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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Itupiranga: jovens querem renovação política

Historiador e membro da Executiva Estadual do PT, Fábio Pessôa abordou em artigo desta semana, no site do partido, suas três visões para as prévias da legenda em Belém: a) esse viés exporia “o partido a um processo de desgaste entre as lideranças”, fragilizando a construção da candidatura majoritária; b) as prévias representam a oportunidade para reforçar a tática eleitoral de lideranças, tanto as dispostas a concorrer em 2012 à vereança quanto as atualmente com mandato, que se reforçariam para a reeleição em 2014; e c) a realização das prévias, que ele apóia, porque pode significar outro patamar na luta social na cidade, fortalecendo os laços de solidariedade com a população
“O partido precisa oxigenar sua liderança, sair dos acordos de cúpula, de gabinete, e fazer valer sua democracia interna. Precisa reatar os laços com a sua base social e política, ir para os bairros, conversar com as pessoas, sentir os problemas que atingem a classe quenome ao partido: os trabalhadores”, afirma Pessôa.
É por acreditar, igualmente, que as prévias são benéficas para estimular o surgimento de novas lideranças, que o escritor Jorge Washington Marques vai confrontar com o atual prefeito de Itupiranga, Benjamin Tasca, durante a convenção do Partido dos Trabalhadores em março, naquela cidade, pela definição de sua candidatura à prefeitura municipal.
Qualificação e competência não lhe faltam. Jorge Washington Marques é filho de migrantes nordestinos que chegaram a Itupiranga desde o início da colonização da Transamazônica.  É formado em Letras pela Universidade Federal do Pará, atualmente estudante de pós-graduação na Universidade Lomas de Zamora, em Buenos Aires, Argentina, onde curso mestrado e doutorado. É membro imortal da Academia de Letras do Brasil desde outubro de 2010, ocasião em que foi convidado a integrar a Associação Internacional de Poetas del Mundo e o Clube Brasileiro da Língua Portuguesa. É membro da Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará desde 2009. Mais: é respeitado e admirado em Itupiranga.
A luta, porém, vai ser dura para Washington Marques. Tasca tem em mãos as rédeas do serviço público e alguma influência sobre grupos políticos. O que lhe pode ser uma vantagem é o fato de o prefeito não andar muito bem na foto: há queixas dentro do PT, onde todos sabem que ele jamais foi petista de fato, e sua administração tem deixado a desejar. Por outro lado, embora na legenda exista um grupo simpático às prévias, outro, integrado pelo Raimundão do Sindicato, vinculado a Tasca, estaria empenhado em sabotá-las.
Itupiranga, depois do último governo, que sentia os efeitos da mudança demográfica e suas consequências, não é o mesmo. Hoje sua população aumenta e crescem, juntos, os problemas: agora é tida, por exemplo, como a cidade mais violenta do Brasil. Há quem atribua essa cruz a erros de gestão das últimas três décadas
Por tudo isso, a população, enriquecida por novas levas de migrantes, dá sinais que deseja com urgência um governo à altura dos dias atuais, com uma nova visão de gestão, com um novo espírito administrativo, em substituição dos velhos políticos que insistem em administrar à moda antiga, cujo modelo descarta em grande parte tudo que é mais importante para a sociedade em geral, e em especial para a juventude que precisa de perspectivas para o futuro.
“A primeira dificuldade a superar, diz integrante dos novos empresários itupiranguenses, é a mentalidade de governo que ainda persiste quanto a descontinuidade dos serviços públicos. Ainda estamos assistindo um governo entrar e destruir ou paralisar  a obra de outro, menosprezando a sociedade que é a principal financiadora das obras públicas. Exemplo disso, e a construção do paço público da lagoa deixada pelo prefeito anterior e que é ainda é usado pela população para lazer, ginástica, etc, mas que está abandonado pela atual gestão, inclusive com parte dos postes e bancos retirados”. 

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