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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A práxis como denominador comum

O que existe, atualmente, de comum entre os trabalhadores - rurais e urbanos, sem terra ou teto - e policiais militares e bombeiros do Pará?
A práxis, diria um sociólogo.
A ocupação de estradas e ruas, durante suas reivindicações, afirma o jornalista Chagas Filho, na Terra do Nunca.
Veja:

Chama os sem-terra aí!!

Tão acostumados a desocupar rodovias, ferrovias, fazendas e áreas urbanas invadidas por “desordeiros”, agora os policiais militares paraenses sentem na pele a dor dos gritos lançados no “ouvido de mercador” do Estado.
Nunca imaginei que fosse viver para presenciar este momento: policiais (à paisana) interditando a rodovia em protesto por seus direitos. Logo eles que sempre pareceram tão alheios a esse tipo de reivindicação.
Não posso negar que gostei de vê-los ali, fazendo parte de uma luta que já vem sendo travada há décadas pelas minorias sempre reprimidas por esta mesma polícia, que agora exprime a sua dor de forma tão vívida.
Antes desse protesto eu nunca havia cogitado a possibilidade de a Rodovia Transamazônica ser sitiada pelos homens que sempre foram encarregados de desocupá-la.
Certa vez um policial me disse que o protesto dos sem-terra deveria ser feito dentro dos matos onde eles vivem e não na cidade atrapalhando o “direito de ir e vir” dos outros.
E agora? Deveriam os policiais limitarem suas manifestações aos quartéis onde trabalham?
Viu como dói.

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