Desgoverno estadual manda lembranças

Do Correio do Tocantins, sábado: 

Tubulação estoura e inunda residências 

Na madrugada de quinta-feira (1º), moradores da Folha 22 especialmente da Quadra 2, acordaram com uma surpresa nada agradável: seus móveis estavam debaixo d’água. É que a adutora (tubulação usada para a condução da água do ponto de captação até os reservatórios de distribuição) da Cosanpa (Companhia de Saneamento do Pará) recebeu uma pressão maior de água, fato este que ocasionou o estouro do cano

A Reportagem do CORREIO DO TOCANTINS esteve naquela folha e ouviu alguns dos moradores que foram prejudicados nessa situação, como Rafaela Barros, da Quadra 2, Lote 4. Ela disse que acordou por volta das duas da madrugada e sua cozinha já estava alagada. “Fui lá e constatei que tinha estourado um cano na casa da vizinha, liguei para Cosanpa, mas não consegui atendimento logo porque lá não tem 0800.”
Ela acrescenta que ligou também para o Ciop (Centro Integrado de Operações) a fim de receber apoio do Corpo de Bombeiros. Porém foi orientada pelo atendente a falar com um pedreiro, pois nesse caso, segundo ela, o atendente nada podia fazer.
Sobre o prejuízo ela afirmou que perdeu todos os móveis da sua casa. “Perdi guarda-roupa, geladeira, cama, não tenho nem noção do tamanho dos prejuízos,” lamenta Rafaela Barros.
Outra moradora também prejudicada foi Maria Augusta, residente na Quadra 02, Lote 02. “A tubulação da Cosanpa passa aqui por baixo e, infelizmente, de madrugada, ela estourou aqui na minha área, inundou não só a minha casa, como a casa dos vizinhos”, conta ela.
 Maria Augusta ressaltou a Reportagem do CT que não sabia da existência da canalização ao comprar o lote: “A minha construção é de 1989, só depois descobrimos que a tubulação passava por aqui”, explica. A moradora disse que seus móveis também foram todos perdidos. “A providência que peço por parte da Cosanpa é que eles isolem essa encanação”, conclui.
 Cosanpa
O Jornal procurou, via telefone, representante da Cosanpa para saber explicações sobre o caso. Paulo Afonso Silva Barbosa, gestor regional da concessionária disse ao CORREIO DO TOCANTINS, primeiramente, que as residências foram construídas em cima da adutora, e que “ali existe um tubo e a qualquer momento pode haver consequências maiores”.
Ainda segundo ele, na quarta-feira (30) houve falta de energia e, quando retornou, os motores  voltaram funcionar com potência total, fazendo com que a pressão da água nos canos fosse muito forte a ponto de estourá-los.
 Ao saber do fato, ainda segundo ele, Paulo Barbosa enviou uma equipe às 8h30 para aquela Folha, onde, por volta das 16 horas,   a situação foi normalizada. “Na ação, 12 funcionários foram envolvidos”, disse ele. (Emilly Coelho)