Do blog de Waldyr Silva, do Pebas
Vinte e cinco famílias de colonos remanescentes da reintegração de posse da fazenda Santo Antonio, localizada a 26 quilômetros do centro de Parauapebas, às margens da rodovia PA-160, sentido Canaã dos Carajás , estão acampadas num curral desativado de criação de porcos .
Os outros trabalhadores sem-terra que ocupavam a área da fazenda Santo Antonio foram expulsos da propriedade rural pela Justiça no dia 12 de agosto deste ano , quando naquela oportunidade foram retiradas do local 58 famílias de sem-terra que estavam acampadas.
As 25famílias que estão instaladas precariamente numa pocilga da fazenda insistem em permanecer ali , na esperança de receber do Incra seus lotes para produção agrícola na propriedade .
Umaequipe de reportagem esteve no último sábado (01) na sede da fazenda Santo Antonio e conferiu a situação precária em que vivem as famílias , que alegam falta de saneamento básico , remédio , alimento , água tratada , transporte e assistência por conta de órgão fundiário .
Deacordo com Maria Adalgisa dos Santos , presidente do Assentamento Carajás II, o Incra de Marabá prometeu resolver a pendência de documentação das 25 famílias que sobraram da reintegração de posse até a semana passada , para assentá-las numa área reservada da propriedade rural , mas até o último sábado (01) a situação continuava pendente .
Àimprensa , a agricultora elencou um rosário de sacrifícios enfrentados pelos colonos , a começar pelas instalações onde se encontram as famílias , pois no momento em que houve o cumprimento do mandado de reintegração de posse da fazenda , no último mês de agosto , os barracos de madeira e de palha onde estavam acampados os sem-terra foram derrubados e queimados, de acordo com Maria Adalgisa.
Apresidente do Assentamento Carajás II acrescenta que crianças e adultos se misturam com animais como cachorros , galinhas e patos , isso sem falar no forte odor que exala do local onde até bem pouco tempo funcionou um chiqueiro de criação de porcos .
Maria Adalgisa mostrouum lago que reserva água da chuva onde as famílias colhem água para beber , cozinhar e lavar roupa , apresentando péssima qualidade , além de uma cisterna aonde o pessoal da fazenda , segundo a agricultora, chegou até a fazer necessidades fisiológicas.
“Apesar dessa situação de estar vivendo num chiqueiro de porcos , a gente agradece ao dono da fazenda em ter cedido este espaço para estas famílias , que aguardam com muito sofrimento a liberação dos lotes para trabalhar ”, frisa Maria Adalgisa. (Ronaldo Modesto/Waldyr Silva)
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2 comentários:
Isso é um desrespeito com o ser humano. Não acredito que ninguém deseje essa condição de vida.
Moço o INCRA é apenas um puta cabide de empregos, só isso. Se liga Mano!
CEBINHO
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