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sexta-feira, 7 de maio de 2010

A Vale, em Minas

Integrantes do Movimento Contra a Barragem de Rejeitos em Raposos e Caeté (MG) estão mobilizados contra a mega-obra do pacote do “Projeto Mina Apolo” que a Vale quer construir na calha do Ribeirão da Prata, que passa dentro de Raposos. Este curso d’água é tido como o único fator de potencial turístico da cidade de Raposos, conforme estudos do Plano Diretor Municipal, que diagnosticou a vocação ao turismo sustentável e ambiental do município. Nele, a Vale quer construir uma barragem de rejeitos (lama e arenoso, vindos dos municípios de Santa Bárbara e Caeté), à montante da cidade (menos de 10km), dentro da calha do Ribeirão da Prata. Raposos é um município mineiro infelicitado pela exploração mineral: sua bandeira tem a cor roxa representando as viúvas dos mineiros mortos pelo mal do pó de pedra - a silicose -, que envenena os trabalhadores. O Movimento alega que a obra da Vale, que tem anuência municipal, contraria a legislação ambiental, inclusive a que cria o Parque Municipal de Raposos - Ribeirão da Prata, “a última reserva dos recursos hídricos da margem direita do Velhas, com alta relevância para o Rio das Velhas e, conseqüentemente, para o futuro sustentável da região metropolitana.” Mas a luta está difícil. Embora tenha o apoio de outras ONGs, os integrantes do Movimento Contra a Barragem, são desqualificados pelos poucos beneficiários do projeto como “moleques, irresponsáveis, sem serviço e que estamos indo contra o desenvolvimento de Raposos”, até mesmo pelos vereadores e o prefeito “que foram eleitos para zelar pelos interesses do povo”.

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