante, desconjuntado entre cabeça, tronco e membros. Problemas hoje agravados com a falta de fôlego da equipe, condição que parece ter ido embora, solidária ao demitido e injustiçado preparador físico Primo, prata da casa, eleito o melhor do Pará em 2008. Primo foi trocado por Saçço, que dita regra sobre “jogadores que precisam treinar fundamentos”. Haja saco! Se ele já tem a solução, por que não a emprega? Agora, continuar a perder para o Ananindeua (de quem foi e é freguês de caderneta) de goleada desta vez, e em seguida resgatar dos escombros o fantasma do Clube do Remo, pálida caricatura de tempos heróicos que não voltam mais, é o fim da picada. Acho que o Águia odeia seus torcedores. Como toda ação gera uma reação, torcedor manda carta ao Correio do Tocantins sugerindo que o treinador Galvão “tem que voltar para o emprego dele e ser só diretor, isso eu concordo, mas treinador ele não é”, porque “ele mexe errado, escala errado também”. Mangulão, o torcedor, disse a mesma coisa que Hortêncio César, parceiro de sofrimento, para quem Galvão não tem esquema tático nem competência para preparar a equipe. Do outro lado, Ferreirinha diz que Galvão fica e este assegura ser normal que em fase ruim time e técnico recebam críticas. Ninguém falou em melhores perspectivas... De sorte que bastaram apenas quatro rodadas para o Águia pebano desabar da primeira para a sexta colocação, fora da zona de classificação.

Nenhum comentário: