A Vale perdeu o interesse pela siderurgia. A dificuldade em encontrar parceiros para os projetos Aços Laminados do Pará (Alpa) e a Companhia Siderúrgica Ubu (CSU), no Espírito Santo, fez a empresa listar em seu plano de investimentos de 2012 só Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), no Ceará, com o orçamento de US$ 2,34 bilhões dividido com as sul-coreanas Dongkuk e Posco.
A informação é do jornal Valor Econômico dessa terça-feira (13), indicando, porém, que as siderúrgicas esperam produzir 37,5 milhões de toneladas de aço bruto ano que vem - recorde 6,3% superior que a estimativa de 35,26 milhões de toneladas para 2011, segundo o Instituto Aço Brasil (IABr). As vendas atingirão 23,31 milhões de toneladas, 8,4% mais que as 21,51 milhões de toneladas deste ano. A exportação de 10,92 milhões de toneladas deverá gerar US$ 8,5 bilhões, alta de 1,8% e de 2,4%, respectivamente, sobre a meta de 2011.
“Mas os números robustos não significam que as siderúrgicas estão animadas, avalia a publicação. A explicação está no medo de um aumento nas importações de aço, mais barato na Europa e Estados Unidos, onde a produção excedente vê o mercado brasileiro como potencial destino. "A oferta ainda é maior que a demanda. Sobram em torno de 400 milhões de toneladas de aço no mercado mundial", diz o analista da SLW Corretora, Pedro Galdi.”
O IABr projeta a importação de 3,64 milhões de toneladas em 2012. O volume deve cair 0,7% em relação à previsão para 2011, mas o valor será 4,5% maior, encerrando 2012 em US$ 4,6 bilhões. Para Galdi, o câmbio será o fiel da balança. "Se o dólar ficar estável, as siderúrgicas brasileiras poderão vender mais no mercado interno. Se não ficar, talvez o governo precise tomar medidas de proteção."
As incertezas sobre a crise na Europa e seu impacto no Brasil deixam o setor siderúrgico em dúvida sobre os investimentos para 2012. O IABr não sabe se a média anual de R$ 5 bilhões está mantida.
3 comentários:
Dá pra entender mais nada em Marabá. O Ítalo, por onde passa, diz que a Alpa é uma realidade. O blog do Hiroshi também já bateu o martelo, baseado em suas fontes, de que a Alpa é de Marabá e ninguém tasca. O Jatene também está empunhando essa bandeira. O JS, presidente da Alpa, diz na CMM que a Alpa virá. Aí vem você com essa fonte, dizendo que a Vale tá torcendo o nariz pra Alpa. Rapá, fica difícil a gente saber em quem acreditar. Não estou dizendo que você mente, já que a fonte não é sua. Mas você também não acha sinistro esse tanto disse me disse?
MARABÁ ESPERA CONTINUIDADE DA OBRA
Depois do anúncio da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, confirmando as obras de viabilização da hidrovia Tocantins Araguaia, empresários e autoridades de Marabá se manifestaram de maneira positiva.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá, que também é empresário, Ítalo Ipojucan, também esteve com a ministra na reunião em Brasília. Ele foi o primeiro a falar de forma animadora. “Com isso, agregaremos muitos empregos e maior renda para a população”, assinalou.
Paulo César Lopes, presidente do Sindicato do Comércio Patronal de Marabá (Sindicom), reforçou que a hidrovia será de fundamental importância para o município. “A hidrovia é o meio de transporte mais barato. Não apenas para escoamento de minério, mas para outros produtos que são as nossas riquezas. Demoramos 30 anos esperando por este momento, agora chegou a nossa vez de utilizarmos esse recurso que temos”, entende.
O presidente da Câmara Municipal de Marabá, Nagib Mutran Neto, também falou sobre o anúncio da ministra. Ele também destacou que a hidrovia tem uma importância preponderante. “Vamos escoar não apenas o minério, como também os produtos agropecuários e agrícolas, dando um salto em nossa economia. Será uma forma também de desafogar nossas estradas”.
De acordo com Mutran, a Câmara Municipal de Marabá também foi importante no processo de aceleração do anúncio das obras da hidrovia. Um documento assinado por todos os vereadores foi entregue pessoalmente nas mãos da ministra Miriam Belchior em Brasília.
Com a retirada das pedras do rio será possível operacionalizar a Hidrovia Tocantins-Araguaia para transporte de embarcações de grande porte até o final de 2012. Essa hidrovia se tornará uma importante alternativa ao escoamento da produção e de insumos, interligando o centro-oeste brasileiro ao sul do Pará e ao Porto de Vila do Conde, no município de Barcarena (Região Metropolitana de Belém), totalizando 2.794 quilômetros. (Diário do Pará)
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Se A vale não tá nem aí pra Alpa, pra que então essa hidrovia? É pra transporte de passageiro?
Torcer pela Alpa é uma coisa. Se ela sai, outra. Eu prefiro, ao disse-me-disse, a pesquisa em fontes econômicas do sul Maravilha, que influencia o governo, e do exterior - onde se elabora as políticas econômicas do Brasil.
Por que, por exemplo, a maior exploradora de minérios in natura do mundo não tem (nem nunca teve) a menor intenção de benefícia-los agragando valores?
Porque neste aspecto o Brasil (sobretudo a Amazônia) é só um imenso almoxafirado.
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