Prefeita de São Miguel é afastada por improbidade
administrativa no Pará
Do G1 PA
Por ordem judicial, a prefeita do município de São Miguel do
Guamá, Márcia Maria Rocha Cavalcante, foi afastada do cargo e teve o acesso aos
bens bloqueados. A decisão da juíza de Direito Priscila Mamede Mousinho acatou
os pedidos liminares do Ministério Público estadual que, em ação civil pública,
acusou a gestora de improbidade administrativa.
A ação civil pública foi ajuizada na segunda- feira (5) pela
promotora de justiça Mariela Correa Hage, titular da promotoria da 1ª PJ de São
Miguel do Guamá. A decisão requer ainda a quebra do sigilo bancário e fiscal da
prefeita, de seus cônjuges e filhos, com a finalidade de apurar se houve
transferência de recursos municipais.
Na decisão, a magistrada expressa que o município dde São
Miguel, região nordeste do Pará, "vem sofrendo uma série desordem
administrativa, que tem contribuído para o caos generalizado na prestação dos
serviços públicos de sua competência, tais como: o de educação e para a
violação de interesses difusos e coletivos".
Ainda segundo o documento, "as irregularidades são tão
relevantes que, quase constantemente, a atual prefeita vem sendo chamada ao
Ministério Público, a fim de buscar soluções para situações gravíssimas
ocorrentes na Administração Pública Municipal”.
Atrasos no pagamento de servidores
A decisão argumenta ainda que no segundo semestre deste ano,
os problemas na administração agravaram-se, "uma vez que os salários de
muitos servidores municipais estão atrasados e não há, por ora, expectativa de
recebimento ou regularização da data de pagamento, até porque esta gestão criou
o hábito de pagar os servidores públicos quando bem entende"
Segundo a juíza, a prefeita desobedeu a liminar que
determinava o pagamento salarial do mês de agosto de 2012 aos servidores do
município, e fixavo a data-base para pagamento dos servidores públicos sempre
até o quinto dia útil de cada mês posterior ao vencido, sob pena de aplicação
de multa diária. "Todavia, a ré não cumpriu tal medida liminar e vem a
descumprindo reiteradamente", declara a magistrada.
A decisão do judiciário “ressalta, ainda, que os servidores
públicos mais atingidos pelos constantes atrasos no pagamento de seus salários
são os professores e outros servidores do âmbito da Secretaria de
Educação".
Segundo o Ministério Público, ao diligenciar sobre os
repasses feitos ao Município de São Miguel do Guamá, o órgão constatou que,
somente no mês de outubro de 2012, "o Município recebeu mais de R$ 3
milhões, não havendo justificativa para que não efetue o pagamento dos salários
dos servidores públicos”.
2 comentários:
Mas o Juiz que afastou era o titular e nao o substituto no apagar das luzes.
Pagão.
Vamos pedir para essa juíza vir pra Marabá, seria bom.
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