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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

No rastro da tsunami

Uma vez estávamos na orla, uns amigos e eu, ano passado, quando vimos uns sacanas tentando derrubar um dos muitos postes de ferro galvanizado que lá se encontram. Preocupados, procuramos uns agentes do DMTU que se achavam perto do restaurante Ilha Verde, contamos o fato e pedimos providências. 
Eles se limitaram a olhar, constatar a depredação, e foram curto e grosso:
-  Isso não é nossa obrigação. Temos nada com isso.
Claro! Evidentemente, nós que fôssemos nos queixar a Dom Foralosso...
Com a lerdeza habitual, a desadministração de Dom Maligno inventou a Guarda Municipal.
Você já viu um guarda municipal zelando pelo patrimônio público, sua função essencial?
Quando você ver, avisa pra gente. Alguém do meu lado diz que os aprovados ainda estão em treinamento.
Enquanto isso, a depredação do bem coletivo não tem freio. Nem denúncia que dê jeito.
Veja aí, no Correio do Tocantins:

17/01/2012
 Orla do rio Tocantins continua sendo depredada
 
Menos de uma semana depois da publicação no CORREIO DO TOCANTINS, sob o título "A Orla como você nunca viu", a Prefeitura de Marabá anunciou que pretende revitalizar a Orla do Rio Tocantins, aplicando R$ 88.805,64.
Apesar disso, vândalos continuam atuando ao longo a orla, sem nenhum tipo de intervenção oficial, seja de fiscais da Prefeitura ou da Polícia Militar, que mantém uma guarnição naquele logradouro. Ontem mesmo, domingo, fotógrafo do CT flagrou vários rapazes e moças tomando banho no rio, usando assentos de bancos e até mesmo a cobertura dos bancos (denominada pela prefeitura de chapéu) como trampolim para pular no rio.
Quando alguns deles perceberam que estavam sendo fotografados, paravam de pular, mas depois da saída discreta do profissional, retornavam para a algazarra.
A reportagem do CT mostrou contabilizou ao longo da Orla 225 bancos de cimento. Desse total, 103 estão destruídos, o que representa 46% do total existente.
Além de ter quase a metade dos bancos destruídos, a Orla sofre também com boa parte dos chapéus arrancados ou enferrujados. Eles foram colocados apenas no trecho entre a Praça do Pescador e a de São Félix de Valois. Ao todo, são oito guarda-sóis destruídos, além de outros sete danificados parcialmente.
Os saltos que os jovens dão são acompanhados por diversas pessoas, que acham incomum a coragem deles de pular de uma altura tão expressiva até chegar no rio. Todavia, aos poucos o patrimônio público vai sendo depredado.
O secretário municipal de Urbanismo, Regivaldo Carvalho, reconheceu que a situação da Orla é preocupante e que ela perdeu o encanto inicial. Ele culpou os vândalos que perambulam ao longo da orla como responsáveis pela destruição de bancos e de todas as lixeiras que havia ali.
Segundo Regis, a Orla conta com vigilantes, mas estes não andam armados e não têm poder de polícia. Por conta disso, são ameaçados por bêbados. “Alguns deles saem correndo. Se houver denúncias, essas pessoas acabam ameaçando os vigilantes, que não querem mais tirar serviço ali”, disse o secretário.
A Prefeitura informou que serão recuperados os bancos, os chapéus e feita a pintura das esquadrias de ferro ao longo da orla. A pintura, de fato, está quase toda descascada, com ferrugem aparecendo em vários lugares. (Ulisses Pompeu)    

Um comentário:

Pedro Gomes disse...

Lembro-me da propaganda do Maurino do início do seu (des)governo onde dizia que a revitalização da orla era uma questão de pouco tempo, pois o projeto já estava pronto.
Pois é... hoje, a orla está acabando igual ao mandato dele.