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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Pará do NÃO pode ficar sem hidrovia e exportação da Alpa


Com o cronograma de implantação da Alpa (Aços Laminados do Pará), no município de Marabá, já atrasado em dois anos, a Vale decidiu não mais esperar pela boa vontade do governo federal em garantir a plena navegabilidade do rio Tocantins. O presidente da Alpa, José Carlos Soares, afirmou ontem, na cidade de Marabá, que a empresa já vem estudando o uso da logística de sua ferrovia, a Estrada de Ferro Carajás, como alternativa ao abortado projeto hidroviário.
(Foto: Agência Vale)
A idéia da Vale, conforme frisou José Carlos Soares, é utilizar a ferrovia para trazer até Marabá os insumos necessários à operação da Alpa, como carvão e calcários. Também pela ferrovia deverá sair toda a produção do polo metal-mecânico de Marabá. Para o escoamento, a Vale estuda duas alternativas – o porto de Ponta da Madeira, em São Luís, ou o terminal portuário de Mearim, em Bacabeira.
A obra da hidrovia do Tocantins, que viria complementar as eclusas, deveria ter sido iniciada este ano, a um custo de R$ 520 milhões, para ser concluída em 2013. Ela consistiria no derrocamento de um trecho de 43 km no chamado Pedral do Lourenço, entre Marabá e Tucuruí, e em serviços de drenagem em diversos pontos do rio para remoção de bancos de areia. Se o governo tivesse mantido o seu plano de obras, a Vale poderia ter conservado também o seu cronograma, que previa a entrada em operação da Alpa em 2014. Agora, se prevê que ela possa começar a produzir em 2016.
A hidrovia do Tocantins começou a ir a pique mais uma vez no início deste ano, quando o governo federal anunciou um corte de R$ 50 bilhões no orçamento de 2011. Entre os projetos afetados pela decisão, estava precisamente o da hidrovia do rio Tocantins, que acabou inclusive retirado da relação de investimentos contemplados com recursos do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento. A reação política encetada no Pará levou o Ministério dos Transportes, através do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a acenar com uma versão mais edulcorada, embora considerada pouco verossímil desde o primeiro momento. Por essa versão, o projeto estaria apenas suspenso para ajustes técnicos, mas não cancelado.
Este foi o argumento utilizado pelo diretor de infraestrutura aquaviária do Dnit, Adão Marcondes Proença, numa reunião de que participou com empresários de Marabá no mês de outubro. Nesse encontro, promovido pela Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim), Adão Proença disse que as obras da hidrovia seriam futuramente retomadas, mas teve o cuidado de não estabelecer prazos. “O governo está desconversando”, foi a conclusão a que chegaram na época alguns dos participantes da reunião, já incrédulos em relação à retomada das obras.
Tampouco a direção da Vale parece acreditar nessa possibilidade. Ontem, em Marabá, o presidente da Alpa, José Carlos Soares, fez questão de reafirmar o compromisso da Vale com a implantação da siderúrgica, afastando enfaticamente os temores de que o projeto da Alpa também possa vir a ser abortado pela Vale. “O cancelamento da hidrovia do Tocantins não vai parar a Alpa”, disse ele, em entrevista à imprensa, num dos intervalos do I Simpósio do Setor Metal Mecânico de Marabá, o Simpomec. O evento, aberto ontem e cujo encerramento se dará hoje, é promovido pela Associação Comercial e Industrial do município em parceria com o setor privado, Governo do Estado e prefeitura local. (Fonte: Diário do Pará)

6 comentários:

PAULO DO CABELO SECO disse...

DR
Como agente lutar contra reportagens totalmente tendenciosas como do JN no ar.
Ainda ter que ouvir um filho da nossa terra falar inverdades e falar coisas infundadas sobre nossa luta,ouvir um tal de IPEA dizer que inverdades, o que fazer?

Antonio de Pádua Fontes- Tucuruí (Pa) disse...

Sempre tive em voce uma pessoa inteligente e séria. Mas, te confesso, com essa tua postura em relação ao SIM na divisão, já tenho dúvidas de teus reais conhecimento e tua postura ética. Senão vejamos: voce já no título desta matéria comete uma idiotice sem tamanho, tipo " O Pará do Não pode ficar sem..." deixando nas entrelinhas que se o Pará do sim ganhar, aí o benefício virá. Como garantir isso? é uma pena que se tenha por aqui formadores de opinião desse quilate. Uma pena. E nada contra voce torcer pelo sim. É a postura que envergonha.

Ademir Braz disse...

Paulo, tua postura em relação ao NÃO é vergonhosa, moço. Tás comendo angu e arrotando picanha.
Acho que você é o único de Tucuruí a achar que tudo está bem e Jatene é o melhor governador do mundo.
Tenha dó!
Eu sou militante do SIM e quero que o PARÁ DO NÃO, O PARÁ ANÃO, O PARANÃO, SE EXPLODA!
Entendeu?

Anônimo disse...

Ademir, pra tua informação, Ítalo garante pelos quatro cantos de Marabá que a Alpa é uma realidade, que vai sair e que não tem nada disso de ir pro Maranhão. Afinal, quem mente nessa "história" ou "estória"?

Carlos Batista disse...

Cade os politicos tao aguerridos, tao apaixonados pelo Imenso Para?
Sera que mais uma vez eles deixaram o Maranhao lucrar com nossas riquezas , nao bastasse deixar que a o nosso minerio fosse escoado por um porto em Sao Luis?
Sem falar nas siderurgicas em Acailandia e nos projetos de reflorestamentos que tambem ficam no Maranhao, gerando emprego e renda la.
Eles deveriam ser tao astuto e tao manipuladores nessa hora. Na hora de defender o que é nosso e garantir que os projetos fiquem aqui e nao no Maranhao, que nao tem nada a ver com nossas riquezas.
Por isso que o Estado nao vai pra frente.
77 CARAJAS E 77 TAPAJOS

Anônimo disse...

É isso mesmo Ademir, manda este pessoal do Não catar coquinho no deserto. Tenho certeza que a maior parte das pessoas vota Não sem saber por que, talvez empolgados pelos artistas tipo Fafá de Belém e Leila Pinheiro, que vivem no Rio de Janeiro, vem a Belém no mês de outubro e não conhece absolutamente nada da vida Severina do povo carente deste Imenso Pará.