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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

ALEPA: chegando ao ponto de fadiga

De Parsifal Pontes, deputado raro e que honra o mandato:


A palo seco

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Opina-se um veredito ao recente movimento da deputada Simone Morgado (PMDB), que lançou a Alepa em nova rebordosa antes de se finar a anterior: a motivação reflete desinteligências entre o PMDB e o PSDB.
Depreende-se de tal sentença que se o PSDB cedesse às conveniências do PMDB no arco político das divergências de ambos, as irregularidades declaradas se teriam mantido sob o tapete do Palácio da Cabanagem.
Face ao descrédito que nós políticos portamos, não é possível guerrear outro entendimento: somos mandioca da mesma roça e farinha do mesmo saco.
Destarte, há que se isolar o tumor para lhe compreender a gênese e administrar-lhe o medicamento adequado.
A deputada Morgado não arquitetou uma teoria da conspiração. Não colecionou irregularidades para depois, adrede, quara-las ao sol da imprensa: irregularidades houve.
Em sendo a Alepa uma instituição política, as formalidades administrativas feridas nos procedimentos cotidianos contaminam-se por vicissitudes que revelam “sentimentos ilhados, mortos e amordaçados.”.
Quando a conjuntura se faz desta forma, pouco interessa àqueles que desejam incandescer a fogueira se as irregularidades foram formais ou materiais, ou até mesmo atentar para o fato de que, no caso, a prevenção fez efeito: o controle interno levado a termo pela deputada Morgado evitou supostos prejuízos ao erário.
Se a atitude da deputada peemedebista faz metástase em digressões político- partidárias, cabe às siglas envolvidas corrigir os pingos que se entendem fora dos is, ou tirar alguns is que estejam fora dos pingos.
Todavia, as questões políticas não devem ser anteparo para negligências administrativas. A Alepa não resiste a tão contumaz temporal que lhe enxurra o telhado, a ponto de abaçanar qualquer outra suposta manipulação do erário, alhures.
Chegamos a um ponto de fadiga tal, que somos vistos como não portadores de legitimidade para representar o povo.
Isto se torna tão mais grave quando intui o cidadão que não somente os parlamentares são desnecessários: questiona-se a efetividade do próprio Poder Legislativo, o braço mais eficaz da República na salvaguarda da investida do poder absoluto sobre a nação.
O Parlamento, sempre, é o primeiro que resiste e o último que cai. Quando cai o Parlamento a democracia com ele sucumbe, mas, a nossa covardia política em não discutir, de forma clara e madura, quanto custa, e quanto deve custar, esta salvaguarda, acaba por minar a validade das nossas prerrogativas.
Neste cenário, o contribuinte, não sem razões, confunde privilégios com prerrogativas, almejando por ao chão a Casa, porque nela moram incautos que debitam prerrogativas e privilégios em uma só contabilidade.

3 comentários:

Anônimo disse...

É triste ter que admitir meu caro Demir, mas aqui nas terras de Cabral e mais especialmente na casa da mãe Joana, o Pará de cabo a rabo; ¨Na política quem não é bandido é merda nenhuma¨, analise! Um grande abraço.

CEBINHO

Anônimo disse...

esse aí, deputado raro, rá rá rá rá,unha e carne com barbalhão, a quem antes tinha chamado de ladrão, que é isso demir, tá com a memória fraca....?

Ademir Braz disse...

Corrupção não se pega por osmose, das 09:02.
E nem todo partido político, no Brasil, só tem salafrário.